quinta-feira, 26 de maio de 2011
Após anúncio, Pires "recua" sobre estadualização do Pronto-Socorro
Após o prefeito Chico Galindo (PTB) ter declarado que passaria o comando do Hospital e Pronto-Socorro de Cuiabá ao Estado e que o governador Silval Barbosa (PMDB), ao aceitar a missão, indicou que a unidade, assim como as demais do Estado, seriam operacionalizadas por Organizações Sociais de Saúde (OSS), o secretário municipal de Cuiabá, Antonio Pires, declarou que o município ainda não bateu o martelo sobre a situação do HPSMC.
“Não se sabe ainda se será estadualizado, federalizado ou comandado por OSS”, declarou Pires nesta segunda (23) em reunião com o Conselho Municipal de Saúde, que já tinha aprovado a estadualização, mas recuou da decisão ao saber que seria implantado, na unidade, o modelo de gestão proposto pelo secretário de Estado de Saúde, Pedro Henry (PP).
De acordo com o secretário, uma comissão formada por Estado e prefeitura é quem vai realmente definir o modelo de gestão do HPSMC. Ele adianta, contudo, que o município deverá manter a responsabilidade sobre todo o recurso humano da unidade. “Estamos discutindo porque temos necessidades de recursos adicionais”, explicou.
Pires ressalta que não é contra nem a favor a gestão por meio de OSSs. “Existem experiências positivas e negativas. Eu me preocupo com os mecanismos de fiscalização desse modelo de gestão”, ponderou. Conforme o secretário, a OS é propriedade da Nação e não são controladas pelos Estados.
Ele ainda pontua que a secretaria de Saúde de Cuiabá mantém cinco contratos com OS, como o Hospital Santa Helena, por exemplo, que atua em parceria para atendimento de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e que, nestes casos, os contratos são avaliados por meio de metas físicas. “Os recursos só são passados mediante o cumprimento das metas”, concluiu. (Sissy Cambuim)COMENTÁRIO DO MSD:
- O que não falta na Secretaria Municipal de Sáude é isso : “ não sei de nada “.
Nova investigação no Pronto Pronto Socorro
Matéria do jornal A Gazeta Digital
A nova direção do Pronto-Socorro de Cuiabá vai investigar a ocorrência de falhas assistenciais cometidas pelas equipes plantonistas que estariam contribuindo com a superlotação da unidade. Entre elas está o não cumprimento das escalas.
Nos últimos 7 dias, os 4 médicos que assumiram a direção fizeram um "pente fino" no box de emergência e nas alas de internação para levantar os principais problemas e constataram que além da precária estrutura, falhas no atendimento aos pacientes estariam contribuindo com o caos que assolou a unidade.
Durante o trabalho, vários pacientes foram identificados na ala de internação sem diagnóstico e à espera de exames. Muitos receberam alta ou foram transferidos para outros hospitais. Nesta quarta-feira, nenhuma pessoa estava sem leito e os corredores vazios.
O diretor geral Ronaldo Marcelo Taques, médico intensivista lotado há 15 anos no PS, declarou que será realizado um diagnóstico do número de profissionais que estão escalados nos plantões e se é suficiente para atender a demanda. "Temos que saber se faltam profissionais ou se os profissionais estão faltando e não cumprindo suas escalas".
Atualmente, o Pronto-Socorro de Cuiabá possui um quadro de 1,4 mil funcionários, entre médicos, enfermeiros, técnicos, assistentes e administrativo. Somente no corpo clínico, existem 340 profissionais.
Entre as falhas estruturais estão a falta de equipamentos, manutenção e a necessidade da abertura imediata de 3 centros cirúrgicos e 2 leitos de UTI adulto que estão fechados.
Rotatividade - O diretor técnico e médico Douglas Saldanha explicou que é preciso dar rotatividade aos pacientes que chegam à unidade. "Se eles ficam na ala amarela por mais de 48 horas e não conseguem vagas em UTIs ou nos hospitais conveniados para fazer as cirurgias necessárias, vão continuar ocupando os leitos e não teremos para onde levar os pacientes que chegam ao box de emergência".
Situação que, conforme ele, resultou na superlotação da ala nos últimos dias, quando o espaço equipado para 5 leitos era ocupado por 20, sem nenhuma condição de atendimento.
Para que esta rotatividade seja possível sem necessidade de mutirões, a nova direção quer organizar cada setor. Assim que o paciente der entrada e ser diagnosticado, já será direcionado a uma unidade conveniada ou policlínica. "Ninguém vai ficar sem atendimento. Vamos acolher o paciente, atendê-lo, diagnosticá-lo e resolver o problema, mas só vão ficar aqui os casos de urgência e emergência". (Tania Rauber)
COMENTÁRIOS DO MSD:
Se acabar a “divisão de horários” , as “saidinhas” os esquemas de “hoje eu falto, no próximo falta você”, os “ visitadores” se dedicarem mais aos pacientes, dá para funcionar o PS com metade do número de profissionais que tem hoje. Já a rotatividade de pacientes depende de ter para onde encaminhaá-los quando necessitarem de vaga fora, o que hoje é dificultado pelos hospitais contratados que só aceitam os casos mais simples (leia-se : com menor custo, sobrando mais dinheiro para eles). Isso só será solucionado com a construção e funcionamento de um grande hospital público de referência que o governo estadual deve à Cuiabá há 30 anos !!!!
Farmácia sem insulina e outros
Diário de Cuiabá publicou:
Está faltando insulina na farmácia pública de alto custo da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Há cerca de 20 dias, nenhum paciente diabético que faz uso desse medicamento consegue manter o tratamento gratuito, conforme prevê o Sistema Único de Saúde (SUS).
Quem está cadastrado na farmácia deveria receber o produto sem custo a cada 20 ou 30 dias, dependendo da dose diária prescrita pelo médico. Como não vem conseguido gratuitamente, precisa comprar em farmácias.
Diabético e portador de insuficiência renal, Damásio Conceição esteve ontem à tarde na farmácia, mas voltou para casa sem insulina. Ele contou que tem remédio apenas para mais um dia, hoje, e que, na sexta-feira, se continuar faltando no serviço público, terá de comprar. O problema é que cada frasco dessa insulina custa pouco mais de R$ 100, dinheiro que fará fazer falta no orçamento da família, principalmente porque há pacientes que chegam a consumir uma unidade a cada três dias. Esse consumo corresponderia a um gasto mensal superior R$ 1 mil.
Damásio Conceição, pelo terceiro mês consecutivo, terá de comprar outro medicamento, o sevelamer, usado por doentes renais como regulador dos níveis de fósforo no organismo, que também está faltando na mesma farmácia.
O servidor público Eduardo Castro também não conseguiu a insulina. Este mês ele já esteve duas vezes na farmácia, ontem a segunda, retornando sem previsão de data de recebimento.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou, por meio da assessoria de imprensa, que houve atraso na entrega por parte da empresa contratada para fornecer insulina e outros três medicamentos que estão em falta. Conforme a SES, o fornecedor informou que teve problema na importação do produto, mas assegurou que os medicamentos estarão disponíveis amanhã.
Hã poucos dias, o secretário estadual de Saúde, Pedro Henry, anunciou a abertura de licitação para contratar instituições sem fins lucrativos para a implantação e operacionalização do gerenciamento da Central Estadual de Abastecimento de Insumos de Saúde na assistência farmacêutica. A instituição será responsável pela logística de distribuição de medicamentos no Estado. (AA)
COMENTÁRIO DO MSD:
A insulina é indispensável para muitos pacientes diabéticos e a sua distribuição gratuita é prevista em lei , sendo obrigação das secretarias de saúde. Os recursos financeiros para o custeio dessa distribuição são repassados mensalmente pelo Ministério da Saúde ; se a SES não está adquirindo a insulina, onde estará o dinheiro ?
Está faltando insulina na farmácia pública de alto custo da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Há cerca de 20 dias, nenhum paciente diabético que faz uso desse medicamento consegue manter o tratamento gratuito, conforme prevê o Sistema Único de Saúde (SUS).
Quem está cadastrado na farmácia deveria receber o produto sem custo a cada 20 ou 30 dias, dependendo da dose diária prescrita pelo médico. Como não vem conseguido gratuitamente, precisa comprar em farmácias.
Diabético e portador de insuficiência renal, Damásio Conceição esteve ontem à tarde na farmácia, mas voltou para casa sem insulina. Ele contou que tem remédio apenas para mais um dia, hoje, e que, na sexta-feira, se continuar faltando no serviço público, terá de comprar. O problema é que cada frasco dessa insulina custa pouco mais de R$ 100, dinheiro que fará fazer falta no orçamento da família, principalmente porque há pacientes que chegam a consumir uma unidade a cada três dias. Esse consumo corresponderia a um gasto mensal superior R$ 1 mil.
Damásio Conceição, pelo terceiro mês consecutivo, terá de comprar outro medicamento, o sevelamer, usado por doentes renais como regulador dos níveis de fósforo no organismo, que também está faltando na mesma farmácia.
O servidor público Eduardo Castro também não conseguiu a insulina. Este mês ele já esteve duas vezes na farmácia, ontem a segunda, retornando sem previsão de data de recebimento.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou, por meio da assessoria de imprensa, que houve atraso na entrega por parte da empresa contratada para fornecer insulina e outros três medicamentos que estão em falta. Conforme a SES, o fornecedor informou que teve problema na importação do produto, mas assegurou que os medicamentos estarão disponíveis amanhã.
Hã poucos dias, o secretário estadual de Saúde, Pedro Henry, anunciou a abertura de licitação para contratar instituições sem fins lucrativos para a implantação e operacionalização do gerenciamento da Central Estadual de Abastecimento de Insumos de Saúde na assistência farmacêutica. A instituição será responsável pela logística de distribuição de medicamentos no Estado. (AA)
COMENTÁRIO DO MSD:
A insulina é indispensável para muitos pacientes diabéticos e a sua distribuição gratuita é prevista em lei , sendo obrigação das secretarias de saúde. Os recursos financeiros para o custeio dessa distribuição são repassados mensalmente pelo Ministério da Saúde ; se a SES não está adquirindo a insulina, onde estará o dinheiro ?
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