terça-feira, 24 de janeiro de 2012

CRM quer que MT pague internação particular para pacientes do PSVG

OLHAR DIRETO / Da Redação - Renê Dióz

Uma série de irregularidades sem fim encontradas durante vistoria realizada na semana passada no Pronto Socorro de Várzea Grande (PSVG) levou o Conselho Regional de Medicina (CRM) a pedir ao Ministério Público (MPE) medidas judiciais drásticas contra o município e o Estado na tentativa de garantir mais decência no atendimento prestado à população.

O órgão fiscalizador enviou ao MPE, nesta segunda-feira (23), o termo de vistoria no PSVG contendo todas as irregularidades encontradas pelos conselheiros (leia o documento na íntegra aqui) e defende até que a Justiça obrigue o poder público a pagar pelos serviços aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) na rede privada.

“Faltam profissionais, falta estrutura física, as pessoas que lá vão para um atendimento de urgência e emergência não têm condições de serem atendidas com dignidade. Nós vamos entregar para o Ministério Público [o termo de vistoria na unidade] e que o MP tome as medidas cabíveis. O CRM pede socorro. A gente fica com a sensação de impunidade total”, anunciou a presidente do órgão, Dalva Alves das Neves.

Devido a tantas irregularidades e em meio ao estado de greve anunciado pelos médicos, que atuam na rede pública de Várzea Grande, Dalva foi questionada sobre a possibilidade de interdição ética no PSVG, mas ela descartou tal medida.

O raciocínio é de que a população ficaria em situação ainda pior e isso provocaria uma corrida ao PS de Cuiabá, que também não opera nas melhores condições. 

“O Estado pode ser acionado para que pague a rede privada e atenda aquele paciente que não pode ficar sem o atendimento de urgência e emergência. Se o PSVG não tem condições de fazê-lo, então o Estado tem que pagar para que ele fique em um hospital particular recebendo o seu atendimento de urgência e emergência”.

COMENTÁRIO MSD

** O CORRETO NÃO SERIA QUE ESTA AUTARQUIA FEDERAL (PORTANTO INTEGRANTE DO PODER PUBLICO) DEFENDESSE A RECUPERAÇÃO DA REDE PUBLICA E DO SISTEMA ÚNICO DE SAUDE, AO INVÉS DE INCENTIVAR A UTILIZAÇÃO DA REDE PRIVADA, EM CUJOS HOSPITAIS OS MÉDICOS – CONSELHEIROS TRABALHAM E SERIAM BENEFICIÁRIOS DESSA MEDIDA ?




Hospital Psiquiátrico acumula problemas.

Vistoria do CRM em unidade de saúde comprova a situação de descaso e de abandono vivida por pacientes

Diário de Cuiabá / ALECY ALVES
O serviço de saúde mental mato-grossense é o retrato fiel do abandono, do descaso e do desrespeito aos usuários do SUS e suas famílias, conforme comprovou a mais recente vistoria de uma comissão de  médicos nomeada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) às unidades do Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho. 


Na unidade de tratamento de dependentes de álcool e drogas, localizada perto da sede do Detran, foram levantados indícios da entrada de bebidas e drogas para consumo dos pacientes. Por causa da precariedade das instalações e da falta de suporte técnico, o hospital funciona 40% abaixo da capacidade. 

Criado para atender 50 pacientes, atualmente tem apenas 27 internados, conforme relatórios divulgados ontem à tarde pela presidente do CRM-MT, Dalva Alves das Neves, e pelo vice-presidente Arlan de Azevedo Ferreira. 

Lá, informa o CRM, 80% dos pacientes são dependentes que foram internados compulsoriamente (por determinação judicial) porque recusavam o tratamento, seja pela dependência do álcool ou por drogas (como crack e cocaína). 

Nessa unidade, conforme o vice-presidente Arlan de Azevedo Ferreira e o conselheiro Valdiro José Cardoso Júnior, responsáveis pela vistoria, havia pacientes que estavam há semanas sem medicamentos. E, ainda, doentes mentais misturados com dependentes de drogas. 

Em todas as unidades, denunciam os diretores do CRM, faltam medicamentos, os equipamentos estão danificados por falta de manutenção, as camas quebradas, o esgoto correndo a céu aberto, o lixo armazenado inadequadamente, as paredes com infiltrações, os banheiros que não funcionam (sequer têm chuveiro) e a rede elétrica com fiação exposta. 

Nas duas alas de internação masculina da unidade do Coxipó, no bairro Coophema, uma com capacidade para 30 e outra para 20 pacientes, não há “carro de parada”, ou seja, o conjunto de equipamentos para atendimento de urgência de pacientes, como exige a legislação, entre eles o desfibrilador (para socorro cardíaco). 

O laringoscópio não funciona e as medicações de urgência são armazenadas em uma caixa, sem muita organização. Também não há número adequado de cânulas e as que existem estão com prazo de validade vencido – e, além disso, o aspirador também não tem condições de uso, diz o documento. Situação similar se verifica na Ala Feminina, que dispõe do mesmo número de vagas. 

No Pronto Atendimento (PA), que também funciona no Coophema, onde há 14 leitos para observação dos pacientes por até 72 horas, o laringoscópio não funciona porque está sem pilha, faltam diversas medicações (incluindo adrenalina), enquanto a sala de acolhimento está com as paredes descascadas e infiltrações. No posto de enfermagem não há chave ou tranca no armário de medicamentos psicotrópicos, onde bolsas e outros pertences dos funcionários se misturam aos remédios. 

A situação do Adauto está sendo denunciada ao Ministério Público Estadual para que o governo possa ser acionado judicialmente e fazer as melhorias na saúde. 

O secretário de Saúde, Pedro Henry, disse que quem denunciou a situação do Adauto Botelho foi ele, com o objetivo de implantar uma “política de saúde mental”. Entretanto, teria encontrado resistência por parte dos servidores. Nos próximos meses, prevê o secretário, o Governo do Estado receberá um projeto de mudanças sugerido pelo professor da Escola Paulista de Medicina, Ronaldo Laranjeiras, que já esteve em Cuiabá conhecendo o serviço atual.


COMENTÁRIO MSD

** ESTAS MATÉRIAS DEMONSTRAM CLARAMENTE O DESCOMPROMISSO E A DESQUALIFICAÇÃO DOS GESTORES DE SAÚDE TANTO NO NOSSO ESTADO COMO EM VARZEA GRANDE.  AO INVÉS DE AGIREM EFETIVAMENTE NA MELHORIA DA REDE PUBLICA, DEIXAM O BARCO CORRER, PROMOVEM O SUCATEAMENTO DAS ESTRUTURAS, PARA JUSTIFICAR A TERCEIRIZAÇÃO DO PÚBLICO EM BENEFÍCIO DE OS'S, PORTAS ABERTAS PARA A CORRUPÇÃO.

Vistoria do CRM vê irregularidades no Pronto Socorro de Várzea Grande


Olhar Direto - Da Redação - Laura Petraglia
Depois de realizar uma vistoria no início da tarde desta quinta-feira (19) no Pronto Socorro de Várzea Grande, o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) encontrou uma série de irregularidades.
De acordo com a presidente do CRM-MT, Dalva Alves das Neves, a vistoria apontou várias situações irregulares no local, dentre as quais a falta de material cirúgico e de médico plantonista, mau cheiro, homens e mulheres misturados em uma só sala, além de ausência de tomadas para a conexão dos aparelhos à rede elétrica.


“Não existem mais pessoas nos corredores, porém a situação ainda é vista por nós como grave. As irregularidades encontradas serão compiladas em um relatório fotográfico que vamos entregar ao Ministério Público e à imprensa”, disse.

Durante a vistoria, o CRM-MT avaliou critérios como condições de higiene, qualidade dos equipamentos e medicamentos, fluxo de atendimento, entre outros aspectos.

Cartilha do Usuário do Sus