quinta-feira, 26 de julho de 2012

Policlínicas não têm médico


CUIABÁ


26/07/12 - 10:35
NO PODER
Por: ROSANE BRANDÃO
Fonte: Folha de Estado
Policlínica do Coxipó: a espera por atendimento tem sido grande, numa sala apertada e sem conforto
Policlínica do Coxipó: a espera por atendimento tem sido grande, numa sala apertada e sem conforto
Foto de Euclides Oltramari Jr
Está faltando especialistas em várias policlínicas de Cuiabá, para infelicidade de quem precisa
Policlínicas lotadas, falta de médicos, filas e mais filas. Este continua sendo o cenário da rede de saúde pública de Cuiabá. A falta de médicos para atendimento básico da população é uma rotina que o cuiabano enfrenta há anos, mas parece que ainda está longe de chegar ao fim.
Segundo a diretoria de Atenção Secundária da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá (SMS), atualmente o quadro de médicos efetivos das policlínicas é de 125 profissionais para atender nas seis policlínicas da capital, em escala de 24 horas semanais. Mas ainda existe um déficit 38 médicos – clínicos gerais e pediatras – que deveriam estar nessas policlínicas para atender a demanda E é justamente esse déficit que acaba deixando a população com atendimento precário.
As policlínicas do Planalto e Coxipó são as que se encontram em pior situação, já que as outras quatro não têm médicos em número suficiente e os pacientes acabam sendo encaminhados para as duas primeiras.
Na policlínica do Coxipó, por exemplo, a quantidade de pessoas à espera de atendimento na tarde de ontem (25) era muito grande. Crianças, adultos e idosos, com todos os tipos de enfermidades aguardavam em uma sala de pouco mais de 40 metros quadrados e sob “um calor insuportável, que dá a sensação de uma temperatura de 40 graus”, disse uma senhora que aguardava na fila.
A camareira Dinamare Mendes de Oliveira precisou de atendimento pediátrico para a filha de 11 meses, mas quando procurou a policlínica do bairro Verdão, a informação que recebeu foi de que não havia pediatra. Ela, que mora no bairro CPA I, precisou se deslocar até o Coxipó para tentar um atendimento. Nesta policlínica, ficou esperando por mais de quatro horas até ser atendida.
Outra paciente que ficou horas na fila esperando ser atendida foi a técnica em laboratório Carla Costa. Ela, que mora no bairro Renascer, desistiu de tentar atendimento na Policlínica do Planalto, que é mais próxima de sua casa, porque lá seria muito demorado, mas acabou descobrindo que no Coxipó a situação estava ainda pior. “Estou com sinusite e com muita dor. Há três dias estou assim e não consigo ser atendida por um médico”, disse Carla Costa.
Na policlínica do Verdão, o cenário é um pouco diferente, ou seja, não tinha fila e o pronto atendimento estava vazio. Isso porque não havia médico no local e os pacientes eram encaminhados para as outras duas, Planalto e Coxipó.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

SUS eleva repasses a Cuiabá em 50%

DIÁRIO DE CUIABA  13/07/2012
Com o incremento, a Capital passará a receber R$ 182 milhões ao ano, dinheiro que será aplicado a serviços de urgência e emergência em hospitais



ALECY ALVES

Da Reportagem



A partir do próximo mês Cuiabá contará com um aumento de 50% nos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). O valor do repasse mensal feito pelo governo federal saltará de R$ 10 milhões para R$ 15,1 milhões. Ou, melhor detalhando: de R$ 120 milhões para R$ 182 milhões ao ano.



Os novos recursos, que totalizam aumento de R$ 62 milhões anuais, são destinados aos serviços de urgência e emergências do Pronto Socorro Municipal e os hospitais conveniados HGU (Geral Universitário) e Santa Casa de Misericórdia, além das UTIs dos três hospitais citados e da manutenção das duas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) que estão em construção.



As UPAs estão em fase de construção, uma na divisa dos bairros Morada do Ouro e CPA II, e a outra no bairro Pascoal Ramos, região do CPA. A primeira está prevista para novembro - e será a da região do Grande CPA, conforme o secretário municipal de Saúde, Lamartine Godoy Neto. Cada uma terá capacidade para atender entre 300 e 400 pacientes ao dia.



Ainda está previsto para Cuiabá, informa Lamartine, um repasse único no valor de R$ 3 milhões para investir na compra de equipamentos para o Pronto-Socorro Municipal.



Há anos, diz, a saúde pública cuiabana trabalha no vermelho, com um déficit mensal que varia entre R$ 3 e 4 milhões. Portanto, tomando como base essa situação não seria difícil concluir que o aumento dos recursos em pouco melhoraria a qualidade dos serviços públicos de saúde oferecidos à população.



Entretanto, Lamartine Godoy assegura que a abertura das duas novas unidades e o reconhecimento pelo Ministério da Saúde sobre a necessidade de ajudar na manutenção das UTIs, motivações do reajuste da verba federal, refletirão diretamente na qualidade dos serviços.



INDICATIVO DE GREVE – Sobre o indicativo de greve aprovado pelos médicos da rede municipal, Lamartine disse que o único item que poderia resultar na paralisação diz respeito a uma responsabilidade governo do Estado.



Conforme o secretário, a reunião que manteve dias atrás com representantes do sindicato dos médicos (Sindmed), esclareceu que solucionando o atraso no “prêmio”, uma ajuda de R$ 3,4 milhões que a Secretaria Estadual(SES) deveria repassar mensalmente, não haveria greve.



É com essa verba que a Prefeitura de Cuiabá complemente os salários dos profissionais da saúde, incluindo médicos, enfermeiros e técnicos do Pronto Socorro e unidades conveniadas como Santa Casa, HUJM, HGU e Santa Helena.


==> ATÉ QUE ENFIM O MINISTÉRIO DA SAÚDE RECONHECE O QUE VEM SENDO DENUNCIADO HÁ  ANOS ... MAS O USO POLÍTICO DAS VERBAS FEZ COM QUE CUIABÁ FOSSE PREJUDICADA POR MUITO TEMPO , COM RECURSOS INSUFICIENTES PARA TER UMA BOA SAUDE.

==> A SES CONTINUA FAZENDO JOGUINHO POLÍTICO, REPASSA RECURSOS DE FORMA IRREGULAR, CONFORME A POSIÇÃO DE CADA GESTOR... QUEM FICA DE QUATRO, RECEBE RÁPIDO.

terça-feira, 10 de julho de 2012

DEU NA COLUNA DO ELIO GASPARI (Folha de São Paulo de 08/07/2012)



SAÚDE E EDUCAÇÃO NA CAMPANHA DE 2014

Os doutores Aloizio Mercadante (Educação) e Alexandre Padilha (Saúde) têm infinita confiança na marquetagem. Um anunciou que entregaria 600 mil tablets a professores (para quê, ainda não se sabe). No governo dos outros, comandava greves, mas nunca produziu uma de 53 dias, como a que há hoje na rede federal de ensino.

O outro visita cracolândias distribuindo pedras de promessas e, em dez meses, gastou R$1,44 milhão indo a eventos como a Festa do Caminhoneiro e a de Aparecida.

O repórter Ilimar Franco mostrou que, durante a campanha eleitoral, Padilha propagava o compromisso da doutora Dilma Rousseff com a redução da jornada de trabalho dos enfermeiros. No ministério, batalha contra.

A última pesquisa CNI/Ibope informou que o índice de desaprovação das políticas de educação e saúde da doutora Dilma subiu de 47% para 54% e de 63% para 66%.

Se Deus for brasileiro, a próxima campanha presidencial girará em torno desses dois temas.

Cartilha do Usuário do Sus