Diário de Cuiabá publicou:
Na contramão dos servidores de Várzea Grande, os médicos do quadro público estadual, sobretudo dos hospitais regionais do interior, mantêm o movimento paredista para protestar contra a decisão do governo de terceirizar a gestão das unidades. Apenas os serviços de urgência e emergência são mantidos nos hospitais. Mato Grosso tem 495 médicos em seu quadro funcional.
A concorrência, na modalidade chamada pública, para as instituições do terceiro setor interessadas em tocar os hospitais, já foi publicada em Diário Oficial. Para o Sindimed, o modelo de gestão configura privatização de um serviço que é de responsabilidade do Estado. O Sindimed disse ainda que o tipo de gestão, ao não priorizar concursados, significa o sucateamento do serviço público e o Estado não terá médicos que aceitem trabalhar nesse modelo. Os servidores de outras carreiras da Saúde do Estado também entram em greve nesta semana.
Em entrevistas anteriores, o secretário de Saúde, Pedro Henry, considerou “imoral” o movimento paredista que, para ele, está travestido de uma campanha salarial. Henry teria dito na sexta-feira, durante reunião com prefeitos, que os médicos querem subir o piso salarial de R$ 1.973 para R$ 5.797, na carga horária de 20 horas, e de R$ 3.683 para R$ 10.754, para o trabalho em 40 horas, conforme teria sido apresentado por eles em pauta de reivindicação endereçada à Secretaria.
COMENTÁRIO DO MSD:
- O MSD foi a primeira instituição a se manifestar contrário ao modelo de gestão proposto pela SES – MT . Mas somos contrários por razões de natureza conceitual e não por interesses apenas de melhoria salarial. Somos contra entregar patrimônio público para ser gerenciado pelo setor privado, com uma visão privativista de lucro em cima do investimento estatal. Mas também somos contrários ao atual modelo praticado pela SES, corrupto, ineficaz, politiqueiro, voltado para o interesse de grupos políticos, constituindo-se num verdadeiro desrespeito ao verdadeiro SUS. Defendemos uma gestão honesta, comprometida com os princípios do SUS, que respeite e valorize todas as categorias profissionais ( e não apenas os médicos) e que igualmente cobre dos seus profissionais o desempenho de suas obrigações.
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