quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Pronto-socorro de Cuiabá deverá ser estadualizado até final de janeiro de 2012

COMENTÁRIO MSD

>> ESTA DECISÃO DO PREFEITO E SEU SOBRINHO SEDRETÁRIO DE SAÚDE É ILEGAL E DEMONSTRA A INCOMPETÊNCIA, O DESCOMPROMISSO E A COVARDIA DA ADMINISTRAÇÃO, INCAPAZ DE ENFRENTAR AQUILO QUE É SUA RESPONSABILIDADE.















NO PODER 17/01/2012

OUTRA AVASSALADORA EPIDEMIA DE DENGUE!


"As verbas envolvidas são grandes, e por que não é feito o que deve ser feito?"


Site: NO PODER
Por: Beatriz Antonieta

Sempre alertei, em todos os meus artigos que, a cada 04 anos a mesma pessoa poderá ser NOVAMENTE infectada! Então, todas as pessoas que tiveram DENGUE em 2007/2008 estão sob ALTO RISCO! Quem teve a primeira DENGUE agora irá ter a segunda com todas as complicações que envolvem a 2ª Infecção pelo vírus.

A DENGUE que a pessoa sofre novamente envolve reações exarcebadas dos anticorpos imediatamente produzidos pelo Sistema Imunológico (registro da infecção anterior) que reage aos antígenos (vírus).

Esta reação é aumentada devido ao fato dos Anticorpos que, entrando ‘em combate’ com o vírus invasor se voltam também contra as células, onde há o registro da Dengue anterior.

Esta ocorrência desencadeia alta produção de Anticorpos e sua luta contra o vírus destrói também a fina camada do endotélio dos vasos sangüíneos e ocorre o princípio hemorrágico.

Este rompimento da delicada camada endotelial provoca pequenos sangramentos internos (e, evidentemente, invisíveis). São vasos dos órgãos internos: Fígado, rins, pulmão, cérebro, todos são órgãos ricamente vascularizados que, com o rompimento deixam o sangue extravasar no interior do organismo.

Pequenas hemorragias que surgem causam grande desconforto ao paciente. Neste caso, a reposição de líquidos é essencial, chá, sucos e soro caseiro. Se este rompimento de vasos for intenso o paciente está com DENGUE HEMORRÁGICA GRAVE, e necessitam cuidados intensivos (CTI), reposição de líquidos, controle da temperatura, repouso na penumbra, ingerir líquidos constantemente.

Agora pergunto: Se o atendimento básico, normal está deficiente, o que irá ocorrer durante uma EPIDEMIA como a que se anuncia?

Será que a população ira receber uma ‘capenga’ Medicina Curativa?

Por que o nosso país não muda o enfoque, elimina o vetor e garante qualidade de vida à população? Isso se faz praticando Medicina Preventiva, isto é, elimina vetores patogênicos que causam anuamente milhares de infecções e muitos óbitos!

Como especialista em Entomologia Médica questiono: “porque o RIO DE JANEIRO (e o resto do Brasil) espera pela ‘pior epidemia’? (http://revistaepoca.globo.com/Saude-e-bem-estar/noticia/2012/01/rio-de-janeiro-espera-pior-epidemia-de-dengue-da-historia.html)

O Rio de Janeiro dispõe de uma instituição de pesquisa do nível da FIOCRUZ onde reúne um grande número de pesquisadores, alguns dos quais absolutamente contrários ao uso do ‘fumacê’ (UBV), e eles SABEM PERFEITAMENTE ser esta a única solução para acabar com este vetor!

E, volto a perguntar: Por quê? Qual o interesse em manter este maldito vetor? Esta recusa em fazer o correto faz parte do enorme iceberg da DENGUE, do qual vislumbramos apenas a pontinha, semi oculto que está, nas lamas caudalosas da ingerência, incompetência, inoperância? As verbas envolvidas são grandes, e por que não é feito o que deve ser feito?

No início do século XX, o mosquito transmissor da doença chegou até mesmo a ser erradicado, graças à atuação do médico e sanitarista Oswaldo Cruz.

Penso que Oswaldo Cruz, se vivo estivesse, certamente sairia dando pancadas em quem não segue seus ensinamentos e não elimina o mosquito! E é lamentável que alguns se intitulando pesquisadores atrapalhem com teorias confusas e equivocadas o que deve ser feito!

Resumido: O Rio de Janeiro NÃO DEVERIA estar esperando a EPIDEMIA! Deveria estar agindo para evitar!

Beatriz Antonieta Lopes é leitora do site NO PODER - Email: beatrizantonietalopes@yahoo.com.br

Saúde pública: um caos!

Site: RD News / Jackelyne Pontes
Em Mato Grosso, a saúde pública enfrenta situação de caos, o que infelizmente não é muito diferente do resto do Brasil. De um lado, gestores com pouca vontade política, levando em consideração interesses pessoais ou de suas legendas políticas, de outro profissionais insatisfeitos, que não são valorizados devidamente, em um processo de sofrimento profissional. Quem paga a conta e vive as consequências desse quadro é a população usuária, que enfrenta esta crise de frente.

As verbas destinadas à saúde são insuficientes e, para concluir isso, não é preciso ser nenhum estudioso do assunto, e ainda sim esta sofre ataque corrosivo de dois fatores: desvio e corrupção, resultado de uma má gestão com prejuízos astronômicos.

O princípio da integralidade no Sistema Único de Saúde (SUS) deveria ser respeitado. Entende-se integralidade não somente como um conceito, em que os sujeitos são atendidos em sua totalidade, mesmo que esta não seja alcançada em sua plenitude. Integralidade é mais que uma diretriz do SUS, é uma bandeira de luta a ser defendida por gestores, trabalhadores e usuários, segundo reza a Constituição Brasileira de 1988.

Segundo pesquisas, cerca de um quarto (25%) da população recorre a planos privados de saúde para que possam ser atendidos em suas necessidades, suprindo assim a deficiência do sistema público. Isso é um absurdo. A iniquidade gerada pela má administração dos recursos da saúde, assim, atinge os pobres, aqueles que não podem arcar com esse tipo de despesa. E, na contramão desse fato, diariamente nos deparamos com notícias de corrupção, desvio de verbas e construção de obras faraônicas, que, inacabadas, tornam-se elefantes brancos, uma espécie de monumento à má gestão, esfregando na cara do usuário, diariamente, a falta de planejamento e de conhecimento por parte dos governantes e de seus escolhidos.

Um exemplo de caos instalado é o Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, que sofre com a falta de estrutura e foi local de acidentes estruturais, como desmoronamentos e, além disso, falta de medicamentos, sucateamento de seus equipamentos e número reduzido de profissionais comprometendo assim o atendimento da população que deveria ser eficaz e eficiente. A alternativa encontrada pelos gestores para mascarar a ineficiência foi a estadualização com a posterior privatização do atendimento, o que gerou protestos por parte de sindicatos, usuários, acadêmicos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e profissionais da saúde.

Segundo tais entidades, a privatização trata-se da saída mais fácil e cômoda. Os governantes assumem a sua negligência para com a população e incompetência para gerir e, além disso, sabem muito bem e fazem “olhos de mercador” para o fato de que a privatização é uma medida imediatista, que apenas adia o caos do caos, anunciado por sinal. Como dizia um velho desenho animado: “saída pela esquerda”...

Jackelyne Pontes é cirurgiã-dentista, filiada ao Sinodonto-MT (Sindicato dos Odontologistas do Estado de Mato Grosso)

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