terça-feira, 14 de junho de 2011

Silval aposta em HUJM com uma saída para saúde

Publicado pelo jornal A Gazeta

Um dos pontos discutidos na reunião do Conselho de Acompanhamento da Copa do Mundo foram as questões da Saúde e da Segurança Pública, exigência do acordo com a Fifa e CBF assim que Cuiabá foi confirmada como sede do evento de 2014. O governador Silval Barbosa (PMDB) e os prefeitos de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), e Várzea Grande, Murilo Domingos (PR), demonstraram preocupação com a saúde, principalmente após a OAB seccional Mato Grosso, através da Comissão de Direitos Humanos, ter encaminhado documento à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, denunciando a inércia dos Poderes Públicos no que tange ao atendimento dos usuários da saúde pública.

"Estamos pagando uma conta que vinha sendo sustentada pela Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que após anos de incidência foi revogada pelo Senado da República", disse o governador, frisando acreditar que até 2014 as obras do Hospital Universitário feito em parceria dos governos, federal e estadual esteja em pleno funcionamento.

O governador disse que está nos últimos meses adotando medidas para mudar a saúde pública de uma maneira geral, mas essas decisões demandam tempo, mas acredita nos resultados positivos que elas proporcionarão. Para o chefe do Executivo é fácil para determinados órgãos criticarem o Poder Público sem, no entanto, apontar resultados e soluções.

O governo do Estado, por força de decisão judicial também estuda a possibilidade de retomar as obras do Hospital Central de Cuiabá, paralisado há quase 30 anos e que tem pendência tanto na Justiça Federal quanto no Tribunal de Contas da União que impedem a retomada das mesmas que, segundo avaliações técnicas, dificilmente servirá novamente como uma unidade hospitalar.
O procurador-geral do Estado, Jenz Prochnow Júnior, reconheceu a decisão judicial e disse que o Estado vaio recorrer, mas quer também definir de uma vez por todas a situação da unidade que já consumiu muito recurso público mas não tem serventia.

"Serão feitas avaliações, até porque ali era para estar um hospital público regional que teria que receber recursos da União", ponderou o procurador, acreditando ser possível em 6 meses dar uma destinação definitiva ao esqueleto erguido em plena avenida do CPA, próximo a obras imponentes como o Fórum da Capital e a sede das Promotorias Cíveis e Criminais do Ministério Público.

As obras do Hospital Central lançadas em 1984 foram paralisadas em 1986 e de lá para cá passaram-se 6 mandatos de governadores que tentaram em vão retomar as obras diante da sempre presente necessidade da população por saúde, mas todos fracassaram.

Recentemente foi feita uma proposta para que a parte administrativa da Secretaria de Saúde do Estado assumisse as instalações. (Marcos Lemos)

COMENTÁRIO DO MSD:

Quando se queixa do fim da CPFM, o governador se esquece de dizer que apenas parte desses recursos eram destinados a Saúde.  Esquece também de dizer que nesse período, a receita tributária do Brasil cresceu como nunca. Quando se conta uma história, é preciso dizer tudo, Sr. governador, e não apenas uma parte...
Espera que o futuro hospital universitário  Julio Muller  da UFMT resolva a atual carência de leitos é acreditar e tentar fazer com que nós acreditemos em fábulas . Senão vejamos:

Cadê os recursos? Estão aprovados porem contingenciados há 3 anos ... Ou seja, só existem no papel, nas intenções....

Quando o futuro HUJM ficar pronto (se um dia ficar ...) será um hospital voltado essencialmente para ensino de graduação e pós graduação. Com essa característica, forçosamente terá uma produção de serviços  inferior se comparada com um hospital apenas assistencial . Para verificar isso, basta comparar a sua atual produção de serviços com a santa casa e o Santa Helena.  Onde se ensina, o ritmo e o volume de produção de serviços são em menor volume e mais caros se comparados aos de onde se faz puramente assistência.

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