terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Ministério alerta para epidemia de dengue em Cuiabá.

Levantamento aponta para risco em 48 cidades sob risco no país; situação requer cuidados


Midia News / Euziany Teodoro
Ministro Padilha, da Saúde, alerta para o risco de epidemia;
lixo é maior foco do transmissor
A região Centro-Oeste ainda pode sofrer uma epidemia de dengue. O alerta é do Ministério da Saúde, com base no levantamento denominado "Índice Rápido de Infestação por Aedes Aegypti (Liraa)", embora a região tenha apresentado o maior índice na redução de casos da doença em todo o país, chegando a 77% em relação ao ano passado. Cuiabá já recebeu o alerta oficial.
O Ministério da Saúde considera em situação de risco os municípios em que, a cada cem casas, mais de 3,9 apresentaram larvas do mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença. Este é o caso da capital mato-grossense. 
O responsável pela Diretoria de Vigilância Sanitária do Município, Oscar Campos, informou que um levantamento feito na cidade apontou 15 bairros ainda em situação de alerta. Esses bairros estão sendo monitorados constantemente, desde 2010.
Como o Liraa apontou que o risco nesses locais ainda é eminente, o alerta tem que ser mantido, mesmo que a redução de casos da dengue tenha sido considerável em 2010. Foram 211 mil casos em Mato Grosso em 2010, contra 48 mil neste ano.
O levantamento foi feito em outros 653 municípios. O maior número de casos ocorreu no Norte e Nordeste. Até o fim de novembro, foram notificados 742.364 casos suspeitos de dengue em todo o país. Se comparado ao mesmo período do ano passado, houve redução de 25% no número de casos.

Focos por região
Os criadouros do mosquito são diferentes em cada região do país. No Norte e Sul, a maioria das larvas encontradas estava em resíduos de lixo. Nos municípios do Norte 44% dos imóveis tinham larvas no lixo, por exemplo.
No Nordeste e Centro-Oeste, os mosquitos encontrados estavam principalmente em reservatórios de água. No caso dos municípios do Nordeste, mais de 72% dos casos estavam em caixas de água, tambores e poços ligados ao abastecimento.
No Sudeste o problema da dengue está principalmente em depósitos domiciliares, ou seja, vasos, pratos, bromélias, ralos, lajes e piscinas.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou que o Liraa dá uma fotografia da situação da dengue no país, que pode mudar rapidamente, já que o mosquito tem uma alta capacidade de adaptação.
"O risco de ter epidemia é sempre uma combinação entre ter mosquito e ter pessoas suscetíveis para ter ou não a doença. O levantamento é importante nesse momento porque é um alerta para intensificar o cuidado. Para ajudar na mobilização da comunidade e resolver o problema onde está o foco do mosquito", afirmou.

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