Se todos os veículos de comunicação no Brasil tivessem a mesma iniciativa do Jornal FOLHA DE SÃO PAULO neste último domingo (26/02/2012) seguramente haveríamos de ter um país menos injusto.
Na edição citada o jornal de circulação nacional, porém, de alcance restrito a uma pequena parcela da população brasileira que lê jornais, fez um levantamento sobre processos policiais e judiciais que buscam punir políticos e autoridades. O resultado é bombástico, expondo as vísceras da polícia federal, do Ministério Público e do próprio Supremo Tribunal Federal (STF). São inquéritos paralisados ou mal feitos, demora exacerbada em proposição de ações e respectivos julgamentos, falhas cometidas (propositais?) por policiais, membros do Ministério Público e julgadores.
Em um caderno especial a Folha assume um compromisso com a luta pela transparência nessa seara nebulosa que deveria punir exemplarmente a todos os malfeitores, sobretudo aqueles do andar de cima, inclusive, colocando processos pesquisados na internet (FOLHA.COM.).
A defesa de membros do Ministério Público e de julgadores do STF exposta no material jornalístico é uma verdadeira falácia. Ninguém assume suas próprias responsabilidades e “empurram” prá frente o problema alegando a clássica sobrecarga de trabalho.
Como solução cobram uma mudança na Constituição Federal (via Emenda Constitucional) para acabar com o foro especial para certas autoridades públicas, esquecendo-se que algo mais simples e rápido poderia ser feito por eles (ministros do STF) próprios mudando o Regimento Interno do STF, priorizando a conclusão de tais processos que lá chegam e absolvendo ou punindo com a celeridade que combate o quadro de impunidade que hoje temos e que só alimenta a famigerada corrupção. Não vamos nos esquecer que tempos atrás o Congresso Nacional aprovou a chamada SÚMULA VINCULANTE e a REPERCUSSÃO GERAL com o propósito de diminuir a tal carga dos sofridos e vitalícios Ministros do STF.
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