A greve inclui suspensão das cirurgias eletivas do Pronto Socorro do município segundo matéria publicada hoje no jornal A Gazeta
Amanda Alves
Da Redação
Duzentos e quarenta médicos de postos de saúde, Programa de Saúde da Família (PSF) e policlínicas de Várzea Grande deixam de trabalhar a partir de amanhã. A greve dos serviços, que atingirá também o atendimento ambulatorial e suspenderá as cirurgias eletivas do Pronto-Socorro, se estende até sexta-feira. Parte da classe está sem receber a verba indenizatória, que já soma R$ 780 mil. Eles ameaçam greve por tempo indeterminado.
Conforme o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT), a verba indenizatória dos meses de outubro e novembro de 300 médicos estão atrasadas. Desses, 240 estão lotados em postos de saúde, PSF e policlínicas da cidade e têm o direito a receberem R$ 1 mil mensais. Os 60 médicos lotados no PS têm direito a R$ 2,5 mil mensais.
O presidente do Sindicato, Edinaldo Lemos, explica que a verba indenizatória foi um acordo fechado entre administração pública e categoria na última greve, que durou 60 dias. "A verba está prevista em lei e eles começaram a pagar em maio, mas pararam. Comentários extraoficiais é que só vão regularizar a partir de fevereiro".
Por causa da greve, a realização das cirurgias ortopédicas no prazo de 10 dias será prejudicada. Nesta semana, a Justiça determinou que os procedimentos sejam realizados. Cerca de 40 pessoas estão na fila, causando ainda mais lotação ao sistema caótico que vive o PS.
Outro lado - O secretário de administração de Várzea Grande, Marcos da Silva, diz que repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do ICMS pelo Estado estão atrasados, por isso, o pagamento da verba indenizatória ficou comprometido.