Abelardo Jr. Scavassa
Como forma de enriquecer a discussão sobre Organizações Sociais e ao mesmo tempo comentar sobre o posicionamento do Vice Regional de SINOP, o Sr. Marco Túlio nessa temática, digo a vocês: Lucro...Lucro...Lucroooo! Todos só pensam em produção e lucro!
Quando a preocupação dos gestores será em torno dos princípios do SUS? Onde está a preocupação em produzir saúde? Onde está à preocupação em reduzir danos à saúde? Já que se insiste tanto em fomentar a oferta de serviços através das Organizações Sociais-OS, na qual a minha opinião e de diversos especialistas e pesquisadores para a maneira que está sendo feita é totalmente prejudicial ao SUS.
Por que não promover essa estratégia de contratação de OS na qualidade de serviços que produzam saúde? Que irão trabalhar ações que reduzam danos a saúde? Somos eventualmente surpreendidos na mídia por fatos que muitas vezes poderiam ser evitados, como é o caso da violência, do uso abusivo de drogas, da carência de educação e informação sobre saúde para as pessoas, a violência no trânsito que impacta diretamente nos serviços de especialidades no SUS, congestionando os Hospitais e aumentando suas receitas. Ai sim partiremos do conceito que pretendemos resolver os problemas que dificultam o processo de gestão no SUS, poderemos observar nitidamente se há resultados nessa iniciativa, pois com certeza refletira na diminuição da demanda hospitalar do Estado. Podemos sim apresentar vários modelos de gestão que foram implantados no SUS, sempre partindo dá visão assistencialista, preocupa-se em resolver o problema, mas esquece-se de resolver a causa.
Realmente, concordo com o SrºMarco Túlio Vice Regional de SINOP quando diz que há um problema de gestão. Com certeza podemos acreditar que há sim um problema de gestão em sua regional. Um exemplo simples é observarmos a última PPI, que vai nos mostrar o quanto de recurso foi direcionado para investimento na regional defendida pelo Vice e compará-la aos avanços conquistados na região. Seria justo responsabilizar alguns gestores por falta de financiamento?
Organizações Sociais não é a resposta aos problemas no SUS. Gestores ou Equipes de Gestores qualificados, escolhidos pelo potencial técnico administrativo e não por indicações políticas, que tenham em suas formações a admiração e o respeito pelo SUS, são capazes de impactar diretamente na reversão do atual modelo de gestão.
Gostaria de finalizar parabenizando os movimentos sociais, gestores, profissionais, usuários...que defendem o SUS. Hoje no Estado de Mato Grosso vivemos uma intensa discussão sobre Organizações Sociais no SUS. A forma como estão se articulando e disseminando importantes informações pelos meios de que tem acesso tem resultado positivamente nesta batalha, evidenciando de fato a força que temos na formulação de políticas públicas, como também dizer ao Srº Marco Túlio, que é nobre a sua proposta de sair visitando os municípios que compõem a sua regional, entretanto, tenha cautela, pois gestores e profissionais estão atualizados sobre o tema e a aceitação e a resposta encontrada pode não ser a esperada. Infelizmente no Estado de São Paulo quando aderiu a essa proposta de Organizações Sociais, os processos de discussões no SUS, os métodos de qualificação de gestores e o incentivo as pesquisas no SUS não eram tão intensos como é hoje, o que poderia ter contribuído diferente na história.
Vamos em frente. A luta continua.
VIVA O SUS !
Abelardo Jr. Scavassa, enfermeiro/Alta Floresta
quarta-feira, 23 de março de 2011
MSD continua nas ruas em defesa de hospital estadual em Cuiabá
O Movimento Saúde e Democracia intensifica sua luta em defesa da construção de um grande hospital público estadual em Cuiabá. Depois de levantar a bandeira durante manifestação contra a "privatização da saúde pública em Mato Grosso", o movimento distribuiu panfletos em frente a Universidade de Cuiabá (Unic) e da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Membro do MSD, o odontologista Wagner Simplício acredita que a sociedade tem a compreensão de que os graves problemas de assistência hospitalar aos usuários do Sisgtema Único de Saúde (SUS) só serão solucionados com a participação efetiva do Governo do Estado e que passa pela criação de pelo menos 400 novos leitos numa unidade pública estadual.
Membro do MSD, o odontologista Wagner Simplício acredita que a sociedade tem a compreensão de que os graves problemas de assistência hospitalar aos usuários do Sisgtema Único de Saúde (SUS) só serão solucionados com a participação efetiva do Governo do Estado e que passa pela criação de pelo menos 400 novos leitos numa unidade pública estadual.
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