quarta-feira, 16 de novembro de 2011

MSD pede apoio da AL para conclusão do Hospital Central de Cuiabá


Os coordenadores do Movimento Saúde e Democracia – MSD, entidade criada para reforçar a luta por melhorias na rede de saúde pública, participam da reunião do Colégio de Líderes da Assembleia Legislativa na próxima terça-feira (22), às 15 horas. Na oportunidade, entregarão pouco mais de cinco mil assinaturas colhidas em apoio à conclusão do Hospital Central de Cuiabá.

Objetivo é sensibilizar o Governo do Estado a investir na construção de pelo menos 400 leitos hospitalares necessários para atender a demanda estadual. O convite foi feito nesta quarta-feira (16), pelo presidente da AL, deputado José Riva (PSD), durante reunião com os representantes do movimento.

O MSD foi criado em fevereiro de 2010. É coordenado pelos ex-secretários de Saúde, Luiz Soares (advogado), Nei Moreira da Silva (médico) e Julio Muller Neto (médico) e Wagner Simplício (dentista). Para “O presidente Riva generosamente nos convidou a expor a nossa luta na reunião do Colégio de Líderes. Acreditamos que juntos vamos consolidar mais atenção à saúde pública, com novos investimentos e, principalmente, com a construção do Hospital Público Estadual de Cuiabá. Uma das saídas para isso seria a retomada das obras do hospital central”, explica Soares.

De acordo com o coordenador Simplício, o aumento de leitos é imprescindível, pois Cuiabá não tem hospital federal e nem estadual. Também é fundamental a construção de um hospital infantil. Lembra que nos últimos anos foram fechados vários hospitais em Cuiabá. É o caso do Hospital Santa Cruz, Modelo, São Thomé, São Paulo e Hospital das Clínicas. Além do Hospital São Lucas, que passou a funcionar apenas como clínica. “Perdemos muitos leitos”, argumenta Simplício.

Segundo ele, diferente do que defende o Governo do Estado, que prioriza apenas o sistema de Organizações Sociais de Saúde para gerir a administração pública hospitalar, é possível retomar as obras do Hospital Central com investimentos na ordem de R$ 100 milhões. “Um valor pequeno diante do montante que está sendo direcionado à Copa do Mundo. Sem esse hospital o governo não conseguirá organizar a rede pública de saúde. E o caos continuará”, alerta o dentista.

De acordo com o MSD, além de o hospital estadual possibilitar mais atendimento à população, vai diminuir significativamente a necessidade de compra de serviços privados e ainda fortalecerá o SUS. Outra preocupação é que Mato Grosso não tem condições, por exemplo, para atender mil pacientes ao mesmo tempo, em caso de alguma catástrofe. E mesmo assim é uma das cidades sede do mundial. O movimento critica a ação do governo que usa a capacidade de endividamento do Estado apenas para investimentos na área de infraestrutura com vistas à Copa.

Também apontam como errada a ideia de que a Capital terá aumento de leitos com a conclusão do novo Hospital Universitário Julio Muller. Segundo o MSD, a nova sede apenas dará mais conforto aos seus pacientes e profissionais. Além disso, é um hospital de ensino, sem condições de ter a mesma agilidade de um hospital comum. “Temos que ter a clareza de que é um hospital de ensino. Não trabalha na mesma velocidade dos demais hospitais”, argumenta Simplício.

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