segunda-feira, 14 de março de 2011

Médicos retomam as atividades em Várzea Grande

Reportagem do Diário de Cuiabá:

Os médicos de Várzea Grande decidiram acatar por inteiro a proposta feita pela prefeitura e pôr, assim, fim à greve da categoria que durou três meses. A decisão foi tomada na noite de sexta-feira, durante assembleia geral. Os médicos voltaram ao trabalho nas unidades públicas de saúde de Várzea Grande ainda ontem.

Conforme a proposta do Executivo municipal, o acordo com os profissionais prevê o pagamento de verbas indenizatórias, atrasadas há mais de cinco meses, até o dia 10 de cada mês a partir de maio, além da diferença de R$ 300 de reajuste do piso salarial da categoria. Segundo os médicos, esse repasse deveria ter ocorrido em setembro passado, o que não foi cumprido pela então administração municipal, depois de acordo firmado em dezembro de 2009.

Segundo o Sindicato dos Médicos, o compromisso feito com a prefeitura é para que quite todos os débitos com os profissionais até dia 10 de maio. Ainda de acordo com o Sindimed, a prefeitura garantiu a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) ainda em maio, quando os salários dos médicos da cidade deve saltar para R$ 1,9 mil.



Uma das principais reivindicações da categoria é quanto à necessidade de uma profunda reforma no Pronto-Socorro de Várzea Grande, em virtude das diversas irregularidades apontadas na unidade após vistorias e interdição ética do Conselho Regional de Medicina (CRM). A unidade está fechada há mais de um mês para que se proceda a reforma.

COMENTÁRIO DO MSD:


- Bastou abrir o talão de cheques que mais uma vez acabou a greve !!!!! As reivindicações de melhorias das condições de trabalho eram mera cortina de fumaça para enganar os trouxas !!!! Ora , se as condições permanecem as mesmas, o médicos tão preocupados com elas, não poderiam voltar a atender antes das irregularidades estarem corrigidas !!!! Se voltarem antes das reformas, estarão infringindo a ética e devem ser processados. Mas é claro que a coisa toda é só dinheiro .Foi um movimento puramente mercantilista.

Governo acusa médicos de exigirem PCCV exclusivo para apoiar OS

Está publicado hoje no Blog da Sandra Carvalho
O Governo do Estado, em nota oficial divulgada neste final de semana, acusa os médicos de exigirem a aprovação de um Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) exclusivo para a categoria, em detrimento das demais, como principal fator para se colocarem a favor das parcerias com Organizações Sociais (OS) em Mato Grosso.

A nota diz, em seu quarto item: “Não procede, de forma alguma, o argumento defendido por alguns setores médicos sobre Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos exclusivo para a categoria, como razão fundamental para concordarem com o projeto de parceria com Organizações Sociais, alegando perdas de direitos e vantagens”.


O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) desmente a acusação do Governo do Estado por meio da assessoria de imprensa, lembrando que o PCCV está desde maio de 2010 na Procuradoria Geral do Estado e que se realmente os médicos quisessem pressionar o Governo para sua aprovação, teria feito greve há muito mais tempo. O Sindimed é contra as OS por favorecem a corrução visto que não precisa prestar contas da aplicação do dinheiro público.


De outro lado, o presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren), Vicente Guimarães, repudia totalmente a elaboração de um PCCV exclusivo para os médicos. “Defendemos um plano de carreiras único, com salários iguais para todos os servidores com nível superior”, frisa o presidente.


Quanto às Organizações Sociais, ele diz ser temeroso aprovar um sistema de gestão que coloca o setor privado para gerenciar serviços públicos. “Ainda não temos clareza de qual será o resultado dessa parceria. Se isso vai beneficiar o usuário do SUS e se vai ser bom para os servidores da saúde. Enquanto presidente do Corem, vejo com muita preocupação o futuro do profissional de enfermagem e também do usuário”, ressalta Vicente Guimarães.


COMENTÁRIO DO MSD:

- O Movimento é totalmente contra o Governo do Estado entregar a rede estadual de saúde à iniciativa privada porque, nas mãos de pessoas mal intencionadas, pode resultar em novos escândalos de corrupção.

- O Movimento é, sim, a favor da construção de um grande hospital público estadual em Cuiabá. Esta é a única saída para resolver o problema da falta de leitos no Estado. Enquanto esse hospital não for construído, equipado e colocado em funcionamento, o caos na saúde continuará imperando e pessoas continuarão morrendo por falta de atendimento.

- O Movimento é a favor das categorias profissionais lutarem pelo Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos, mas desde que seja unificado, e não discutido separadamente, com exclusividade para esta ou aquela categoria, como foi feito em Cuiabá, quando o GOVERNO MUNICIPAL cedeu à pressão dos médicos em greve em absoluto às demais categorias, com consequências danosas para o SUS/Cuiabá.

- OS, em Mato Grosso, sob o comando de Pedro Henry, não significa Organizações Sociais, mas sim: "ORGANIZAÇÕES SANGUESSUGAS".


 


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