quarta-feira, 27 de abril de 2011

Médicos estão em greve em Cuiabá



Jornal A Gazeta publicou:



Cerca de 200 médicos que fazem cirurgias eletivas em Cuiabá estão em greve, por tempo indeterminado, a partir de hoje. Eles atendem na rede conveniada ao Sistema Único de Saúde (SUS) e fazem 1 mil procedimentos por mês. Os profissionais reivindicam o reajuste de 200% no Índice de Valorização da Qualidade (IVQ), que foi criado em 2002 pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para complementar o valor das cirurgias tabeladas pelo SUS.
O presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed), Edinaldo Lemos, explica que a porcentagem foi calculada com base nos aumentos de piso da categoria nos últimos 9 anos, tempo no qual o índice não teve modificações.
As cirurgias, entre elas cardíacas, ortopédicas e biopsia, vão ser suspensas nos hospitais Santa Helena, Santa Casa de Misericórdia, Sotrauma, do Câncer e Bom Jesus. Somente no Santa Helena, são mais de 5 cirurgias por dia.
Lemos esclarece que são pagos R$ 200 mil mensais, que precisam ser rateados entre todos os profissionais, dando um acréscimo de R$ 1 mil por pessoa.
As negociações para o reajuste começaram em 18 de março deste ano. Lemos explica que representantes da Saúde foram acionados e participaram de uma reunião com a classe. Eles ficaram de dar uma resposta e no dia 18 de abril informaram que a contraproposta da Prefeitura era continuar o mesmo valor, mas com o pagamento em dia. "Pagar em dia é obrigação de quem contrata. O que queremos é o aumento".
A paralisação foi aprovada em assembleia e enquanto não houver uma contraproposta da SMS, os profissionais continuam de braços cruzados. O valor da tabela do SUS é considerado insuficiente para pagamentos dos custos do procedimento.
O sindicato assegura que os casos de urgência e emergência não estão dentro da atribuição dos manifestantes e continuam sendo realizados normalmente.
Outro lado - A reportagem entrou em contato com a SMS, mas não obteve retorno.


COMENTÁRIO DO MSD:
 Segundo a Central de Regulação da SMS, em Cuiabá   85% das cirurgias realizadas em CUIABÀ são solicitadas pelos médicos como URGÊNCIA MÉDICA, logo não poderão ser suspensas, sob pena de se caracterizar  negligência.  Se essas cirurgias até então solicitadas como URGENCIAS não eram verdadeiramente urgências,  assim eram denominadas apenas para “forçar” a liberação das mesmas, então temos 2 situações 

1ª – a Regulação aceitava essas solicitações porque não tem competência nem disposição (ou ambas as coisas) para diferenciar casos de urgências de casos eletivos

2º. – quem solicita como urgência o que não é urgente está infringindo a ética médica, pois está “exagerando a gravidade do caso”. Com a palavra o CRM e o Ministério Público, sempre tão diligentes...


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