sexta-feira, 12 de abril de 2013

Médico vai à Polícia contra caos no Pronto-Socorro de Cuiabá

Médico vai à Polícia contra caos no Pronto-Socorro de Cuiabá

Segundo o profissional, faltam macas e ventiladores mecânicos na unidade

Thiago Bergamasco
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Pronto-Socorro: médico procurou a Polícia para relatar caos no local
WILLIAM ARRUDA
ESPECIAL PARA O MIDIANEWS
O médico D.D.D., 25, registrou, na noite de quinta-feira (11), na Central de Flagrantes da Polícia Civil, no bairro Planalto, um Boletim de Ocorrência contra a situação de caos em que, segundo ele, se encontra o Hospital e Pronto-Socorro da Capital.

Plantonista da unidade, o médico revelou à Polícia a sua revolta com a falta de estrutura do local e as precárias condições de trabalho para atender à população.

Segundo as informações contidas no B.O. de preservação de direitos número 2013.95658, D. e uma colega médica tiveram que atender 35 pacientes na noite de ontem, mesmo diante da precariedade da estrutura do PSM.

O médico denunciou que, além da superlotação, faltam equipamentos considerados elementares para atender aos usuários do maior hospital de urgência e emergência de Mato Grosso.

Ele citou a falta de ventiladores mecânicos, manguito de pressão, monitores cardíacos e até macas para os pacientes.

O médico ainda relatou à Polícia que, além de todas essas deficiências no PSM, o quadro de funcionários é insuficiente.

Ele observou que, no plantão de quinta-feira, por exemplo, só estavam disponíveis seis técnicos de enfermagem, dois enfermeiros e dois médicos - no caso, ele próprio e a colega, cujo nome não foi revelado..

"Eu estou registrando esse boletim de ocorrência porque estou revoltado com essa situação. Não há como fazermos um bom trabalho para a comunidade. Do jeito que está, se chegarem mais pessoas, com a falta de equipamentos, esses pacientes podem morrer. Depois, nós, médicos, seremos penalizados", disse D.

O médico defendeu que a Secretária Municipal de Saúde de Cuiabá invista na atenção primária, ou seja, nos postos de saúde e policlínicas de Cuiabá.

"Enquanto não tiver mais investimentos nos bairros, nas unidades primárias, o Pronto-Socorro sempre estará superlotado, sem estrutura para atender as pessoas", disse.

Outro lado

A reportagem não conseguiu localizar a direção do Pronto-Socorro da Capital para se posicionar sobre a decisão do médico D.D.D.

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