quarta-feira, 25 de maio de 2011

2 mil servidores da Saúde deflagram greve em Mato Grosso

Jornal A Gazeta desta quarta-feira:


Cerca de 2 mil servidores da Saúde entram em greve amanhã, paralisando totalmente as atividades nos postos de saúde, Programa Saúde da Família (PSF) e no atendimento de especialidades. Apenas as unidades de urgência e emergência vão ficar abertas, mas com apenas 30% dos médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. As entidades de classe afirmam que a única possibilidade de recuou é a apresentação de uma proposta de ampliação de leitos e construção de um hospital estadual, com 1 mil vagas, na Capital.


Além dos servidores municipais de Cuiabá, o setor de saúde convive com a paralisação dos médicos contratados para cirurgias eletivas na Capital e dos que atuam nos 5 hospitais regionais no interior.


O presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), Edinaldo Lemos, disse que desde a aprovação do indicativo de greve, na semana passada, os governos Estadual e Municipal não procuraram as entidades envolvidas para negociar. O fato, segundo ele, mostra que não há interesse em solucionar os problemas da Saúde, principalmente do Pronto-Socorro de Cuiabá, que está superlotado.


Para Lemos, os gestores estão tentando desviar o foco do problema, levantando a polêmica da gestão da Organizações Sociais de Saúde (OSSs). Ele acredita que mesmo havendo a mudança no sistema administrativo, as pessoas vão continuar morrendo nos corredores porque o problema do Estado é a falta de leitos.


O Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sipen/MT) também está no movimento de greve. A entidade representa os enfermeiros e técnicos de enfermagem que, segundo o presidente, Dejamir Souza Soares, a categoria reclama da sobrecarga de trabalho e ainda falta de medicamentos básicos.


MPF - O presidente do Sipen vai apresentar uma denúncia ao Ministério Público Federal (MPF), solicitando uma auditoria na aplicação dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) em Cuiabá. O documento vai reforçar o pedido do ex-secretário de saúde, Luiz Soares, que na edição de ontem informou que os hospitais conveniados ao SUS e também prestadores de serviço estão há mais de 3 meses sem receber os repasses com regularidade. O débito acontece, conforme Soares, mesmo com o recurso sendo pago em dia pela União.


Caos - Nos últimos meses, a Saúde Pública colecionou números negativos. Entre eles estão 12 mil pessoas que esperam por cirurgia. A espera chega há 6 meses no PS de Cuiabá. Os médicos, contratados para fazer o procedimento na Capital, estão em greve há 4 semanas e já deixaram de atender 1,5 mil pessoas.


Outro lado - A Secretaria Municipal de Saúde informou, por meio da assessoria de imprensa, que não vai se pronunciar sobre o indicativo de greve. O secretário de Estado de Saúde, Pedro Henry, foi procurado pela reportagem para falar sobre a greve, mas não foi localizado. (Caroline Rodrigues)


COMENTÁRIO DO MSD:


O Movimento Saúde e Democracia apóia a greve. Há má gestão do dinheiro público, falta de transparência, desabastecimento das unidades e, consequentemente, falta de condições de trabalho. Hospital Público Estadual é a SOLUÇÃO!

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