27/04/2012 - 07h52
Redação 24 Horas News
O Governo de Mato Grosso promoveu um rombo de R$ 26 milhões nas contas das prefeituras municipais ao prolongar o atraso no repasse financeiro para financiamento dos programas e convênios da área da saúde. A situação estaria comprometendo a prestação de serviços para a população. O atraso vem desde o ano passado. A situação preocupa os prefeitos, pois existe uma cobrança constante da população. Além disso, os gestores são periodicamente notificados pelo Ministério Público para atender a comunidade.
A Secretaria de Saúde deixou de repassar os recursos para o Programa Saúde da Família (PSF), Programa de Apoio à Saúde Comunitária de Assentados Rurais (Pascar), Programa de Apoio ao Desenvolvimento e Implementação dos Consórcios Intermunicipais de Saúde (PAICI), Diabetes, Farmácia Básica, Saúde Bucal, Alcance de Metas, entre outros.
O prefeito de Arenápolis informou que a divida do Estado para com sua cidade chega a R$ 271 mil. Nesse valor, segundo ele, não estão contabilizados os três meses de 2012.
O Governo contesta os números e alega que deve aproximadamente 30% do valor reclamado, gerando um impasse e a necessidade de se realizar um encontro de contas para dirimir as dúvidas e se chegar ao valor real.
Farid Tenório disse que a situação dificulta o atendimento a população e compromete a saúde pública, por que acaba provocando falta de medicamentos na farmácia básica e deixando a população que necessita de serviços essenciais, como o tratamento de diabetes, sem assistência, agravando o quadro de saúde dos mesmos. Ele pontuou ainda as constantes liminares concedidas pela Justiça a pedido do Ministério Público, obrigando o município a atender casos que implicam na utilização de recursos financeiros inexistentes ou que não estão programados.
“A população não quer saber se tem ou não dinheiro, ou se o estado está ou não repassando os recursos para custear a saúde pública, o cidadão quer é ser atendido e ver resolvido seu problema. Imagina que nós estamos completando um ano sem receber repasses do estado, como é que com nossos recursos próprios mantemos a demanda existe” reclamou o gestor.
O executivo de Arenápolis disse que não aceita o parcelamento destes débitos e cobram o repasse integral dos valores em atraso. Ele alega que não é possível esperar mais um ano para regularizar os repasse, pois a saúde da população deve ser priorizada e ela não espera.
==> ESSA ATITUDE DO GOVERNO DO ESTADO E DA SES - MT É CRIMINOSA E DEVE SER DENUNCIADA EM TODOS OS NÍVEIS.
==> O CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE PRECISA POSICIONAR-SE URGENTE EM RELAÇÃO A ESSA QUESTÃO.
==> O MINISTÉRIO PÚBLICO TEM QUE PARAR DE SER MÍOPE E DE SÓ VER A CONSEQUÊNCIA SEM IR NA REAL CAUSA DO PROBLEMA : A GESTÃO INCOMPETENTE, POLITIQUEIRA E DESONESTA DA SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DE MATO GROSSO.
sexta-feira, 27 de abril de 2012
A saúde está morrendo
DIÁRIO DE CUIABA - ARTIGOS - 27/04/2012
ROSIVALDO SENNA
Mesmo não sendo um título nada criativo ou inédito, infelizmente é o que está acontecendo com a saúde no Brasil. Do Brasil. Na verdade, do brasileiro. Pra ser mais exato, com os pobres do Brasil! Se bem que ultimamente o sistema está mais “democrático”. Este abandono, este desleixo, esta pouca-vergonha não é mais um privilégio só dos “menos favorecidos”. Agora, atinge uma classe que desde o governo Lula vem sendo denominada de emergente. Aquela que com um ganho real melhor está investindo num plano de saúde privado.
Porém, como já é de praxe no Brasil - pois nada é planejado e tudo de bom ou ruim acontece por acaso -, esbarra-se noutro problema não menos grave: a falta de planejamento. Ou seja, as prestadora de tais serviços não investiram para acompanhar a demanda e o que se vê hoje nos hospitais são filas intermináveis como, por exemplo, o ‘pronto- atendimento’ de um hospital de renome que trabalha com apenas dois pediatras para atender um grande número de crianças. E, ou que é pior, num ambiente fechado com grande retenção de vários tipos de vírus. Ou seja, se não pegar dengue, já que segundo os entendidos ela só é transmitida pela picada do mosquito, uma gripezinha não está descartada.
Sentimos o problema na pele. Recentemente, no período da manhã, fomos, eu e meu filho, acometidos de fortes dores no corpo e febre alta e tudo levava a crer que estávamos com dengue. De posse da nossa carteira da Unimed e documentos pessoais, é claro, resolvemos buscar atendimento médico. Pela proximidade com a nossa residência, primeiro fomos até o Hospital São Mateus. Na recepção, ficamos sabendo que havia 23 pessoas na nossa frente.
Incomodados com os sintomas e em busca de atendimento mais rápido, saímos em busca de outros hospitais. Resultado: passamos por mais três, e todos lotados. Retornamos à noite, e o quadro era o mesmo. Aí não teve jeito. Não dava mais para aguentar. Chegamos ao hospital por volta das 19 horas e lá pelas 10 fomos atendidos. Neste intervalo presenciamos várias discussões envolvendo pacientes, médicos e atendentes. E nessas andanças descobrimos uma coisa muito interessante. A Amecor, especialista em doenças cardíacas, não tem, durante a noite, médicos especialistas nesta área. Só clínico geral. O especialista só é chamado quando convocado. É...!
Mas a propaganda corre solta, com os hospitais e clínicas mostrando sua modernidade, seu aparelhamento de última geração e tudo mais. Do outro, o paciente que, mesmo pagando, não tem acesso a um tratamento digno e rápido. Alguma coisa está errada. Estamos à beira do caos. Quem viver, ou sobreviver, verá!
ROSIVALDO SENNA é jornalista em Cuiabá
==> MESMO COM APORTE DE RECUROS SIGNIFICATIVAMENTE MAIORES QUE OS DO SUS - É SÓ VER AS MENSALIDADES QUE OS PLANOS DE SAÚDE COBRAM E COMPARAR COM OS VALORES QUE O SUS RECEBE DOS GOVERNOS FEDERAL, ESTADUAIS E MUNICIPAIS - O SETOR PRIVADO TAMBÉM NÃO CONSEGUE OFERTAR ATENDIMENTO COM QUALIDADE AOS SEUS USUÁRIOS.
==> AS RAZÕES NO CASO SÃO OUTRAS, ENVOLVENDO A ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS NESSES HOSPITAIS, REGIDA PELA ÓTICA DO LUCRO DOS SEUS PROPRIETÁRIOS - EMPRESÁRIOS , TODOS ÊLES MUITO BEM DE VIDA .....
ROSIVALDO SENNA
Mesmo não sendo um título nada criativo ou inédito, infelizmente é o que está acontecendo com a saúde no Brasil. Do Brasil. Na verdade, do brasileiro. Pra ser mais exato, com os pobres do Brasil! Se bem que ultimamente o sistema está mais “democrático”. Este abandono, este desleixo, esta pouca-vergonha não é mais um privilégio só dos “menos favorecidos”. Agora, atinge uma classe que desde o governo Lula vem sendo denominada de emergente. Aquela que com um ganho real melhor está investindo num plano de saúde privado.
Porém, como já é de praxe no Brasil - pois nada é planejado e tudo de bom ou ruim acontece por acaso -, esbarra-se noutro problema não menos grave: a falta de planejamento. Ou seja, as prestadora de tais serviços não investiram para acompanhar a demanda e o que se vê hoje nos hospitais são filas intermináveis como, por exemplo, o ‘pronto- atendimento’ de um hospital de renome que trabalha com apenas dois pediatras para atender um grande número de crianças. E, ou que é pior, num ambiente fechado com grande retenção de vários tipos de vírus. Ou seja, se não pegar dengue, já que segundo os entendidos ela só é transmitida pela picada do mosquito, uma gripezinha não está descartada.
Sentimos o problema na pele. Recentemente, no período da manhã, fomos, eu e meu filho, acometidos de fortes dores no corpo e febre alta e tudo levava a crer que estávamos com dengue. De posse da nossa carteira da Unimed e documentos pessoais, é claro, resolvemos buscar atendimento médico. Pela proximidade com a nossa residência, primeiro fomos até o Hospital São Mateus. Na recepção, ficamos sabendo que havia 23 pessoas na nossa frente.
Incomodados com os sintomas e em busca de atendimento mais rápido, saímos em busca de outros hospitais. Resultado: passamos por mais três, e todos lotados. Retornamos à noite, e o quadro era o mesmo. Aí não teve jeito. Não dava mais para aguentar. Chegamos ao hospital por volta das 19 horas e lá pelas 10 fomos atendidos. Neste intervalo presenciamos várias discussões envolvendo pacientes, médicos e atendentes. E nessas andanças descobrimos uma coisa muito interessante. A Amecor, especialista em doenças cardíacas, não tem, durante a noite, médicos especialistas nesta área. Só clínico geral. O especialista só é chamado quando convocado. É...!
Mas a propaganda corre solta, com os hospitais e clínicas mostrando sua modernidade, seu aparelhamento de última geração e tudo mais. Do outro, o paciente que, mesmo pagando, não tem acesso a um tratamento digno e rápido. Alguma coisa está errada. Estamos à beira do caos. Quem viver, ou sobreviver, verá!
ROSIVALDO SENNA é jornalista em Cuiabá
==> MESMO COM APORTE DE RECUROS SIGNIFICATIVAMENTE MAIORES QUE OS DO SUS - É SÓ VER AS MENSALIDADES QUE OS PLANOS DE SAÚDE COBRAM E COMPARAR COM OS VALORES QUE O SUS RECEBE DOS GOVERNOS FEDERAL, ESTADUAIS E MUNICIPAIS - O SETOR PRIVADO TAMBÉM NÃO CONSEGUE OFERTAR ATENDIMENTO COM QUALIDADE AOS SEUS USUÁRIOS.
==> AS RAZÕES NO CASO SÃO OUTRAS, ENVOLVENDO A ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS NESSES HOSPITAIS, REGIDA PELA ÓTICA DO LUCRO DOS SEUS PROPRIETÁRIOS - EMPRESÁRIOS , TODOS ÊLES MUITO BEM DE VIDA .....
OSS vai assumir hospital de Mutum
DIARIO DE CUIABA 27/04/2012
JARDEL PATRÍCIO ARRUDA
Da Reportagem
O Hospital de Nova Mutum deve ser a primeira instituição municipal de saúde de Mato Grosso a seguir o modelo de gestão através de Organização Social de Saúde (OSS). O contrato para passar a administração das mãos públicas para a OSS está prevista para ocorrer já na próxima quarta-feira, dia 02 de Maio.
Este tipo de administração já foi adotado pelo governo estadual e várias unidades, entretanto é alvo de muitas críticas da classe médica e dos movimentos sociais.
No último sábado (21), houve uma reunião entre os médicos da cidade, organizada pelo Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), para debater a respeito da mudança que está prestes a ocorrer.
“Vamos tentar impedir isso de todas as formas. Manifestações, ações judiciais, tudo”, afirmou Elza Luiz de Queiroz, presidente do sindicato. Para ela, este tipo de gestão é ineficiente, além de contestado pela Justiça de vários estados.
Contudo, o sistema de gestão através de OSS é visto como uma forma de reduzir os gastos e continuar oferecendo o serviço de saúde para a população, conforme informações da prefeitura. O poder público municipal estaria gastando entre R$ 600 e R$ 800 mil mensais desde outubro do ano passado, quando assumiu o comando da unidade de saúde.
A Fundação Mutuense de Saúde, antiga responsável pela administração do Hospital Municipal de Nova Mutum, foi impedida pelo Tribunal de Contas do Estado de renovar o contrato devido à falta de certidão negativa no INSS e FGTS.
“Com a administração passando para uma OSS, o município vai continuar adquirindo serviços do hospital, mas a unidade poderá também aceitar planos de saúde e realizar atendimentos particulares e, aos poucos, tornar-se auto-sustentável”, alegou o prefeito Lírio Lautenschlager, em matéria publicada pela assessoria.
O Edital para a seleção da OSS que vai gerir o hospital municipal de Nova Mutum foi publicado no dia 17 abril. O chamamento público, como é denominado esse trâmite nos anais burocráticos, vai durar até o último dia deste mês.
==> MAIS UM PÉSSIMO EXEMPLO DE IRRESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA, BASEADA NA INICIATIVA DO EX - SECRETÁRIO MENSALEIRO - SANGUESSUGA PEDRO HENRY E DE SEU SEGUIDOR VANDER FERNANDES, CUJAS AÇÕES A FRENTE DA SES TAMBEM JÁ ESTÃO SOB INVESTIGAÇÃO . AS OSS EM TODO O BRASIL TEM SE ENVOLVIDO COM TODA SORTE DE IRREGULARIDADES E PATIFARIAS, COM RARAS E HONROSAS EXCEÇÕES....
==> ENTRE ATENDER UM PACIENTE DO SUS OU DE PLANOS DE SAÚDE E PRIVADOS, QUEM SERÁ QUE A OSS VAI ESCOLHER ??? ADIVINHEM QUEM VAI PRO FIM DA FILA ????????
==> CADÊ O MINISTÉRIO PÚBLICO .................
Dengue segue sem controle no estado
DIARIO DE CUIABA 27/04/2012
Da Redação
O surgimento do vírus tipo 4 – ao qual a maioria da população não estava imune – fez explodir os registros de dengue em Cuiabá e Várzea Grande nestes primeiros quatro meses do ano.
Entre 1º de janeiro e ontem, o número de casos registrados em Cuiabá chegou a 4.506, o que representa um aumento de 1.377% em relação ao mesmo período de 2011, quando foram confirmados 305 casos.
O salto em Várzea Grande foi ainda maior no mesmo período – de 1.419%. Entre 1° de janeiro e 26 de abril, a Cidade Industrial computou 1.459 contra 96 no mesmo período do ano anterior. Os dados foram divulgados ontem pela Secretaria de Estado de Saúde.
Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde da secretaria, Oberdan Ferreira Coutinho Lira, todas as vezes em que há troca do vírus predominante, ou um novo vírus, há risco de epidemias porque parte da população não está imune a ele. “Além disso, casos graves podem aumentar porque estão relacionados a sucessivas infecções por diferentes vírus da doença”, diz.
As regiões prioritárias que apresentaram a circulação do vírus 4 foram Várzea Grande, Cuiabá, redondezas de Diamantino (especificamente Nobres).
A secretaria continua a recomendar medidas de prevenção contra a doença: manter as caixas d’água, tonéis, barris e outros recipientes que armazenam água totalmente tampados e limpos, lavando-os com escova e sabão regularmente. Deve-se remover tudo o que possa impedir a água de correr pelas calhas e não deixar que a água da chuva fique acumulada sobre as lajes.
==> ESTA EXPLOSÃO DA DENGUE JÁ MAIS DO QUE ERA ANUNCIADA, NÃO SÓ PELA VOLTA DO VIRUS TIPO 4 , MAS PRINCIPALMENTE PELO DESCASO DO PODER PÚBLICO EM ADOTAR ANTERIORMENTE MEDIDAS EFICAZES PARA EVITAR A MULTIPLICAÇÃO DOS CRIADOUROS DE MOSQUITO. AO NÃO INCREMENTAR A LIMPEZA DAS ÁREAS PÚBLICAS E NAÕ APERTAR A FISCALIZAÇÃO EM CIMA DOS FOCOS DOMICILIARES, AS AUTORIDADES SANITÁRIAS FORAM OMISSAS E DEVERIAM SER PENALIZADAS POR ISSO.
Falta remédio para hipertensão e diabetes em VG
DIARIO DE CUIABA 27/04/2012
SAÚDE
JÉSSICA BENITEZ
Da Reportagem
Enquanto uma grande quantidade de remédios vencidos permanece em um depósito do Centro de Zoonoses de Várzea Grande, os estoques das unidades de saúde do município estão em baixa e há falta de certos medicamentos.
Em uma policlínica do bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, o estoque de medicamentos se mantém baixo. A cada semana, uma lista de remédios é solicitada, de acordo com a demanda necessária. Porém, algumas medicações estão em falta desde que a nova direção tomou conta da farmácia municipal (em março de 2012), como o Metformina, destinado a diabéticos.
Outros remédios, como os destinados a hipertensos, têm sempre uma procura bem maior do que a oferta. “Atendemos uma demanda grande de idosos e quando não tem o de pressão, eles vão para casa sem”, conta um funcionário da policlínica.
Já no pronto-socorro a situação é menos complicada. A equipe responsável pela farmácia explica que não há escassez drástica de nada. Somente os remédios Dalacin (antibiótico), Diformo (morfina) e Cinarisina (labirintite) estão em falta, porém por pouco tempo, segundo funcionários.
Quando tomou posse, em novembro de 2011, o atual secretario Municipal de Saúde de Várzea Grande, Marcos José da Silva, solicitou um balanço geral de tudo que estava acontecendo dentro da pasta. Para surpresa, não só dele como da população várzea-grandense, o resultado não foi nada positivo.
Cerca de 20 mil medicamentos foram encontrados nos estoques de policlínicas e do pronto-socorro com o prazo de validade ultrapassado. Ao todo, 400 remédios com funções distintas foram encontrados vencidos.
As medicações encontradas em maior quantidade são:
Cloridrato de Biperideno (14.475 comprimidos) indicado para: síndrome parkinsoniana, especialmente para controlar sintomas de rigidez e tremor; sintomas extrapiramidais como distonias agudas, acatisia e síndromes parkinsonianas induzidas por neurolépticos e outros fármacos similares.
Coletor de urina infantil (3.500 unidades) nome explicativo.
Brometo de Fenoterol - gotas (2.220 unidades) indicado para: tratamento de asma brônquica, pneumonia bronquite e tuberculose.
Digevita (1.240 unidades) indicado para: amenizar os distúrbios da motilidade gastrintestinal, situações de refluxo gastroesofágico, náuseas, vômitos e para facilitar procedimentos radiológicos do trato gastrintestinal.
Segundo o próprio secretário, ainda não se pode afirmar nada, pois o levantamento não foi aprofundado, porém, tudo será apurado de forma correta. “O caso está sendo avaliado pelo prefeito e também pela Controladoria Geral que irá analisar o caso. Os responsáveis serão encontrados”, garante Marcos. Também se espera saber qual foi o tamanho do prejuízo, bem como se foi ou não um ato de ‘má fé’.
Para um dos ex-secretários da pasta, Renato Tetila, que esteve no comando da secretaria há dois anos, o mais importante é saber o motivo de estes remédios não terem sido entregues aos pacientes. “Os remédios estão vencidos agora. Por que não seguiram seus destinos antes? Tudo isso ocorreu porque ficaram guardados. Mas o que resta é aguardar o resultado”, disse Tetila.
==> FILHO FEIO NUNCA TEM PAI... CABE AO MINISTÉRIO PÚBLICO APURAR E ENCAMINHAR A JUSTIÇA OS RESULTADOS ... MAIS UMA VEZ A POPULAÇÃO SOFRE COM O DESCALABRO DE PSEUDO-GESTORES INCOMPETENTES E DESCOMPROMISSADOS COM A SAÚDE PÚBLICA.
SAÚDE
JÉSSICA BENITEZ
Da Reportagem
Enquanto uma grande quantidade de remédios vencidos permanece em um depósito do Centro de Zoonoses de Várzea Grande, os estoques das unidades de saúde do município estão em baixa e há falta de certos medicamentos.
Em uma policlínica do bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, o estoque de medicamentos se mantém baixo. A cada semana, uma lista de remédios é solicitada, de acordo com a demanda necessária. Porém, algumas medicações estão em falta desde que a nova direção tomou conta da farmácia municipal (em março de 2012), como o Metformina, destinado a diabéticos.
Outros remédios, como os destinados a hipertensos, têm sempre uma procura bem maior do que a oferta. “Atendemos uma demanda grande de idosos e quando não tem o de pressão, eles vão para casa sem”, conta um funcionário da policlínica.
Já no pronto-socorro a situação é menos complicada. A equipe responsável pela farmácia explica que não há escassez drástica de nada. Somente os remédios Dalacin (antibiótico), Diformo (morfina) e Cinarisina (labirintite) estão em falta, porém por pouco tempo, segundo funcionários.
Quando tomou posse, em novembro de 2011, o atual secretario Municipal de Saúde de Várzea Grande, Marcos José da Silva, solicitou um balanço geral de tudo que estava acontecendo dentro da pasta. Para surpresa, não só dele como da população várzea-grandense, o resultado não foi nada positivo.
Cerca de 20 mil medicamentos foram encontrados nos estoques de policlínicas e do pronto-socorro com o prazo de validade ultrapassado. Ao todo, 400 remédios com funções distintas foram encontrados vencidos.
As medicações encontradas em maior quantidade são:
Cloridrato de Biperideno (14.475 comprimidos) indicado para: síndrome parkinsoniana, especialmente para controlar sintomas de rigidez e tremor; sintomas extrapiramidais como distonias agudas, acatisia e síndromes parkinsonianas induzidas por neurolépticos e outros fármacos similares.
Coletor de urina infantil (3.500 unidades) nome explicativo.
Brometo de Fenoterol - gotas (2.220 unidades) indicado para: tratamento de asma brônquica, pneumonia bronquite e tuberculose.
Digevita (1.240 unidades) indicado para: amenizar os distúrbios da motilidade gastrintestinal, situações de refluxo gastroesofágico, náuseas, vômitos e para facilitar procedimentos radiológicos do trato gastrintestinal.
Segundo o próprio secretário, ainda não se pode afirmar nada, pois o levantamento não foi aprofundado, porém, tudo será apurado de forma correta. “O caso está sendo avaliado pelo prefeito e também pela Controladoria Geral que irá analisar o caso. Os responsáveis serão encontrados”, garante Marcos. Também se espera saber qual foi o tamanho do prejuízo, bem como se foi ou não um ato de ‘má fé’.
Para um dos ex-secretários da pasta, Renato Tetila, que esteve no comando da secretaria há dois anos, o mais importante é saber o motivo de estes remédios não terem sido entregues aos pacientes. “Os remédios estão vencidos agora. Por que não seguiram seus destinos antes? Tudo isso ocorreu porque ficaram guardados. Mas o que resta é aguardar o resultado”, disse Tetila.
==> FILHO FEIO NUNCA TEM PAI... CABE AO MINISTÉRIO PÚBLICO APURAR E ENCAMINHAR A JUSTIÇA OS RESULTADOS ... MAIS UMA VEZ A POPULAÇÃO SOFRE COM O DESCALABRO DE PSEUDO-GESTORES INCOMPETENTES E DESCOMPROMISSADOS COM A SAÚDE PÚBLICA.
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