quinta-feira, 26 de maio de 2011
Nova investigação no Pronto Pronto Socorro
Matéria do jornal A Gazeta Digital
A nova direção do Pronto-Socorro de Cuiabá vai investigar a ocorrência de falhas assistenciais cometidas pelas equipes plantonistas que estariam contribuindo com a superlotação da unidade. Entre elas está o não cumprimento das escalas.
Nos últimos 7 dias, os 4 médicos que assumiram a direção fizeram um "pente fino" no box de emergência e nas alas de internação para levantar os principais problemas e constataram que além da precária estrutura, falhas no atendimento aos pacientes estariam contribuindo com o caos que assolou a unidade.
Durante o trabalho, vários pacientes foram identificados na ala de internação sem diagnóstico e à espera de exames. Muitos receberam alta ou foram transferidos para outros hospitais. Nesta quarta-feira, nenhuma pessoa estava sem leito e os corredores vazios.
O diretor geral Ronaldo Marcelo Taques, médico intensivista lotado há 15 anos no PS, declarou que será realizado um diagnóstico do número de profissionais que estão escalados nos plantões e se é suficiente para atender a demanda. "Temos que saber se faltam profissionais ou se os profissionais estão faltando e não cumprindo suas escalas".
Atualmente, o Pronto-Socorro de Cuiabá possui um quadro de 1,4 mil funcionários, entre médicos, enfermeiros, técnicos, assistentes e administrativo. Somente no corpo clínico, existem 340 profissionais.
Entre as falhas estruturais estão a falta de equipamentos, manutenção e a necessidade da abertura imediata de 3 centros cirúrgicos e 2 leitos de UTI adulto que estão fechados.
Rotatividade - O diretor técnico e médico Douglas Saldanha explicou que é preciso dar rotatividade aos pacientes que chegam à unidade. "Se eles ficam na ala amarela por mais de 48 horas e não conseguem vagas em UTIs ou nos hospitais conveniados para fazer as cirurgias necessárias, vão continuar ocupando os leitos e não teremos para onde levar os pacientes que chegam ao box de emergência".
Situação que, conforme ele, resultou na superlotação da ala nos últimos dias, quando o espaço equipado para 5 leitos era ocupado por 20, sem nenhuma condição de atendimento.
Para que esta rotatividade seja possível sem necessidade de mutirões, a nova direção quer organizar cada setor. Assim que o paciente der entrada e ser diagnosticado, já será direcionado a uma unidade conveniada ou policlínica. "Ninguém vai ficar sem atendimento. Vamos acolher o paciente, atendê-lo, diagnosticá-lo e resolver o problema, mas só vão ficar aqui os casos de urgência e emergência". (Tania Rauber)
COMENTÁRIOS DO MSD:
Se acabar a “divisão de horários” , as “saidinhas” os esquemas de “hoje eu falto, no próximo falta você”, os “ visitadores” se dedicarem mais aos pacientes, dá para funcionar o PS com metade do número de profissionais que tem hoje. Já a rotatividade de pacientes depende de ter para onde encaminhaá-los quando necessitarem de vaga fora, o que hoje é dificultado pelos hospitais contratados que só aceitam os casos mais simples (leia-se : com menor custo, sobrando mais dinheiro para eles). Isso só será solucionado com a construção e funcionamento de um grande hospital público de referência que o governo estadual deve à Cuiabá há 30 anos !!!!
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