terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Novo tipo de vírus da dengue preocupa

Novo tipo de vírus da dengue preocupa

Uma mulher de Várzea Grande contraiu a doença apresentando o vírus tipo 4, que até então não havia sido registrado em Mato Grosso
Autoridades falam sobre o novo vírus da dengue: ninguém está imune a ele e, portanto, número de casos deve aumentar.



DIARIO DE CUIABA / SAÚDE

Por: GERALDO TAVARES / ALECY ALVES

As autoridades da Saúde Pública mato-grossense deram o alerta ontem para os riscos de epidemia de dengue com a chegada do vírus tipo 4, que já tem um caso confirmado em exames laboratoriais concluídos há poucos dias.

Uma mulher de menos de 30 anos, grávida de sete meses, contraiu a doença apresentando o vírus tipo 4, que até então não havia sido registrado no Estado de Mato Grosso.

Ela é moradora de Várzea Grande, precisamente do bairro Cristo Rei, mas pode ter se sido contaminada tanto na região onde mora como em outro bairro da Grande Cuiabá. Apesar de ter manifestado a doença, a gestante respondeu bem ao tratamento e sequer precisou ser internada.

Por causa desse novo vírus, todas as pessoas, independentemente de terem ou não contraído as outras formas de dengue existentes no estado (dos tipos 1, 2 e 3), agora estão susceptíveis à doença.

Como ninguém está imune ao tipo 4, explica Oberdan Coutinho Lira, superintendente de Vigilância Epidemiologia na Secretaria Estadual de Saúde (SES), é grande o risco de aumento dos casos de dengue no estado.

Ontem à tarde, durante a entrevista coletiva em que confirmaram o diagnóstico com a nova sorologia, Oberdan Lira e a médica Silbene Lotufo Muller, especialista em dengue, disseram que o vírus tipo 4 pode levar tanto à dengue clássica, ou seja, a mais comum, como à hemorrágica, dependendo das condições imunológicas do paciente.

Lira reforça que quem teve dengue tipo 1 jamais terá a doença com a mesma sorologia. O mesmo se aplica aos vírus 2 e 3, o que explica a possibilidade de um salto nos registros dos próximos meses, período de chuvas e de condições propícias à reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor de todas as modalidades da doença.

Este ano, até ontem, a SES já havia contabilizado 1.604 casos de dengue no Estado. Desse total, cinco foram do tipo grave, com complicações diversas. Duas pessoas morreram com suspeita da doença. A SES descartou para dengue o óbito ocorrido em Barra do Garças, enquanto o outro permanece sob investigação.

Lira e a especialista Silbene Lotufo destacam que, como não há vacina contra a dengue, somente a prevenção poderá livrar o Estado de um risco de epidemia. Reforçar a limpeza dos ambientes que possam servir de criadouro do mosquito é uma das medidas mais importante no combate ao transmissor e, consequentemente, à doença.

Sem licitação, Saúde gasta R$ 64 mi com terceirização

  • Instituto é contratado controlar hospitais em Colíder e Alta Floresta; para Justiça, medida é ilegal

Hospital Regional de Colíder tem gestão terceirizada, conforme bandeira do secretário Pedro Henry


Midianews / RAFAEL COSTA
DA REDAÇÃO

O Instituto Social Fibra, OSS (Organização Social de Saúde) com origem em São Paulo, vai receber, anualmente, R$ 64,888 milhões para administrar os hospitais regionais de Alta Floresta e Colíder, no Norte de Mato Grosso. A SES (Secretaria de Estado de Saúde) decidiu contratá-la, com dispensa de licitação, para administrar o sistema de Saúde dos dois municípios pelos próximos 5 anos.

Conforme publicado no DOE (Diário Oficial do Estado), o contrato no Hospital Regional de Alta Floresta (a 803 km de Cuiabá) entrou em vigor no dia 13 de janeiro deste ano e se encerra em 12 de janeiro de 2017. O Estado vai repassar ao Fibra, anualmente, R$ 31,844 milhões, o que, mensalmente, corresponde a R$ 2,653 milhões.

Para administrar o Hospital Regional de Colíder (a 650 km da Capital), o instituto Fibra vai receber, todos os anos, R$ 33,044 milhões, conforme estipulado no contrato que entrou em vigor no dia 4 de janeiro e se encerra somente em 3 de janeiro de 2017. O repasse mensal feito pelo Estado atinge a média de R$ 2,753 milhões.

O Instituto Social Fibra será responsável em gerenciar, operacionalizar e executar ações e serviços de saúde em ambos os municípios, em regime de 24 horas, com a proposta de assegurar assistência universal e gratuita aos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde).

Idealizador da proposta de terceirizar serviços de saúde ao controle das Organizações Sociais, no período em que permaneceu à frente da Secretaria de Saúde, o deputado federal Pedro Henry (PP) alega que se trata de um sistema eficiente, pois são exigidas metas na prestação de atendimento à população, bem como de cirurgias e outros procedimentos.

No entanto, a contratação de Organizações Sociais é questionada pela Justiça Federal, que considerou inconstitucional o contrato firmado pela Secretaria de Saúde com o Ipas (Instituto Pernambucano de Assistência em Saúde), que administra o Hospital Metropolitano de Várzea Grande.

Conforme a decisão da juíza da 2ª Vara Federal, Célia Regina Ody Fernandes, expedida em 19 de setembro de 2011, é papel do Estado assegurar o acesso à Saúde Pública.

"O Poder Executivo, exatamente para garantir integralmente o direito dos cidadãos à Saúde, deve conferir preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas de saúde como também a destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a saúde, e com absoluta prioridade no que diz respeito à saúde das crianças, adolescentes e jovens", diz trecho da decisão.

Embora a magistrada tenha aplicado multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento e obrigar o Estado a abster-se da contratação de OSS, a Secretaria de Saúde leva adiante a proposta de terceirizar a gestão da Saúde Pública nos hospitais regionais. 

O secretário afastado Pedro Henry argumenta que não houve revisão da liminar pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região, o que não impede o Estado de firmar novos contratos.

è  A SES – MT CONTINUA EM SEU TRESLOUCADO PROJETO DE DESMONTAR O SUS EM MNOSSO ESTADO E PRIVATIZAR A SAÚDE A QUALQUER CUSTO EM PROL DE UM PROJETO CHEIO DE ILEGALIDADE  E  CORRUPÇÃO.

SILVAL: CASO DE INTERNAÇÃO




  Esta  semana  a  imprensa  divulgou  entrevista do governador do estado durante entrega das obras de ampliação do hospital particular Santa Helena, patrocinada com dinheiro do povo matogrossense para que tal unidade hospitalar possa continuar faturando mensalmente pelos atendimentos que realiza por contrato com o SUS/Cuiabá. É bom ser empresário assim, né.
  Pelo teor do divulgado é possível entender que Sua Excelência sofre de amnésia ao se esquecer que já é governador desde abril de 2010 (há  quase dois anos) e sequer conseguiu equilibrar as finanças da saúde pública estadual, que acumula dívidas de mais de 150 milhões de reais.
  É possível entender que o governador Silval sofre de amnésia por mais:
1.     Prometeu a FILA ZERO para consultas, exames e cirurgias em sua campanha eleitoral em outubro/2010 e as filas aumentaram;

2.     Falou em aumentar os investimentos em saúde (MT não investe nem o piso de 12% das receitas conforme manda a Constituição Federal) e acumula dívidas com fornecedores e prestadores de serviço, pagando adiantado apenas as OS’s do seu Secretário Pedro Henry;

3.     Anunciou 202 novos leitos hospitalares na baixada cuiabana sem dizer onde estes se encontram e tampouco, quais são suas destinações;

4.     Assume a “paternidade” do futuro Hospital Universitário da Universidade Federal que (e quando for construído) é do Governo Federal;

5.     Anunciou mais que pretende comprar ou alugar o Hospital das Clínicas, sem dizer que se voltará a atender casos de alta complexidade conforme foi seu curto funcionamento nas mãos de empresários da medicina anos atrás;

6.     Por fim, vaticina que sua política para a saúde pública é sua privatização, garantindo lucros exorbitantes para as OS’s do Pedro e, talvez suas também.

Governador, seu caso é de internação.  No Adauto Botelho, né !

Cartilha do Usuário do Sus