quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Infestação larval da dengue de 6,4% em Cuiabá

Confiram reportagem de hoje do jornal Diário de Cuiabá:

Presença do Aedes aegypti, transmissor da dengue, é de 6,4 imóveis a cada grupo de cem; risco é considerado muito alto


Da Reportagem


O Levantamento de Índice Rápido por Aedes aegypti (Lira) em Cuiabá é de 6,4%, o que representa que a cada 100 imóveis da cidade, 6,4 têm larvas do mosquito transmissor da dengue. O dado confirma a informação divulgada na semana passada pelo Ministério da Saúde que incluiu a cidade na lista das 70 mais preocupantes quanto ao risco muito alto de epidemia da doença (Lira acima de 4%) neste ano.


A incidência da Capital foi revelada ontem pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), com base nas primeiras semanas do ano, dando destaque à região leste da cidade, cujo Lira é de 12,4%. O índice considerado aceitável pelo Ministério é de 1%¨. No último Lira apresentado, em novembro passado, Cuiabá tinha incidência de 3,4%.

Bairros como Dom Aquino, Bela Marina, Praeirinho, Beira-Rio, São Mateus e mais outros 12 são os mais infestados da cidade. A região oeste – bairros como Santa Isabel, Goiabeiras, Cidade Alta, Verdão - tem o segundo maior índice larval, de 7,1%; o terceiro é da região sul, área do Coxipó, com 6,4% de infestação, e por último, a região do Grande CPA, a norte, com 5,8%.

Conforme o relatório da equipe de Vigilância a Saúde e Ambiente de Cuiabá, os principais locais em que as larvas ficam alojadas são os depósitos no nível do solo – caixas d’água, tambores, fontes ou outros depósitos utilizados para o acúmulo de água. O índice de 47,2% das larvas foram encontrados nesses locais.

Outro indicador preocupante é quanto à quantidade de larvas localizadas em meio ao lixo: 26,4%. Tampinhas de garrafa jogadas em qualquer lugar, assim como latas, casacas de ovo, sacos plásticos, vasilhas, calhas, dentre outros, acumulam água suficiente para que o Aedes aegypti coloque lá seus ovos.

De acordo com o diretor do órgão municipal, Benedito Oscar Campos, o aumento do Lira se deve ao período de chuvas. "Os meses de dezembro a março são considerados como período crítico da dengue, por apresentar índice pluviométrico elevado. Já esperávamos este aumento, entretanto estamos trabalhando há mais de oito meses para tentar diminuir este impacto e conscientizar a população a nos ajudar nesta luta".

Mato Grosso também está entre os estados com risco muito alto de epidemia de dengue. O mapa de risco da doença no país, divulgado semana passada, levou em conta dados atualizados do Lira. No total, 16 estados têm risco muito alto de epidemia da doença. Cuiabá é a única cidade de Mato Grosso citada na lista dos 70 municípios prioritários para o controle da dengue no momento.

O secretário municipal de Saúde, Maurélio Ribeiro, determinou intensificação das ações de vistoria e limpeza na cidade e quer também dar visibilidade social ao risco de contaminação para conscientização e prevenção do problema perante a população. (Com assessoria)

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