sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Galindo cria 113 cargos comissionados na Saúde para atender vereadores

Sandra Cavalho
Site No Poder

A Secretaria de Saúde de Cuiabá ganhou 113 novos cargos de confiança e de livre nomeação do prefeito Chico Galindo (cargos de confiança), conhecido com DAS (Direção de Assessoramento Superior) em agosto deste ano. Os cargos teriam sido criados como moeda de troca para que vereadores votassem a favor da concessão da Sanecap. Esse grande número de novos cargos já seria também uma antecipação da eleição municipal de 2012.

Enquanto isso, faltam profissionais de várias áreas na assistência, prestadores de serviço estão sem receber, programas essenciais estão sucateados, o que vem comprometendo a qualidade do atendimento ao usuário do SUS, o grande sacrificado em toda esta história.

De acordo com o Decreto, o prefeito Chico Galindo criou 02 cargos DAS 2 (a nível de secretaria adjunta), 72 cargos DAS 3 (a nivel de diretoria), 18 cargos DAS 4, 27 cargos DAS 5 e 4 cargos DAS 6. O mais curioso é que o prefeito criou 50 novos cargos a nível de diretoria. Ou seja, tem mais cacique do que índio na Secretaria de Saúde de Cuiabá, uma das mais complexas e fundamentais no serviço público.

Questionado sobre o decreto, o ex-secretário de saúde de Cuiabá, Luiz Sores, criticou a atitude do prefeito, considerando um absurdo a criação de tantos cargos de confiança em detrimento da contratação de profissionais de saúde.
“Ele anunciou, tempos atrás, a demissão em massa de profissionais contratados pela secretaria de Saúde e agora cria 113 cargos comissionados”, observou. Até 2009, quando Luiz Soares era titular da pasta, havia apenas 10 cargos DAS 3 (diretores e assessores). Agora são 72.

Luiz Soares, ex-secretário de saúde.
O ex-secretário vê com preocupação os problemas na assistência à saúde do cidadão, citando como exemplo a falta de insumos nas clínicas odontológicas (o atendimento está comprometido), a falta de profissionais do Programa Escola com Saúde, criado para levar atendimento a crianças e adolescentes nas escolas, a falta de veículos para serviços essenciais por falta de pagamento à locadora, e a falta de profissionais para atender o usuário, desde técnico de enfermagem à médicos especialistas.

Indignado, Soares lamenta que os vereadores de Cuiabá tenham aprovado a criação dos novos cargos, ao contrário da Assembleia Legislativa, onde os deputados reduziram os cargos da Secretaria Extraordinária da Copa para desonerar os cofres públicos.


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Ao desafiar a Justiça, Henry se coloca acima do Poder

Publicado no site No Poder

O secretário de Saúde de Mato Grosso, Pedro Henry, continua se comportando como o todo poderoso, acima de todos e de tudo. Agora diz que vai passar por cima da Justiça Federal e continuar entregando unidades públicas hospitalares para Organizações Sociais, as tais OSS. E ainda bate no peito ao levantar a “suspeita” da existência de um plano para desmoralizar a estratégia do Governo de passar a administração de vários hospitais públicos às OSS.

Henry aposta na Procuradoria Geral do Estado para reverter a decisão da Justiça Federal. A ação foi, inicialmente, protocolada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), mas o Ministério Público Federal assumiu a autoria.

Mas a insistência do secretário estadual de saúde pode não vingar. Até porque o hospital, que começou a funcionar há 50 dias com o objetivo de reduzir o número de pessoas da fila por uma cirurgia ortopédica, não está apresentando resolutividade. E este é um grande motivo para não deixar o Metropolitano nas mãos de uma OSS.

Aliás, a secretaria de saúde de Várzea Grande tem sido alvo da ira de pacientes do SUS por estes terem acreditado na grande propaganda feita pelo governo de que o Metropolitano iria acabar com a fila das cirurgias ortopédicas.

O secretário de Estado de Saúde, Pedro Henry, informou que o Governo do Estado já está adotando as providências necessárias para recorrer da decisão da juíza substituta da 2ª Vara Federal de Mato Grosso, Célia Regina Ody Bernardes, que anulou a "terceirização" do Hospital Metropolitano de Várzea Grande, na terça-feira (20).

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Justiça proibe Governo de contratar OSS para gerenciar hospitais

Publicado no site NO PODER:

Cai a casa de Peddro Henry
Atendendo pedido do Ministério Público Federal (MPF), a juíza da 2ª Vara Federal Célia Regina Odi Bernardes determinou que a Secretaria de Saúde suspenda o contrato com o Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas), gestora do Hospital Metropolitano de Várzea Grande.

O Governo de Mato Grosso tem três meses para romper com o contrato e assumir integralmente os serviços de saúde do hospital. No despacho, a juíza impede o Estado de contratar outras Organizações sociais.

Ou seja, o carnaval feito pelo secretário Estadual de Saúde Pedro Henry na tentativa de convencer a sociedade de que a saída para todos os problemas de saúde pública de Mato Grosso seria entregando unidades de saúde às OSS não adiantou de nada.

Houveram grandes manifestações populares contrárias às OSS, mas Pedro Henry e o próprio governador Silval Barbosa se mantiveram irredutíveis. O temor da sociedade era de ao invés de melhorar a qualidade dos serviços, as OSS funcionassem como um ralo para o dinheiro público.

Tapando os ouvidos para o clamor popular, o Governo do Estado seguiu enfrente com o processo de terceirização dos hospitais. Com grande festa, inaugurou o Hospital Metropolitano já nas mãos do Ipas. O valor inicial do contrato era de R$ 6 milhões e o por ano seriam R$ 31 milhões. O hospital teria a capacidade para 500 procedimentos cirúrgicos por mês.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Caps do Verdão ao ponto de desabar

Publicado no Diário de Cuiabá:

DAFNE SPOLTI

Um mistério cerca o Centro de Atenção Psicossocial do Verdão (Caps Verdão), que é gerido pelo município de Cuiabá. Quem entra lá, sente que há algo errado. Uma das salas pode cair com a vibração de um grito. O cheiro de mofo abafado e a textura do chão deixam claro qual é o lugar onde não se deve pisar. O desabamento da casa já passou de possível para provável.






Para mudar a situação, a Promotoria de Justiça da Cidadania de Cuiabá notificou a prefeitura de Cuiabá pedindo que, no prazo máximo de 150 dias (contando do dia 18 de agosto), o Caps Verdão funcione em outro prédio. Além disso, os trabalhadores, juntamente com a coordenação de Saúde Mental, com apoio de usuários do serviço e familiares, decidiram se mudar para o Centro Comunitário do bairro Jardim Independência.


Um dos trechos do documento do Ministério Público diz que, em diligência efetuada pela promotoria, constatou-se “o péssimo estado estrutural do prédio, com paredes mofadas e com rachaduras, teto desabando, fiação elétrica exposta, piscina sem manutenção”. O texto diz ainda que “as atividades terapêuticas oferecidas aos pacientes estão suspensas por causa da ausência de espaços apropriados e pela falta de profissionais, dentre outros problemas descritos no relatório elaborado pela assistente social”.


Atualmente o pouco atendimento feito aos antigos usuários do Caps está restrito a uma única sala que parece mais segura do desabamento do prédio. Uma das funcionárias do local diz, porém, que isso é uma irresponsabilidade “porque se desabar, desaba tudo”. De qualquer forma, enfermeira, médico, psicóloga e usuários do serviço se dividem ali. Às vezes tem que pedir a “gentileza” de que outros presentes saiam para que o atendimento seja feito.


Quem vai ao Caps Verdão se sente dentro de um filme de suspense, drama e até terror. Os problemas são vastos. Na parte de trás do casarão uma piscina estragada tem cerca de 4 mil litros de água verde (o que parece uma ironia com o nome do Caps) para dar as “boas-vindas” a quem se encoraja a entrar no prédio. A cozinha, onde eram preparados os alimentos servidos nas oficinas, é fechada apenas por grades. A água da pia cai num balde chamando a atenção de ratos, não raramente vistos no local. Aliás, uma caixa d’água que vaza até hoje já abrigou fezes desses roedores.


Além do problema estrutural, faltam no Caps materiais para as oficinas e até os produtos básicos de saúde. Além disso, como é citada na notificação do Ministério Público, a equipe de saúde não está completa. Em maio, a assistente social foi demitida por ter muito tempo de trabalho no local.


Quem quiser visitar o Caps Verdão deve procurar a rua Ramiro de Noronha, 826, bairro Duque de Caxias, em Cuiabá.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Brasil é 35º em lista de atendimento médico infantil

O Brasil ocupa a 35ª posição em um ranking de atendimento médico infantil compilado pela ONG internacional Save the Children em 161 países. É a primeira vez que a organização lista os países em que crianças doentes recebem o melhor tratamento, com Suíça, Finlândia, Irlanda e Noruega no topo do ranking e Etiópia, Laos, Chade e Somália nos últimos lugares.

O índice levou em conta a proporção de funcionários do setor de saúde em relação à população, seu alcance e impacto, além do número de crianças vacinadas e de mães que têm acesso a cuidados emergenciais durante o parto. Na América Latina, o Brasil ficou atrás apenas de Cuba (8º) e Uruguai (31º), mas bem à frente de países como México (65º), Argentina (77º) e Chile (80º).


Fonte: BBC Brasil

Instituto aponta estado de emergência em 5 cidades de Mato Grosso

O instituto Somar Meteorologia apontou nesta terça-feira (06), estado de emergência em pelo menos 5 cidades de Mato Grosso, devido ao tempo seco e umidade relativa do ar abaixo dos 12% ( o mínimo considerado aceitável é 60%), a partir de acompanhamento do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Água Boa e Santo Antônio do Leste registram R$ 10% de umidade; Guiratinga, Querência e Rondonópolis, 11%; e Gaúcha do Norte e São Félix do Araguaia, 12%.

Quando a umidade até acima de 30%, a situação é de observação; de 30 a 20%, estado de atenção; de 19 a 12%, estado de alerta, e abaixo de 12, emergência. O apontamento é da Organização Mundial da Saúde (OMS). Só Notícias apurou, que em aviso meteorológico publicado em seu site oficial, o Inmet prevê a umidade relativa do ar em Mato Grosso, em média, de 20%, pelo menos até a próxima sexta-feira (9).

A umidade do ar é a quantidade de vapor de água presente no ar, e em baixa, pode causar problemas à saúde, como ressecamento dos olhos, boca e nariz, e até doenças respiratórias.

Fonte: Só Notícias

Padilha quer aumentar tributo de cigarro e bebida para financiar saúde

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu no Rio Grande do Sul, o aumento da tributação sobre cigarros e bebidas alcoólicas como forma de ampliar os recursos para financiamento da saúde pública.Ele também propôs a ampliação da parcela repassada ao sistema público de saúde do seguro DPVAT, destinado a financiar a assistência médico-hospitalar de vítimas de acidentes de trânsito.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), havia afirmado que o aumento da taxação de bebidas e cigarros era uma das hipóteses em estudo pelo governo. Padilha participou em Canoas (RS), ao lado da presidente Dilma Rousseff, da cerimônia de entrega de 110 novos leitos para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) no Hospital Universitário da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). Dilma afirmou que é preciso racionalizar os recursos do SUS."Defendo que a tributação sobre álcool e tabaco, tanto federal quanto estadual, reverta em recursos para a saúde", declarou o ministro em entrevista após o evento.

Fonte: G1, em Brasília

Cartilha do Usuário do Sus