sexta-feira, 28 de outubro de 2011

MÁ GESTÃO DO SUS

Secretário mente quando diz que não há grana para ampliar estrutura do SUS

Site: www.nopoder.com.br
Por: Sandra Carvalho


Sem ajuda do Governo do Estado, a Prefeitura de Cuiabá conseguiu aumentar em 100% a cobertura do Programa de Saúde da Família, construir uma policlínica e reformar outras num período de menos de dois anos (entre 2008 e fim de 2009). E ainda manter o Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá atendendo quase mais de 20 mil pessoas por mês. Tinha recursos em caixa, o custeio da rede era melhor, as clínicas odontológicias recebiam insumos e funcionavam - hoje estão sucateadas - e ainda foram pagos R$ 13 milhões dos R$ 17 milhões de dívidas encontradas e criados oito novos leitos de UTI.

Na gestão Roberto França a Secretaria de Saúde de Cuiabá também conseguiu avanços. Foram construidas 10 clínicas odontológicas, 29 equipes de PSF, 6 centros de saúde, foi montada a rede de saúde mental com três CAPS, 10 residências terapêuticas e um centro terapeutico psicossocial para reabilitação, além de 6 núcleos de fisioterapia.

"Agora vai sobrar dinheiro", declarou o atual secretário e sobrinho do prefeito Chico Galindo, Lamartine Godoy, que juntamente com os ex-secretários Maurélio Ribeiro, Antonio Pires não conseguiram levantar uma parede sequer para aumentar a estrutura da rede municipal de saúde enquanto em menos de dois anos o ex-secretário Luiz Soares conseguiu dobrar o número de PSFs, construindo unidades físicas com recursos próprios do SUS, e ainda construir a Policlínica do Pedra 90, além de construir uma nova sede para atender os pacientes HIV e outras investimentos.

E antes mesmo do processo ser concluído – se é que vai ser mesmo entregue ao Estado – o secretário já está tentando engabelar o usuário do SUS ao anunciar a reforma das policlínicas, construção de duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) – o secretário parece não saber que policlínica e UPA são a mesma coisa – e investimentos nos PSFs. Oras! O dinheiro para as UPAs já veio do Governo Federal em 2008 e, portanto, não sairá dos cofres do município.

Ao dizer que vai sobrar dinheiro com a estadualização do Pronto Socorro de Cuiabá, Lamartine Gody também blefa porque o município deverá continuar pagando a folha de cerca de 1.300 funcionários. O restante do dinheiro para bancar o custeio do Pronto Socorro vinha direto do SUS e com a estadualização vai cair direto na conta da OSS contratada pela SES/MT. Ou seja, o município não terá nenhum ganho com isso, tampouco sobrará dinheiro para investimentos.

O discurso de Lamartine Godoy casa com os interesses do prefeito Chico Galindo, do secretário estadual de Saúde, Pedro Henry e também de seus colegas deputados e também médicos/empresários da medicina, Guilherme Maluf (PSDB), Aray Fonseca (PTB) e Wallace Guimarães (DEM), todos defensores da privatização da saúde pública, via Organizações Sociais (OSS).

Ao contrário disso, se o Estado investisse na construção de um grande hospital público estadual em Cuiabá para atender toda a demanda do interior para os casos de média e alta complexidade, o Pronto Socorro poderia continuar no município e exercendo sua verdadeira função como referência em urgência e emergência.

DESMONTE DO SUS

Vinte leitos de UTIs para crianças foram desativados no Pronto Socorro de Cuiabá

Site: www.nopoder.com.br
Por: Sandra Carvalho



A UTI Pediátrica foi desmontada e a Neonatal
entregue ao HGU - Foto de Reprodução

Se uma criança internada no Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC) estiver correndo risco de morte e necessitar de um leito de UTI, terá que ser transferida às pressas para outro hospital. Silenciosamente, a Secretaria Municipal de Saúde desativou a UTI Pediátrica e transferiu para o Hospital Geral a UTI Neonatal, cada uma com 10 leitos. Restaram no Pronto Socorro apenas 20 leitos de UTI Adulto.

Não se sabe o motivo do fechamento total da UTI Pediátrica, inaugurada em 2004, na gestão Roberto França. A UTI já salvou milhares de vidas e inclusive manteve, por quatro anos, uma criança com hidrocefalia, liberada após já estar em condições de viver na casa, com os pais, com apoio de equipamentos. Os leitos estão encostados, sem nenhuma utilidade.

Quanto aos 10 leitos da UTI Neonatal, foram entregues aos cuidados do Hospital Geral, que passa a receber recursos do SUS para mantê-los. O que ainda merece uma explicação é se os profissionais do Pronto Socorro especializados em tratamento intensivo também foram lotados no HGU, ou se estão ainda no Pronto Socorro, apenas recebendo salários, já que não são obrigados a trabalhar em estabelecimentos privados.

Isso mostra que o desmonte do SUS já vem acontecendo há meses para justificar a entrega de unidades hospitalares públicas para Organizações Sociais, atendendo os caprichos de políticos como o secretário estadual de Saúde, Pedro Henry (PP), e do prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB).

Registros da doença já passam de 8,7 mil este ano

Diário de Cuiabá

A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso já registrou 8.734 casos de dengue de 1º de janeiro até ontem. Desse total, 41 foram notificados como casos graves. Seis pessoas morreram. 


Em Cuiabá, 1.171 casos foram notificados, sendo 19 graves. Destes, 13 são de residentes na Capital – os outros seis são de pessoas residentes em Tangará da Serra, Nova Brasilândia, Alto Paraguai, Guarantã do Norte e General Carneiro.

Já em Várzea Grande, a dengue atingiu 329 pessoas. Em Sinop, na Região Norte do estado, foram 1.759 casos de dengue. E em Rondonópolis, 277 casos da doença.

Os municípios que tiveram a notificação de mortes por dengue são General Carneiro, Pedra Preta, Colíder, Torixoréu, Ribeirãozinho e Sinop.

Durante os 12 meses de 2010, Cuiabá registrou 4.179 casos de dengue; Várzea Grande 1.913 casos; Sinop 3.092 casos; e Rondonópolis 3.986 casos.

Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, Oberdan Lira, o Estado de Mato Grosso mantém o alerta no monitoramento sobre o novo sorotipo da dengue, o DEN 4, já localizado em alguns estados. "Em Mato Grosso ainda não se tem notificação de nenhum caso do novo sorotipo, mas estendemos o alerta para os 141 municípios" diz ele. (Com assessoria)

Cartilha do Usuário do Sus