segunda-feira, 4 de abril de 2011

Sinop cede prédio de hospital para Estado gerir com Organização Social

Publicado no site Olhar Direto


De Sinop - Alexandre Alves

Os membros do Conselho de Saúde de Sinop aprovaram, por unanimidade, a cessão do prédio do Hospital Municipal para gestão do governo do Estado de Mato Grosso, por meio de uma Organização Social (OS). “Agora o secretário de Saúde [Pedro Henry] pode começar os procedimentos para a escolha da OS que vai administrar a unidade”, falou o prefeito Juarez Costa (PMDB), em entrevista.

Conforme o chefe do Poder Executivo do município, a expectativa é que o hospital seja aberto em cinco meses. A obra está pronta desde 2008, mas faltando alguns detalhes, como elevador, grupo estacionário gerador de energia elétrica, entre outros. Juarez argumenta que são necessários mais de R$ 2 milhões para deixar o prédio apto para funcionamento de hospital.

Na reunião de sexta-feira (1) com os membros do conselho, Juarez detalhou que as OS partem da iniciativa privada, obtendo um certificado emitido pelo poder público federal ao comprovar o cumprimento de certos requisitos, especialmente aqueles derivados de normas de transparência administrativas. Em contrapartida, podem celebrar com o poder público os chamados termos de parceria, que são uma alternativa interessante aos convênios para ter maior agilidade e razoabilidade em prestar contas.

Não foi informado se a OS que for gerir o Hospital de Sinop terá que equipá-lo, ou essa obrigação ficará por conta do município ou Estado. Estimasse que seja preciso compra mais de R$ 8 milhões em aparelhagem médica. Juarez tenta, desde o ano passado, conseguir a verba no Ministério da Saúde.

Entre os assuntos em pauta, também foram destaques a ampliação das Unidades de Saúde da Família, dos atendimentos especializados, da UTI móvel e das 14 equipes que realizam a cobertura dos PSF, informou a assessoria de comunicação

COMENTÁRIO DO MSD:

- Então não está pronto né  ?  Ou vai funcionar com guindastes para subir os pacientes e lamparinas para iluminar ao atendimentos ??  Será que vai ter uma OS  “ boazinha “ para terminar e equipar ???  Ah Ah Ah !!!!! O que importa está claro, como diz claramente, na maior cara de pau o prefeito  : ... “ razoabilidade em prestar contas” .   Traduzindo : facilidade para corrupção e patifarias.

Na região metropolitana local, comitiva conhece 2 hospitais

Especial para o Diário de Cuiabá

O grupo visitou também o Hospital Dom Helder, gerenciado pelo Instituto Materno Infantil Pernambuco (IMIP). Especializado em cardiologia, ortopedia e clínica médica, o Dom Helder entrou em funcionamento há oito meses e está localizado no município vizinho Cabo de São Agostinho, praticamente na divisa de Recife. O Dom Helder, que recebe um repasse mensal do Estado de R$ 3,7 milhões, faz parte da estratégia do governador Eduardo Campos, de ter um hospital em cada entrada da cidade para o atendimento da população.

Contando com 818 servidores (incluindo 172 médicos), o hospital realiza por mês 700 internações e conta com 112 leitos na enfermaria e 28 na UTI, além de possuir 19 leitos para observação. Como destaque neste modelo de gerenciamento, a diretora-superintendente, Maria Célia Costa, destacou a flexibilidade na hora de tomar decisões e que incluem as contratações ou demissões de funcionários. “É dessa forma que a saúde vai melhorar”, afirmou.

No Hospital Memorial Guararapes (localizado em Jaboatão dos Guararapes), uma unidade filantrópica, a gestão é compartilhada entre o IPAS e o Instituto Alcides D´Andrade Lima, que firmaram um convênio. O hospital tem 117 leitos e mais 50 UTIs (20 adultos e 30 neonatais) e faz atendimentos de pediatria, ortopedia, clínica médica e clínica cirúrgica.

COMENTÁRIO DO MSD:

-  O números do Hospital Dom Helde mostam um custo médio de R$ 5.285,71 por internação. Em Janeiro de 2011 o custo médio de internação em Cuiabá de ALTA COMPLEXIDADE foi de R$ 5.108,89 ( Fonte DATASUS).  Mais barato portanto. Aí tem coisa !!!!!!!!!

Pernambuco tem 17 unidades geridas por modelo com OSS

Especial para o Diário de Cuiabá

Em Pernambuco, os três últimos hospitais construídos (hospitais Dom Helder e Miguel Arraes em Recife e outro em Petrolina) pela administração do governador Eduardo Campos (PSB), e também 14 UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento) que estão em funcionamento, estão sob o gerenciamento de Organizações Sociais de Saúde (OSS). Outro hospital, já antigo, localizado em Ouricuri (no Sertão do Araripe), também funciona dentro desse novo modelo de gestão.

Depois de ter visitado, na companhia de técnicos e de parlamentares, a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA Imbiribeira) e os hospitais Dom Helder e Memorial do Guararapes, o secretário de Saúde de Mato Grosso, Pedro Henry, visitou na quinta-feira o superintendente de Gestão Regional da Secretaria de Saúde de Pernambuco, Humberto Antunes (o secretário Antônio Carlos Figueira estava no interior com o governador cumprindo agenda oficial). Henry explicou que Mato Grosso está buscando um novo modelo de gestão de saúde. Para isso, ele tem visitado unidades de saúde no Brasil gerenciadas por OSS.

“O IPAS (Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde), que trabalha com vocês, participa de um Chamamento Público em Mato Grosso e já se habilitou na primeira fase. Por isso, estamos aqui para observar os procedimentos”, disse o secretário. Incluindo o IPAS, oito organizações sociais de saúde mantêm contrato com o governo de Pernambuco para o gerenciamento de UPAs e hospitais.

COMENTÁRIO DO MSD:

-  É no mínimo escandaloso que os governantes usem dinheiro público para construir e equipar hospitais que são repassados para grupos ditos não lucrativos prestarem serviços ao próprio estado !!!!!!!!!

-  Por que unidades públicas não podem ser gerenciadas com seriedade e avaliação de desempenho também?  Porque são gerenciadas polítiqueiramente, por pessoas que estão ali apenas para defender os interesses de grupos políticos no poder.

UPA de Recife administrada por uma organização

Especial para o Diário

Em Recife, cidade com 1,5 milhão de habitantes, o secretário Pedro Henry iniciou a visita pela UPA Maria Esther Souto Carvalho, construída pelo Estado no bairro Imbiribeira, e que no último dia 26 completou um ano de funcionamento. Desde sua inauguração, a UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) está sob a administração do IPAS (Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde), que foi o responsável pela contratação de funcionários e pela implantação do sistema de informática que tornou a unidade a primeira do país a não utilizar papel em sua rotina: tudo é por meio eletrônico, o que torna mais rápido o atendimento.

Funcionando durante 24 horas, a UPA atende por mês 15 mil pessoas (média de 500 por dia) e conta com 199 funcionários incluindo 56 médicos. A cada plantão de 12 horas, o corpo clínico conta com oito médicos (dois ortopedistas, dois pediatras e quatro clínicos). A UPA faz atendimentos de emergência, tem clínica médica, pediátrica e ortopédica e também faz exames de laboratório e de diagnóstico por imagens. Por mês, o Estado repassa para a UPA cerca de R$ 900 mil para bancar os custos.

COMENTÁRIO DO MSD:

-  500 atendimentos por dia divididos por 16 médicos ( 8 a cada plantão de 12 horas) dá uma média de 1,3 pacientes por hora por médico. É muito pouco para ser apontado como modelo de eficiência  !!!!!!!!!!!!!

-  R$ 900 mil por mês para atender 15 mil pessoas dá R$ 60,00 por pessoa ,  6 vezes o valor repassado pelo SUS para consulta de urgência e 50% a mais do que a UNIMED paga por uma consulta para os seus médicos proprietários. Que economia !!!!!!!

O atendimento do usuário é feito conforme o estado de saúde do paciente (pela gravidade do caso) e não por ordem de chegada. Ao chegar à unidade, o paciente tira uma senha e, em seguida, é atendido pelo setor de análise de risco. Ali, dependendo de sua situação, do grau de complexidade, ele é encaminhado para o especialista e a chamada (visível num monitor) será feita de acordo com a prioridade definida pelo sistema. Pulseiras, com cinco cores diferentes, são colocadas nos pulsos dos usuários: a vermelha refere-se a casos mais graves, que exigem atendimento imediato; a laranja, é caso muito urgente; a amarela, urgente; a verde, pouco urgente, e, a azul, o usuário pode aguardar. Após essa classificação, o usuário faz seu cadastro com dados pessoais e recebe uma carteira com código de barras e que servirá para identificar seu prontuário eletrônico toda vez que buscar atendimento.

- Chama-se “classificação de risco “ e foi implantada no PS de Cuiabá há 3 anos.

EXPERIÊNCIA - Três semanas depois de ter voltado da Holanda (onde viveu nos últimos 16 anos), Benedita Caldas, 57 anos, procurou a UPA para fazer inalação. Ela elogiou o grau de informatização da unidade e a rapidez no atendimento, além da atenção que recebeu dos profissionais. “Na Holanda, o tratamento era mais ‘frio’. Aqui, ao saberem que eu tenho tendência a diabetes, fizeram um exame para ver o nível de glicose”, salientou.

Outro paciente atendido foi o maitre de restaurante Pedro Silva de Araújo, 30 anos. Com dor de garganta, ele foi para uma policlínica e depois de ter ficado por duas horas na fila à espera de atendimento, ouviu do funcionário que não seria atendido porque não havia médico clínico otorrino. Chateado, saiu dali e foi direto para a UPA Imbiribeira. Com a senha de número 52 na mão, depois de meia hora ele foi chamado ser atendido por um médico.

COMENTÁRIO DO MSD:

- Por que essas atividades não podem ser executadas  sob gestão pública ? O que elas tem de tão complicado ? Nada !!!!! O que temos hoje é uma gestão frouxa pois é feita sob ótica da politicagem e da corrupção.  Terceirizar só vai servir para que os controles  do dinheiro público sejam mais frouxos ainda, facilitando a vida de mensaleiros e sanguessugas.

Henry volta do Nordeste convicto de mudança

Especial para o Diário de Cuiabá

Depois de ter visitado na quinta-feira dois hospitais em Pernambuco e uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), gerenciados por Organizações Sociais de Saúde (OSS), o secretário de Estado de Saúde, Pedro Henry, voltou a Mato Grosso convicto de que o modelo proposto para o gerenciamento da Saúde no Estado, por meio de OSS, é o melhor caminho.

“É um modelo que permite uma alta resolutividade, dá mais resultados e que possui eficientes mecanismos de controle e redunda num nível de satisfação muito grande do usuário”, declarou Henry, que visitou as unidades (em Recife e na região metropolitana) e também a Secretaria Estadual de Saúde acompanhado da deputada estadual Luciane Bezerra (PSB), que integra a comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, de técnicos da SES e de representantes da prefeitura e do Legislativo de Várzea Grande.

Titular da Comissão de Saúde, a deputada Luciane Bezerra (PSB) representou a Assembleia Legislativa durante as visitas. Ela disse que sua impressão foi a melhor possível. “Confesso que tinha dúvidas em relação às OSS [Organizações Sociais de Saúde] por conta de boatos sobre irregularidades em alguns estados. Mas, conversando com a Secretaria de Saúde, visitando unidades e vendo o funcionamento, acredito que se for feito com seriedade, igual ao que está sendo feito aqui, com certeza será o pontapé inicial para tirar a Saúde de Mato Grosso da UTI”, declarou. Também participaram das visitas o vereador Toninho da Glória (PV) e o superintendente de Gestão da Secretaria de Saúde de Várzea Grande, Odenir de Arruda Barbosa.

COMENTÁRIO DO MSD:

- Serviços de saúde de boa qualidade também podem ser oferecidos a população através da gestão direta como se observa em centenas de instituições públicas distribuídas pelo País. Basta que sejam gerenciadas por pessoas honestas, competentes, comprometidas com o conceito de “ serviço público” e não por apaniguados políticos envolvidos em maracutaias, desqualificados e sem compromisso com bem atender a população.

- A Deputada Luciane cada vez se desmoraliza mais com suas opiniões pendulares, ora balançando para lá, ora balançando para cá !!!! Primeiro votou a favor do PL, depois se arrependeu e discursou na tribuna da AL que era contra, mas agora acha uma maravilha !!!!. O que será que a viagem teve de tão bom assim para mudar de novo de opinião ????  Cada vez fica mais evidente o seu despreparo para a função.

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