domingo, 11 de dezembro de 2011

Conselho não aprecia mais qualquer matéria da Prefeitura enquanto não houver diálogo

Site: NO PODER
A aprovação da Câmara ao projeto do prefeito Chico Galindo (PTB) que permite a contratação de Organizações Sociais de Saúde (OSS) para operacionalizar o Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (HPMSC) e outras unidades de saúde, educação, cultura e assistência social parece ter sido a gota d’água para o Conselho Municipal de Saúde (CMS). Ontem, a entidade protocolou uma carta aberta no Ministério Público Estadual (MPE) informando que o trancamento de todas as pautas de deliberação do conselho. Entre elas, estão incluídas a avaliação do relatório de gestão do município e o planejamento das ações para 2012. Na prática, a iniciativa é um boicote à Prefeitura. A secretária do CMS, Maria Ângela Martins, explica que os conselheiros não voltarão a discutir nenhuma pauta até que a Prefeitura decida abrir o diálogo com a entidade, que tem competência assegurada pelo artigo 223 da Constituição do Estado para deliberar sobre questões de coordenação, gestão, normatização e acompanhamento das ações e serviços de saúde.

Em maio deste ano, quando se começou a se discutir a possibilidade de estadualização do HPSMC, o conselho reprovou qualquer alteração no modelo de gestão da unidade. Para os conselheiros, ao encaminhar a mensagem para a Câmara Municipal às pressas, o prefeito deixou claro que não se importa com as decisões do CMS e chega a atentar contra a democracia.
A prefeitura, no entanto, continua apostando na possibilidade de entregar a administração do HPSMC ao governador Silval Barbosa (PMDB).

Enquanto isso não acontece, o prefeito busca alternativas para transferir o comando da unidade. Assim, emplacou o projeto, semelhante ao estadual, que permite a contratação da iniciativa privada. A resolução do conselho, contudo, não tratava apenas da estadualização. Maria Ângela destaca que o CMS reconhece que o problema do HPSMC não é de gestão, mas sim da falta de leitos, por isso defende que a Prefeitura continue no comando da unidade.

O ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Soares, alerta que, com a sanção do projeto aprovado pela maioria dos vereadores, que aconteceu ontem, o prefeito viola a Constituição Estadual. A legislação estabelece que a decisão sobre a contratação ou convênios de serviços privados cabe aos conselhos municipais e estaduais.

Assim, ao contrário do que afirmou o secretário municipal de Saúde, Lamartine Godoy, de que as ações dos conselhos tinham caráter apenas de fiscalização, para levar adiante sua ideia de passar a administração das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), em fase de licitação, a uma OSS, Galindo terá que fazer as pazes com o CMS.

Caso contrário, Soares, que foi um dos constituintes, alerta que o Ministério Público Estadual (MPE) poderá ingressar com uma Ação Declaratória de Inconstitucionalidade (Adin) sobre a proposta do prefeito, correndo o risco de ser considerado omisso. Além do MPE, podem questionar a validade do projeto partidos políticos com representação na Assembleia, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entidades de classe, entre outros.

Irônico, ele diz que a atitude demonstra o desconhecimento de Galindo acerca da legislação, mas mostra que ele está bem afinado com sua profissão, a de corretor de imóveis e que a Câmara deu uma demonstração de subserviência a isso.

COMENTÁRIO MSD

>>  PARABÉNS AO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE POR CONTINUAR NA DEFESA DO SUS.

Conselheiro critica a ausência de transparência no Metropolitano

OLHAR DIRETO / Renê Dióz
O vice-presidente do Conselho Estadual de Saúde, professor Carlos Alberto Eilert, cobrou nesta quarta-feira (07) transparência do governo em relação à gestão do Hospital Metropolitano de Várzea Grande, administrado por uma Organização Social (OS). Além de criticar o fato de a Secretaria Estadual de Saúde (SES) não prestar contas até o momento este ano, Eilert cobrou do órgão a apresentação de relatório de gestão referente ao Metropolitano.
A alegada falta de transparência na gestão da OS foi motivo de discussão na manhã desta quarta-feira (07) entre Eilert e o ex-secretário estadual de Saúde, deputado federal Pedro Henry (PP) durante o programa Chamada Geral, da rádio Mega FM.
Eilert explicou que a única satisfação dada sobre a gestão da OS até o momento se resume a números gerais da soma de procedimentos realizados no Metropolitano. Não são especificados, segundo Eilert, os tipos de cirurgias realizadas.
Além disso, o conselheiro questiona a dinâmica de repasses mensaís da SES para a OS de acordo com os procedimentos realizados. Devido à falta de transparência da administração, o Conselho fica sem saber, por exemplo, se a OS deixa de receber proporcionalmente menos num determinado mês caso no período anterior não tenha cumprido o total de procedimentos previstos, explica Eilert, que preside hoje reunião ordinária do Conselho em Cuiabá.

COMENTÁRIO MSD 

>> ESTÁ OCORRENDO EXATAMENTE AQUILO QUE FOI DENUNCIADO PELO MSD E POR UM GRANDE NÚMERO DE PESSOAS E ENTIDADES SÉRIAS E HONESTAS QUE DESDE O INÍCIO SE POSICIONARAM CONTRA A “OPERAÇÃO OSS” DO SECRETÁRIO PEDRO HENRY, POR TODAS ESSAS RAZÕES AGORA COMPROVADAS : TUDO FEITO NA SURDINA, SEM DISCUSSÃO PRÉVIA, A IDÉIA EMPURRADA GOELA ABAIXO, SEM TRANSARÊNCIA, CUSTOS DOS SERVIÇOS MUITO MAIORES DO QUE OS PRATICADOS PELO SUS, CORRUPÇÃO DESLAVADA, ENFIM, O QUE ESPERAR DE UM PROJETO COM ESSA ORIGEM ?

Cartilha do Usuário do Sus