segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

SUS paga sete vezes mais por cirurgia em MT e precisa de "amigo deputado"

O site Olhar Direto publicou:

Sinézio Alcântara
de Cáceres


O preço pago pela Secretaria de Estado de Saúde, através do hospital do governo, à um procedimento cirúrgico, em Cáceres, é de até sete vezes mais que, nos hospitais da rede privada. E, quem não tem um amigo deputado para ajudar, leva de seis meses a um ano para conseguir o mesmo procedimento, através do Sistema Único de Saúde (SUS), pelas vias normais. A revelação foi feita, pelo secretário de Estado de Saúde, deputado federal licenciado, Pedro Henry (PP) em Cáceres. Os exemplos foram citados como argumentos para o novo modelo de gestão de Saúde que será implantado pelo governo.


COMENTÁRIO DO MSD:
Este custo demonstra a péssima gestão praticada pela SES, o que não é surpresa pois os dirigentes dos Hospitais Regionais são indicados por critério puramente “ de confiança” dos deputados e demais políticos da região. Com raras exceções, falta-lhes comprometimento com o SUS e qualificação técnica para exercer o cargo com competência. Estão lá mais para defender os interesses de um determinado grupo político do que para zelar pelo bom funcionamento do Hospital.


“Embora a tabela do SUS seja a mesma, o preço pago pelo Estado por uma colonoscopia, por exemplo, no Hospital Regional é de até sete vezes mais que, no hospital São Luiz. E, quem não tem um amigo deputado para ajudar, leva de seis meses a um ano na fila, para ser atendido pelas vias normais. O atual modelo de gestão da saúde já esgotado” disse lembrando que é muito grande o desperdício de recursos públicos pelo modelo atual. Conforme o secretário, além dos procedimentos cirúrgicos, para cada contrato de aquisição de medicamentos, limpeza, vigilância, alimentação e lavanderia o preço é de 80% mais caro.

COMENTÁRIO DO MSD:
Um dos princípios fundamentais do SUS é o da equidade, ou seja , todas as pessoas tem direito a ser atendidos igualmente, considerando-se as peculiaridades de cada caso. É lastimável que o atendimento seja priorizado para o que é pedido por “poderosos” , desconsiderando o trabalho da Central de Regulação. Ao invés de atender-se primeiro os que tem prioridade por aspectos técnicos, vale o pedido de políticos, o favorzinho, o clientelismo..... . É tudo qoe os políticos querem.


A mudança na gestão, conforme o secretário será realizada por meio da contratação de uma Organização Social (O.S) com objetivo de remodelar e dar mais eficiência e celeridade nas administrações, não apenas no Hospital Regional de Cáceres, mas de todo o Estado. “É uma parceria, através da contratação de uma O.S que irá dar mais eficiência nas gestões, proporcionando saúde de qualidade a população” salientou.


COMENTÁRIO DO MSD:
A posição política do governo Silval é de optar pela privatização da gestão, ou seja o Estado usou dinheiro público para a implantação dessas unidades mas como pratica uma gestão voltada para interesses de grupos políticos, agora vai transferi-las para entidades ditas “não - lucrativas” . Por que não aprimorar a gestão pública, dando autonomia para os dirigentes atuarem dentro das normas e não submissos a interesses de grupos ? Por que não capacitar servidores de carreira e controlar assiduidade e desempenho para garantir bons resultados ?


Se referindo aos servidores do hospital, o secretário garantiu que a nova forma de gestão não implica, necessariamente, em perseguições e tampouco demissões de profissionais. Porém afirmou que, os servidores efetivos estarão com o trabalho garantido. Já os contratados, explicou, deverão ser demitidos ou reaproveitados dependendo de acerto com a nova administração. “Os senhores fiquem tranquilos. A parceria visa melhorar e garantir a prestação de serviços na área de saúde, não perseguir e tampouco demitir servidores, principalmente, efetivos. Os contratados terão que ser demitidos. Podendo ser recontratados se houver entendimento com a direção da O.S”.


Além da implantação das O.S nos hospitais regionais do Estado, outras medidas estão sendo adotadas pelo secretário para conter o desperdício de recursos públicos. Henry informou que demitiu, nas últimas 72 horas, pelo menos, 50 cargos de assessorias dentro da secretaria. “Sei que são medidas que desagradam, mas não podemos gerir maus os recursos do Estado”. Cobrado pelos funcionários do Hospital Regional, ele, praticamente, descartou a possibilidade de implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários, prometido à categoria, pelo governador Silval Barbosa, no final de 2012. “Cautela e caldo de galinha não faz mal a ninguém. O atual cenário não é bom. Vou conversar com o governador para achar uma solução para o problema”.


COMENTÁRIO DO MSD:
Se não tinham serventia, parabéns ao Secretário.... resta saber porque e por quem foram nomeados ....

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