quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Profissionais da saúde repudiam sucateamento do SUS em MT

Site No Poder

Durante “Abraço ao Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, hoje (09) pela manhã, centenas de profissionais da saúde demonstraram toda sua indignação com o desmonte do Sistema Único de Saúde (SUS) em Mato Grosso praticado pelo Governo do Estado em conivência com a Prefeitura da Capital.

“Não tem cabimento, nesta gestão a Saúde virou mercadoria. Um absurdo”, declarou Elza Queiroz, presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed). O médico sanitarista, professor da UFMT e gestor público Júlio Muller Neto, o caos na saúde pode ser resumiu o caos na saúde: “Em anos de Gestão é a primeira vez que um prefeito mata o Pronto Socorro de Cuiabá.”

Vice-presidente do Conselho Municipal de Saúde da Capital, Maria Ângela Martins também considera um absurdo o que os atuais gestores estão fazendo com o SUS.  “Não tem o que falar. A saúde fala por si só”, afirmou.
“O que estão querendo fazer com a saúde é um crime”, completou o vereador petista Lúdio Cabral, observando que a qualquer momento o secretário estadual de Saúde Pedro Henry abandonar o cargo  e voltar a ser deputado para agenciar emenda parlamentar para os municípios do interior do estado e deixar a bomba estourar  no colo do Governador do estado e dos prefeitos.

Lúdio disse estar impressionado com “a omissão e a negligência do prefeito de Cuiabá em aceitar essa aberração (estadualização do OS) e o desrespeito a lei. Todos os conselhos de saúde se posicionaram contrários à transferência da gestão dos Prontos Socorros para o estado”, acrescentou Lúdio Cabral.

Ex-secretário de Saúde defende construção de hospital público estadual em Cuiabá

Site No Poder

Ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Soares
Ex-secretário de Saúde de Cuiabá por duas vezes, Luiz Soares voltou a defender, durante o evento Abraço ao Pronto Socorro, a construção de um grande hospital público estadual na Capital. Ele acredita que esta seja a grande saída para o caos no Sistema Único de Saúde em Mato Grosso e não a estadualização do Pronto Socorro para que seja entregue à iniciativa privada.

Soares, que representou o Movimento Saúde e Democracia na manifestação, chamou a atenção para o fracasso do Hospital Metropolitano nas mãos de uma Organização Social (OS). “O Governo do Estado inaugurou o hospital anunciando o fim da fila para cirurgias ortopédicas e prevendo no mínimo 500 intervenções por mês. O que vemos hoje é o Metropolitano fazendo vários tipos de cirurgias e sem alcançar a meta”, frisa o ex-secretário, completando: “A casa de Pedro Henry caiu com o Hospital Metropolitano”.

Além de condenar o que ele chama de “desmonte do SUS”, Luiz Soares calcula grande prejuízo financeiro ao município com a privatização do Pronto Socorro. “Ao invés de economizar, o município vai aumentar despesas”, prevê o gestor público, ainda preocupado com o destino que será dado a milhares de profissionais da saúde. “O servidor público não é obrigado a trabalhar para a iniciativa privada”, ressalta.

Representantes de vários grupos organizados participaram do Abraço ao Pronto Socorro, como Robinson Cireia, diretor da Central Única dos Trabalhadores (CUT). "Estamos cansados do governo não trabalhar para sociedade e sim para poucos". Arilson da Silva, presidente do Sindicato dos Bancários, também colocou-se contra a privatização do Pronto Socorro.

Branca Fernandes nutricionista "Como trabalhar sob a gerência de uma Organização Social se no Pronto Socorro é um entra e sai de pacientes e as OSS trabalham com metas?", questionou.

Cartilha do Usuário do Sus