24 Horas News
28/12/2010
A UTI neonatal do Pronto-socorro Municipal de Cuiabá está fechada, desde domingo (26), após a morte de cinco bebês na unidade, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. As mortes de pelo menos três crianças foram causadas por uma bactéria bastante agressiva, presente na UTI neonatal. Os óbitos foram registrados entre 18 e 26 de dezembro, segundo o Conselho Regional de Medicina (CRM) de Mato Grosso.
“Três crianças já tiveram a causa do óbito confirmada. Outras duas ainda estão em investigação. Essa é uma bactéria que normalmente habita a pele da criança, mas é bastante invasiva, principalmente quando aparece em crianças com o sistema de defesa comprometido”, diz ao G1 Arlan de Azevedo Ferreira, presidente do CRM de Mato Grosso.
Segundo o secretário-adjunto da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, Euze Carvalho, depois do registro do primeiro óbito as internações na unidade foram suspensas e, desde domingo, a UTI neonatal do hospital está fechada. “A unidade foi fechada para desinfecção e pelas condições peculiares das crianças que costumam ficar no local, mais suscetíveis a infecções”, afirma o pediatra.
De acordo com o CRM, o primeiro bebê morreu em 18 de dezembro. Outras duas crianças morreram em 24 de dezembro, uma no dia 25 de dezembro e a última morte foi registrada no domingo (26).
Causas da infecção
O Conselho Regional de Medicina investiga as causas das mortes e afirma que está fiscalizando a unidade. “O Conselho está apurando as condições do hospital. Há problemas estruturais, falta de funcionários e até falta de água e isso pode comprometer o combate a bactérias. Não há como dizer que essa foi a causa das infecções, mas certamente isso tem que ser corrigido”, afirma Ferreira.
Para o secretário-adjunto Carvalho, a suposta resistência da bactéria a medicamentos também pode ter contribuído para a infecção da UTI neonatal. "Em toda unidade hospitalar você usa muito antibiótico, e isso faz com que bactérias resistentes se desenvolvam nesses locais. Estamos apurando o que causou essa situação e a unidade só será reaberta quando o processo de desinfecção for concluído", diz.
A coordenadora de enfermagem do Pronto-socorro, Frederica Rabelo Machado, afirma que todos os cuidados são tomados na UTI neonatal do hospital, e que procedimentos de desinfecção são realizados no local a cada sete dias. "Nenhum dos recém-nascidos que faleceu nasceu em Cuiabá e muito menos no nosso hospital. Eles vieram de hospitais do interior e foram transportados até nossa unidade. É importante ressaltar que há risco de infecção nesse transporte ou até mesmo em outro hospital", diz ao G1.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Greve dos médicos em VG gera aumento de atendimentos em Cuiabá
Site 24 Horas News traz à tona sobrecarga de demanda na Policlínica do Verdão por conta da greve dos médicos em Várzea Grande. Esta policlínica, na verdade, sempre atendeu pacientes da cidade vizinha, onde não há atendimento 24 horas, exceto no Pronto Socorro.
A demanda por atendimento na Policlínica do Verdão, em Cuiabá, aumentou 70% desde que a greve dos médicos iniciou em Várzea Grande, há 19 dias. A média de pessoas que chegam à Policlínica em dias normais é de 250, mas no dia 20 de dezembro atingiu o pico de 476 pacientes. Sete profissionais de enfermagem já foram contratados pela administração, que também procura 3 médicos extras. Na rua, uma tenda do exército foi montada para abrigar as pessoas, que em determinados momentos não conseguem aguardar na sala de espera.
Por causa da greve, segundo informações do jornal A Gazeta, o serviço dos 240 médicos de Programa de Saúde da Família (PSF), postos de saúde e policlínicas de Várzea Grande estão suspensos. Eles continuam em greve até que a Prefeitura reenvie proposta ao sindicato da categoria. O ofício encaminhado na quinta-feira contempla parcialmente as reivindicações, que vai do pagamento em atraso do benefício de verba indenizatória a aumento salarial. Apenas o serviço médico do Pronto-Socorro (PS) está em funcionamento.
Para o presidente do Sindicato de Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT), Edinaldo Lemos, a proposta inicial do prefeito Murilo Domingos é inconsistente. "Eles nos passaram um calendário de pagamento da verba indenizatória, mas o aumento prometido em dezembro de 2009 foi ignorado".
O aumento salarial de R$ 1,3 mil para R$ 1,6 mil está previsto na Lei nº 3.458 deste ano. Conforme a programação, em setembro este incremento seria aplicado e em maio de 2011 haveria o aumento posterior do piso para R$ 1,9 mil. Porém, Edinaldo afirma que a proposta inicial previa somente o aumento de maio.
Em relação à verba indenizatória em atraso dos meses de outubro a dezembro, a Prefeitura apresentou cronograma de pagamento que vai de janeiro a abril de 2011. O benefício deveria incrementar em R$ 2,5 mil o salário dos médicos do PS e em R$ 1 mil o dos demais profissionais. Somando com o aumento no piso de R$ 300 em atraso, que deveria ter sido aplicado em setembro a cada um dos 500 médicos, o total da conta fica em R$ 450 mil.
O secretário de administração de Várzea Grande, Marcos da Silva, afirma que até a tarde de ontem nenhuma manifestação do Sindimed em relação à proposta havia chegado em suas mãos. Sobre aumento de R$ 300 previsto para setembro, o secretário diz que foi explicado à categoria que a Prefeitura estava sem verba para cumprir os pagamentos. "Tivemos queda na arrecadação e chegamos a revogar a lei, que previa o aumento".
A demanda por atendimento na Policlínica do Verdão, em Cuiabá, aumentou 70% desde que a greve dos médicos iniciou em Várzea Grande, há 19 dias. A média de pessoas que chegam à Policlínica em dias normais é de 250, mas no dia 20 de dezembro atingiu o pico de 476 pacientes. Sete profissionais de enfermagem já foram contratados pela administração, que também procura 3 médicos extras. Na rua, uma tenda do exército foi montada para abrigar as pessoas, que em determinados momentos não conseguem aguardar na sala de espera.
Por causa da greve, segundo informações do jornal A Gazeta, o serviço dos 240 médicos de Programa de Saúde da Família (PSF), postos de saúde e policlínicas de Várzea Grande estão suspensos. Eles continuam em greve até que a Prefeitura reenvie proposta ao sindicato da categoria. O ofício encaminhado na quinta-feira contempla parcialmente as reivindicações, que vai do pagamento em atraso do benefício de verba indenizatória a aumento salarial. Apenas o serviço médico do Pronto-Socorro (PS) está em funcionamento.
Para o presidente do Sindicato de Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT), Edinaldo Lemos, a proposta inicial do prefeito Murilo Domingos é inconsistente. "Eles nos passaram um calendário de pagamento da verba indenizatória, mas o aumento prometido em dezembro de 2009 foi ignorado".
O aumento salarial de R$ 1,3 mil para R$ 1,6 mil está previsto na Lei nº 3.458 deste ano. Conforme a programação, em setembro este incremento seria aplicado e em maio de 2011 haveria o aumento posterior do piso para R$ 1,9 mil. Porém, Edinaldo afirma que a proposta inicial previa somente o aumento de maio.
Em relação à verba indenizatória em atraso dos meses de outubro a dezembro, a Prefeitura apresentou cronograma de pagamento que vai de janeiro a abril de 2011. O benefício deveria incrementar em R$ 2,5 mil o salário dos médicos do PS e em R$ 1 mil o dos demais profissionais. Somando com o aumento no piso de R$ 300 em atraso, que deveria ter sido aplicado em setembro a cada um dos 500 médicos, o total da conta fica em R$ 450 mil.
O secretário de administração de Várzea Grande, Marcos da Silva, afirma que até a tarde de ontem nenhuma manifestação do Sindimed em relação à proposta havia chegado em suas mãos. Sobre aumento de R$ 300 previsto para setembro, o secretário diz que foi explicado à categoria que a Prefeitura estava sem verba para cumprir os pagamentos. "Tivemos queda na arrecadação e chegamos a revogar a lei, que previa o aumento".
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