Uma série de irregularidades sem fim encontradas durante vistoria realizada na semana passada no Pronto Socorro de Várzea Grande (PSVG) levou o Conselho Regional de Medicina (CRM) a pedir ao Ministério Público (MPE) medidas judiciais drásticas contra o município e o Estado na tentativa de garantir mais decência no atendimento prestado à população.
O órgão fiscalizador enviou ao MPE, nesta segunda-feira (23), o termo de vistoria no PSVG contendo todas as irregularidades encontradas pelos conselheiros (leia o documento na íntegra aqui) e defende até que a Justiça obrigue o poder público a pagar pelos serviços aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) na rede privada.
“Faltam profissionais, falta estrutura física, as pessoas que lá vão para um atendimento de urgência e emergência não têm condições de serem atendidas com dignidade. Nós vamos entregar para o Ministério Público [o termo de vistoria na unidade] e que o MP tome as medidas cabíveis. O CRM pede socorro. A gente fica com a sensação de impunidade total”, anunciou a presidente do órgão, Dalva Alves das Neves.
Devido a tantas irregularidades e em meio ao estado de greve anunciado pelos médicos, que atuam na rede pública de Várzea Grande, Dalva foi questionada sobre a possibilidade de interdição ética no PSVG, mas ela descartou tal medida.
O raciocínio é de que a população ficaria em situação ainda pior e isso provocaria uma corrida ao PS de Cuiabá, que também não opera nas melhores condições.
“O Estado pode ser acionado para que pague a rede privada e atenda aquele paciente que não pode ficar sem o atendimento de urgência e emergência. Se o PSVG não tem condições de fazê-lo, então o Estado tem que pagar para que ele fique em um hospital particular recebendo o seu atendimento de urgência e emergência”.
COMENTÁRIO MSD
** O CORRETO NÃO SERIA QUE ESTA AUTARQUIA FEDERAL (PORTANTO INTEGRANTE DO PODER PUBLICO) DEFENDESSE A RECUPERAÇÃO DA REDE PUBLICA E DO SISTEMA ÚNICO DE SAUDE, AO INVÉS DE INCENTIVAR A UTILIZAÇÃO DA REDE PRIVADA, EM CUJOS HOSPITAIS OS MÉDICOS – CONSELHEIROS TRABALHAM E SERIAM BENEFICIÁRIOS DESSA MEDIDA ?