Duas vezes vítima
DIÁRIO DE CUIABA 20/03/2012
PEDRO ALVES/DC
JOANICE DE DEUS
Da Reportagem
Vítima de atropelamento na tarde da última quinta-feira (15), a estudante Kennya Rejane Foscarine, 16 anos, continuava internada ontem pela manhã no pronto-socorro de Cuiabá à espera de uma cirurgia no braço esquerdo. Kennya e um garoto de 13 anos foram atingidos por um carro conduzido por Frank Rademar de Almeida, 36 anos, que estava visivelmente embriagado e não portava carteira de habilitação.
O acidente aconteceu nas proximidades da Escola Estadual Pascoal Ramos, localizada no bairro de mesmo nome, periferia da Capital. O menino foi atendido na policlínica do bairro, liberado e passa bem.
Já familiares de Kennya, inconformados com a forma de atendimento no pronto-socorro, recorreram ao Ministério Público para pedir a transferência de Kennya para outra unidade hospitalar.
A mãe da estudante, Marlene Foscarine, informou que ainda no final de semana a Justiça concedeu liminar determinando a transferência para um hospital conveniado ou privado com custos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Conseguimos a liminar, mas a administração do pronto-socorro está descumprindo. Minha filha ficou desde a sexta-feira no quarto andar e lá não aparece médico, e só prescreve medicamento ouvindo o relato dos enfermeiros”, reclamou.
Segundo Marlene Foscarine, ontem a adolescente estava em uma maca no corredor próximo ao setor de emergência. “Pelo menos pelo corredor passa médico”, comentou. Além de várias escoriações pelo corpo, Kennya sofreu fraturas nos dois braços, na bacia e um corte profundo que necessitou de 21 pontos.
Por meio da assessoria de imprensa, o secretário-adjunto de Planejamento da Secretaria Municipal de Saúde, Huarck Correa, garantiu que estava sendo verificada a disponibilidade de vagas para a transferência de Kennya, possivelmente para o Hospital Geral Universitário (HGU). A SMS negou falta de atendimento à garota, que estaria recebendo o acompanhamento e avaliações médicas diárias.
Já a assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que Frank Almeida foi preso em flagrante e encaminhado para o Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), que fica no bairro Carumbé. Ele irá responder a processo por lesões corporais contra duas pessoas, por omissão de socorro, por dirigir sem carteira de habilitação e por dano ao patrimônio público, já que também atingiu o muro de uma outra escola.
Na escola Pascoal Ramos, uma das preocupações era com a possibilidade da ocorrência de outros acidentes. Conforme o professor Waldemar Gomes, o fluxo de carros nas proximidades da unidade é expressivo, especialmente no horário de entrada e saída dos alunos. “Talvez a instalação de mais um quebra-mola e a melhoria da sinalização, ajudasse a minimizar o problema”, disse.
CUIABA TEM UM DOS TRANSITOS MAIS VIOLENTOS DO BRASIL. É INACEITÁVEL QUE NÃO HAJA UMA AÇÃO CONCENTRADA DE FISCALIZAÇÃO ESPECIALMENTE NOS FINS DE SEMANA E VOLTADA PARA O CUMPRIMENTO DA "LEI SÊCA" . OU NÃO SE PODE INCOMODAR OS "FILHINHOS DE PAPAI" QUE ENCHEM A CARA E SAEM QUE NEM LOUCOS POR AÍ ?
terça-feira, 20 de março de 2012
MPE quer bloquear a conta do Estado
Acusado de reter recursos da saúde, o governo do Estado corre o risco de ter R$ 3,5 milhões seqüestrados de seus cofres
Ministério Público Estadual: municípios estão sofrendo sem o repasse de recursos da Saúde
ALECY ALVES
Da Reportagem
Acusado de reter recursos da saúde, o governo do Estado corre o risco de ter R$ 3,5 milhões seqüestrados de seus cofres a qualquer momento para assegurar a melhoria dos serviços desse setor oferecidos em seis municípios da região do Araguaia.
O montante, conforme a ação civil protocolada pelo promotor de Justiça de Barra do Garças, Marcos Brant Gambier Costa, refere-se aos resíduos dos valores recebidos do Sistema Único de Saúde (SUS) que vem sendo retidos no Estado desde 2009.
Os municípios prejudicados, ou seja, dos quais o governo tirou o dinheiro, são Barra do Garças, Torixoréu, Pontal do Araguaia, Araguaiana, Ribeirãozinho e General Carneiro. O promotor pede à Justiça a antecipação de tutela, quer dizer, o deposito imediato do dinheiro até que o mérito da ação seja julgado, e que a aplicação das verbas seja condicionada aos serviços de saúde.
A reivindicação do representante do Ministério Público é para que os R$ 3,5 milhões sejam obrigatoriamente aplicados nos programas saúde da família, serviços de média e alta complexidade, de urgência e emergência, de saúde bucal, assistência farmacêutica e no apoio à implementação do consórcio intermunicipal de saúde e à saúde comunitária e assentados rurais.
“Em se tratando de recursos que repercutem na saúde, no âmbito do sistema público, não pode o Estado suspender, retardar ou deixar de efetuar com regularidade os repasses devidos”, assinala Marcos Brant.
Ele ainda quer assegurar judicialmente a regularidade dos repasses, integral, sempre dentro do respectivo mês de vencimento, sem atrasos e de forma automática, para que os municípios possam fazer planejamento do gasto. “A 'gangorra orçamentária', que muito tem atormentado os gestores de saúde no nível municipal, precisa acabar”, disse o promotor de Justiça.
O atraso ou retenção de verbas, reclamou, implica na precariedade e mesmo no não oferecimento dos serviços de saúde, além da humilhação dos pacientes usuários SUS, gerando constrangimento e a ofensa à dignidade das pessoas.
Conforme o promotor de Justiça, antes de ingressar com essa ação contra o Estado, o Ministério Público tentou resolver o problema extrajudicialmente, mas não obteve êxito. Foram expedidos ofícios e duas notificações recomendatórias ao Estado, sendo que a última sequer foi respondida, afirma ele.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que o governador Silval Barbosa já autorizou a liberação de R$ 80 milhões ao setor da saúde para quitar dívidas e que isso inclui o pagamento de diferenças de repasses aos municípios.
O GOVERNO DE MATO GROSSO É UZEIRO E VEZEIRO EM RETER ESSES REPASSES FINANCEIROS DESTINADOS AOS MUNICÍPIOS. MUITAS LIBERAÇÕES OBEDECEM CRITÉRIOS POLÍTICOS ... OU DE OUTRAS NATUREZAS ...
Ministério Público Estadual: municípios estão sofrendo sem o repasse de recursos da Saúde
ALECY ALVES
Da Reportagem
Acusado de reter recursos da saúde, o governo do Estado corre o risco de ter R$ 3,5 milhões seqüestrados de seus cofres a qualquer momento para assegurar a melhoria dos serviços desse setor oferecidos em seis municípios da região do Araguaia.
O montante, conforme a ação civil protocolada pelo promotor de Justiça de Barra do Garças, Marcos Brant Gambier Costa, refere-se aos resíduos dos valores recebidos do Sistema Único de Saúde (SUS) que vem sendo retidos no Estado desde 2009.
Os municípios prejudicados, ou seja, dos quais o governo tirou o dinheiro, são Barra do Garças, Torixoréu, Pontal do Araguaia, Araguaiana, Ribeirãozinho e General Carneiro. O promotor pede à Justiça a antecipação de tutela, quer dizer, o deposito imediato do dinheiro até que o mérito da ação seja julgado, e que a aplicação das verbas seja condicionada aos serviços de saúde.
A reivindicação do representante do Ministério Público é para que os R$ 3,5 milhões sejam obrigatoriamente aplicados nos programas saúde da família, serviços de média e alta complexidade, de urgência e emergência, de saúde bucal, assistência farmacêutica e no apoio à implementação do consórcio intermunicipal de saúde e à saúde comunitária e assentados rurais.
“Em se tratando de recursos que repercutem na saúde, no âmbito do sistema público, não pode o Estado suspender, retardar ou deixar de efetuar com regularidade os repasses devidos”, assinala Marcos Brant.
Ele ainda quer assegurar judicialmente a regularidade dos repasses, integral, sempre dentro do respectivo mês de vencimento, sem atrasos e de forma automática, para que os municípios possam fazer planejamento do gasto. “A 'gangorra orçamentária', que muito tem atormentado os gestores de saúde no nível municipal, precisa acabar”, disse o promotor de Justiça.
O atraso ou retenção de verbas, reclamou, implica na precariedade e mesmo no não oferecimento dos serviços de saúde, além da humilhação dos pacientes usuários SUS, gerando constrangimento e a ofensa à dignidade das pessoas.
Conforme o promotor de Justiça, antes de ingressar com essa ação contra o Estado, o Ministério Público tentou resolver o problema extrajudicialmente, mas não obteve êxito. Foram expedidos ofícios e duas notificações recomendatórias ao Estado, sendo que a última sequer foi respondida, afirma ele.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que o governador Silval Barbosa já autorizou a liberação de R$ 80 milhões ao setor da saúde para quitar dívidas e que isso inclui o pagamento de diferenças de repasses aos municípios.
O GOVERNO DE MATO GROSSO É UZEIRO E VEZEIRO EM RETER ESSES REPASSES FINANCEIROS DESTINADOS AOS MUNICÍPIOS. MUITAS LIBERAÇÕES OBEDECEM CRITÉRIOS POLÍTICOS ... OU DE OUTRAS NATUREZAS ...
Assinar:
Postagens (Atom)
Cartilha do Usuário do Sus
Cartilha usuario do sus
View more documents from Movimento Saude e Democracia.