sexta-feira, 12 de abril de 2013

Médico vai à Polícia contra caos no Pronto-Socorro de Cuiabá

Médico vai à Polícia contra caos no Pronto-Socorro de Cuiabá

Segundo o profissional, faltam macas e ventiladores mecânicos na unidade

Thiago Bergamasco
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Pronto-Socorro: médico procurou a Polícia para relatar caos no local
WILLIAM ARRUDA
ESPECIAL PARA O MIDIANEWS
O médico D.D.D., 25, registrou, na noite de quinta-feira (11), na Central de Flagrantes da Polícia Civil, no bairro Planalto, um Boletim de Ocorrência contra a situação de caos em que, segundo ele, se encontra o Hospital e Pronto-Socorro da Capital.

Plantonista da unidade, o médico revelou à Polícia a sua revolta com a falta de estrutura do local e as precárias condições de trabalho para atender à população.

Segundo as informações contidas no B.O. de preservação de direitos número 2013.95658, D. e uma colega médica tiveram que atender 35 pacientes na noite de ontem, mesmo diante da precariedade da estrutura do PSM.

O médico denunciou que, além da superlotação, faltam equipamentos considerados elementares para atender aos usuários do maior hospital de urgência e emergência de Mato Grosso.

Ele citou a falta de ventiladores mecânicos, manguito de pressão, monitores cardíacos e até macas para os pacientes.

O médico ainda relatou à Polícia que, além de todas essas deficiências no PSM, o quadro de funcionários é insuficiente.

Ele observou que, no plantão de quinta-feira, por exemplo, só estavam disponíveis seis técnicos de enfermagem, dois enfermeiros e dois médicos - no caso, ele próprio e a colega, cujo nome não foi revelado..

"Eu estou registrando esse boletim de ocorrência porque estou revoltado com essa situação. Não há como fazermos um bom trabalho para a comunidade. Do jeito que está, se chegarem mais pessoas, com a falta de equipamentos, esses pacientes podem morrer. Depois, nós, médicos, seremos penalizados", disse D.

O médico defendeu que a Secretária Municipal de Saúde de Cuiabá invista na atenção primária, ou seja, nos postos de saúde e policlínicas de Cuiabá.

"Enquanto não tiver mais investimentos nos bairros, nas unidades primárias, o Pronto-Socorro sempre estará superlotado, sem estrutura para atender as pessoas", disse.

Outro lado

A reportagem não conseguiu localizar a direção do Pronto-Socorro da Capital para se posicionar sobre a decisão do médico D.D.D.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Policlínicas não têm médico


CUIABÁ


26/07/12 - 10:35
NO PODER
Por: ROSANE BRANDÃO
Fonte: Folha de Estado
Policlínica do Coxipó: a espera por atendimento tem sido grande, numa sala apertada e sem conforto
Policlínica do Coxipó: a espera por atendimento tem sido grande, numa sala apertada e sem conforto
Foto de Euclides Oltramari Jr
Está faltando especialistas em várias policlínicas de Cuiabá, para infelicidade de quem precisa
Policlínicas lotadas, falta de médicos, filas e mais filas. Este continua sendo o cenário da rede de saúde pública de Cuiabá. A falta de médicos para atendimento básico da população é uma rotina que o cuiabano enfrenta há anos, mas parece que ainda está longe de chegar ao fim.
Segundo a diretoria de Atenção Secundária da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá (SMS), atualmente o quadro de médicos efetivos das policlínicas é de 125 profissionais para atender nas seis policlínicas da capital, em escala de 24 horas semanais. Mas ainda existe um déficit 38 médicos – clínicos gerais e pediatras – que deveriam estar nessas policlínicas para atender a demanda E é justamente esse déficit que acaba deixando a população com atendimento precário.
As policlínicas do Planalto e Coxipó são as que se encontram em pior situação, já que as outras quatro não têm médicos em número suficiente e os pacientes acabam sendo encaminhados para as duas primeiras.
Na policlínica do Coxipó, por exemplo, a quantidade de pessoas à espera de atendimento na tarde de ontem (25) era muito grande. Crianças, adultos e idosos, com todos os tipos de enfermidades aguardavam em uma sala de pouco mais de 40 metros quadrados e sob “um calor insuportável, que dá a sensação de uma temperatura de 40 graus”, disse uma senhora que aguardava na fila.
A camareira Dinamare Mendes de Oliveira precisou de atendimento pediátrico para a filha de 11 meses, mas quando procurou a policlínica do bairro Verdão, a informação que recebeu foi de que não havia pediatra. Ela, que mora no bairro CPA I, precisou se deslocar até o Coxipó para tentar um atendimento. Nesta policlínica, ficou esperando por mais de quatro horas até ser atendida.
Outra paciente que ficou horas na fila esperando ser atendida foi a técnica em laboratório Carla Costa. Ela, que mora no bairro Renascer, desistiu de tentar atendimento na Policlínica do Planalto, que é mais próxima de sua casa, porque lá seria muito demorado, mas acabou descobrindo que no Coxipó a situação estava ainda pior. “Estou com sinusite e com muita dor. Há três dias estou assim e não consigo ser atendida por um médico”, disse Carla Costa.
Na policlínica do Verdão, o cenário é um pouco diferente, ou seja, não tinha fila e o pronto atendimento estava vazio. Isso porque não havia médico no local e os pacientes eram encaminhados para as outras duas, Planalto e Coxipó.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

SUS eleva repasses a Cuiabá em 50%

DIÁRIO DE CUIABA  13/07/2012
Com o incremento, a Capital passará a receber R$ 182 milhões ao ano, dinheiro que será aplicado a serviços de urgência e emergência em hospitais



ALECY ALVES

Da Reportagem



A partir do próximo mês Cuiabá contará com um aumento de 50% nos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). O valor do repasse mensal feito pelo governo federal saltará de R$ 10 milhões para R$ 15,1 milhões. Ou, melhor detalhando: de R$ 120 milhões para R$ 182 milhões ao ano.



Os novos recursos, que totalizam aumento de R$ 62 milhões anuais, são destinados aos serviços de urgência e emergências do Pronto Socorro Municipal e os hospitais conveniados HGU (Geral Universitário) e Santa Casa de Misericórdia, além das UTIs dos três hospitais citados e da manutenção das duas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) que estão em construção.



As UPAs estão em fase de construção, uma na divisa dos bairros Morada do Ouro e CPA II, e a outra no bairro Pascoal Ramos, região do CPA. A primeira está prevista para novembro - e será a da região do Grande CPA, conforme o secretário municipal de Saúde, Lamartine Godoy Neto. Cada uma terá capacidade para atender entre 300 e 400 pacientes ao dia.



Ainda está previsto para Cuiabá, informa Lamartine, um repasse único no valor de R$ 3 milhões para investir na compra de equipamentos para o Pronto-Socorro Municipal.



Há anos, diz, a saúde pública cuiabana trabalha no vermelho, com um déficit mensal que varia entre R$ 3 e 4 milhões. Portanto, tomando como base essa situação não seria difícil concluir que o aumento dos recursos em pouco melhoraria a qualidade dos serviços públicos de saúde oferecidos à população.



Entretanto, Lamartine Godoy assegura que a abertura das duas novas unidades e o reconhecimento pelo Ministério da Saúde sobre a necessidade de ajudar na manutenção das UTIs, motivações do reajuste da verba federal, refletirão diretamente na qualidade dos serviços.



INDICATIVO DE GREVE – Sobre o indicativo de greve aprovado pelos médicos da rede municipal, Lamartine disse que o único item que poderia resultar na paralisação diz respeito a uma responsabilidade governo do Estado.



Conforme o secretário, a reunião que manteve dias atrás com representantes do sindicato dos médicos (Sindmed), esclareceu que solucionando o atraso no “prêmio”, uma ajuda de R$ 3,4 milhões que a Secretaria Estadual(SES) deveria repassar mensalmente, não haveria greve.



É com essa verba que a Prefeitura de Cuiabá complemente os salários dos profissionais da saúde, incluindo médicos, enfermeiros e técnicos do Pronto Socorro e unidades conveniadas como Santa Casa, HUJM, HGU e Santa Helena.


==> ATÉ QUE ENFIM O MINISTÉRIO DA SAÚDE RECONHECE O QUE VEM SENDO DENUNCIADO HÁ  ANOS ... MAS O USO POLÍTICO DAS VERBAS FEZ COM QUE CUIABÁ FOSSE PREJUDICADA POR MUITO TEMPO , COM RECURSOS INSUFICIENTES PARA TER UMA BOA SAUDE.

==> A SES CONTINUA FAZENDO JOGUINHO POLÍTICO, REPASSA RECURSOS DE FORMA IRREGULAR, CONFORME A POSIÇÃO DE CADA GESTOR... QUEM FICA DE QUATRO, RECEBE RÁPIDO.

terça-feira, 10 de julho de 2012

DEU NA COLUNA DO ELIO GASPARI (Folha de São Paulo de 08/07/2012)



SAÚDE E EDUCAÇÃO NA CAMPANHA DE 2014

Os doutores Aloizio Mercadante (Educação) e Alexandre Padilha (Saúde) têm infinita confiança na marquetagem. Um anunciou que entregaria 600 mil tablets a professores (para quê, ainda não se sabe). No governo dos outros, comandava greves, mas nunca produziu uma de 53 dias, como a que há hoje na rede federal de ensino.

O outro visita cracolândias distribuindo pedras de promessas e, em dez meses, gastou R$1,44 milhão indo a eventos como a Festa do Caminhoneiro e a de Aparecida.

O repórter Ilimar Franco mostrou que, durante a campanha eleitoral, Padilha propagava o compromisso da doutora Dilma Rousseff com a redução da jornada de trabalho dos enfermeiros. No ministério, batalha contra.

A última pesquisa CNI/Ibope informou que o índice de desaprovação das políticas de educação e saúde da doutora Dilma subiu de 47% para 54% e de 63% para 66%.

Se Deus for brasileiro, a próxima campanha presidencial girará em torno desses dois temas.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

OSS "selecionam" pacientes

GAZETA ED IMPRESSA
Segunda, 18 de junho de 2012, 00h00


GESTÃO PRIVADA

Caroline Rodrigues / Da Redação

Organizações Sociais de Saúde não atendem a demanda nos hospitais regionais e fazem com que os pacientes sejam transportados por mais de 1.000 km para conseguir atendimento, tornando inviável a estratégia de descentralização do setor, elaborada pelo governo do Estado. Conforme o Conselho Estadual de Saúde, existe a seleção dos procedimentos considerados "lucrativos", que não demandam internações longas e nem procedimentos complexos. As denúncias recebidas pela Ouvidoria do Sistema Único de Saúde (SUS) apontam ainda a falta de medicamentos, investimentos, ampliação de serviços e a precarização das relações de trabalho. Há 10 meses, a primeira unidade teve a gestão transferida pelo Estado para uma OSS e atualmente R$ 187 milhões são aplicados no modelo...


==> O MSD POSICIONOU - SE FARTAMENTE CONTRA A INTRODUÇÃO DESSA FORMA DE GESTÃO  EM NOSSO ESTADO, DENUNCIANDO CONTINUAMENTE OS INTERÊSSES ESCUSOS QUE NORTEARAM ESSA DECISÃO  POR PARTE DA SES.  TÁ COMPROVADO QUE O QUE SE APREGOU COMO SALVAÇÃO É SÓ LADROAGEM. CADÊ O MINISTÉRIO PÚBLICO ?


sábado, 2 de junho de 2012

Atraso em repasse pode parar UTI


RD NEWS SAÚDE | 02/06/2012 - 17:00


Glaucia Colognesi

--Lamartine Godoy, secretário municipal de Saúde
Lamartine Godoy, secretário municipal de Saúde
     O atraso no repasse de recursos por parte do Governo do Estado para a Prefeitura de Cuiabá está gerando o caos no sistema de Saúde da Capital. Conforme denúncia de um funcionário da Santa Casa de Misericórdia, que não quis se identificar, as UTIs neonatal e pediátricas podem parar de funcionar. A unidade deve manter o atendimento às crianças que já estão internadas, mas a partir deste sábado (2) não receberá novos pacientes.
     Fisioterapeutas da unidade estão há 2 meses sem receber salário e sem condições de trabalho. Muitos já estão pedindo demissão voluntária. Ainda conforme o denunciante, o atraso no repasse é constante no último ano e a situação só se regulariza quando o descaso tem destaque na imprensa. "Logo depois os atrasos recomeçam", disse ao RDNews. Por meio da assessoria, o diretor-presidente da Santa Casa, Luiz Felipe Sabóia, afirma que o repasse não está sendo feito a nenhum hospital de Cuiabá.
     De acordo com o secretário municipal de Saúde, Lamartine Godoy, o repasse também não é feito, desde abril, para o Hospital Geral Universitário (HGU), o Santa Helena e o Pronto Socorro. Segundo ele, há outros repasses estaduais que tem atrasos de até 8 meses como os destinados aos Programa de Saúde da Família (PSF) e à assistência farmacêutica.
     A secretaria estadual de Saúde, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que o Estado repassa todo mês ao município recursos da ordem de R$ 3,6 milhões. Também reconheceu atraso de pelo menos 30 dias no repasse referente a abril, que deveria ter sido quitado no dia 5 de maio.
     Contudo, a SES garante que a parcela foi paga na sexta, 1º de junho, e garante que o mês de maio será quitado até o próximo dia 5. Segundo a pasta, quem não está em dia com os prestadores de serviço é o município. Lamartine, por sua vez, desmente a informação. "Só se depositaram na sexta a meia noite. O próprio secretário, Vander (Fernandes), me ligou e disse que ainda ía tentar pagar", salientou.
==> O SUJO FALANDO DO MAL LAVADO NUM CAMPEONATO DE IRRESPONSABILIDADE

Crianças morrem por falta de leitos



CIRCUITO MATO GROSSO
Publicado em Quinta, 31 Maio 2012 14:30

Pesquisa revela que assistência hospitalar à criança e ao adolescente em Cuiabá é desprezível.
Pequenos pacientes ficam amontoados e confinados.



A morte - esta semana, em Mato Grosso - de uma criança com meningite por falta de leito público de UTI é apenas a ponta do fio de pólvora de uma dinamite que já vem explodindo com reflexos incalculáveis em todo o Estado. Em Cuiabá, relatório produzido pelo Comitê de Defesa da Criança Hospitalizada, a partir de levantamento realizado em todos os hospitais da cidade que possuem leitos públicos, revela o descaso da gestão municipal com a saúde da criança e do adolescente.



Faltam leitos de enfermaria e de UTI e, onde o serviço é disponibilizado, a precariedade é revoltante. No interior, a situação também é dramática. Crianças nascem na estrada, dentro de veículos que levam mães de uma cidade para outra em busca de hospital para o serviço de parto. Esse quadro de violação de direitos é taxado de “violência” pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.



Dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) apontam que o SUS do município de Cuiabá conta atualmente com apenas 293 leitos pediátricos e neonatais. Além de manter um número irrisório de leitos, a Prefeitura simplesmente fechou um pequeno “hospital da criança”, criado na gestão do então secretário de saúde Luiz Soares dentro do Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC), e que até o final de 2011 era a principal referência em atendimento de urgência à criança de Mato Grosso. A estrutura possuía Pronto Atendimento com 20 leitos, enfermaria com cerca de trinta leitos, isolamento infantil, além de 20 leitos de UTI, entre pediátrica e neonatal, brinquedoteca e área de lazer para minimizar o sofrimento e facilitar a recuperação dos pequenos pacientes.



Hoje as crianças estão confinadas em uma enfermaria denominada Ala Verde, onde há apenas 15 leitos. Lá, as crianças ficam amontoadas e não há sequer espaço para acompanhante. Na Sala Amarela, meia dúzia de leitos funciona com semi-UTI e cuja porta é de frente para um corredor lotado de pacientes adultos e fluxo intenso de acompanhantes.



O fechamento de toda ala pediátrica ocorreu entre os meses de março e abril de 2011. Segundo o relatório do Comitê de Defesa da Criança Hospitalizada, a partir daí a contínua demanda produzida a partir do pronto atendimento infantil do Pronto Socorro de Cuiabá foi praticamente represada, tanto na Sala Verde quanto na Amarela, que passou a funcionar como uma UTI adaptada para crianças com doenças graves e recém-nascidos de risco.



“A Sala Verde Infantil, que deveria apenas ser local de cuidados imediatos, observação e triagem com transferência de poucos dias, passou a se constituir num ambiente de internação de casos diversos, algumas por tempo prolongado, chegando até quarenta dias”, observa a presidente do comitê, a enfermeira doutora Rosa Lúcia Rocha Ribeiro, e isso incluiria crianças com problemas neurológicos, pneumonias complicadas, anemia falciforme, traumas, ortopedia, câncer e inclusive com HIV e outras doenças infectocontagiosas. Por vezes várias estariam recebendo medicação em cadeiras de fio devido à falta de leitos.



De outro lado, a Sala Amarela, que deveria ser um local para atendimento de urgência e emergência, tem se mantido lotada com as crianças mais graves, algumas em respirador mecânico, que permanecem ali por vários dias.



“É importante destacar que esses ambientes mencionados – Sala Verde e Amarela – não são preparados para essa demando porque não possuem condições adequadas para a permanência de acompanhantes. Não há qualquer área aberta, não há brinquedoteca nem recreadora ou pedagoga para o acompanhamento do currículo escolar”, denuncia o relatório.



Juíza pede providências - A juíza da Primeira Vara Especializada da Infância e Juventude da Comarca de Cuiabá, Gleide Bispo dos Santos, visitou a ala pediátrica do Pronto-Socorro de Cuiabá acompanhada por representantes do Conselho Regional de Medicina (CRM), Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso (Crea), Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional de Mato Grosso (Crefito), Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren), e do Corpo de Bombeiros. Um relatório será elaborado e entregue à Secretaria de Saúde de Cuiabá para que adotem providências no sentido de adequar espaços dignos de assistência hospitalar a crianças e adolescentes. “Estou fazendo um levantamento sobre a estrutura geral de atendimento a crianças e adolescentes”, informa a juíza.



De camas enferrujadas, à falta de profissionais



A precariedade da assistência hospitalar à criança vai além do Pronto Socorro para chegar aos hospitais da rede contratado do SUS, privados e filantrópicos. Informações apuradas pelo Comitê de Defesa da Criança Hospitalizada dão conta de que a Santa Casa, embora com grande disponibilidade de leitos, enfrenta problemas de falta de plantonistas pediatras para receber internações clínicas na enfermaria, piorando a situação”, diz o relatório. A Ata nº 16/2011 do Conselho Municipal de Saúde revela que isto estaria ocorrendo porque os profissionais não estariam conseguindo conviver com o comportamento explosivo do presidente da entidade, o médico José Luis Sabóia.



A precariedade do atendimento hospitalar à criança se agrava quando surgem informações de que hospitais conveniados ao SUS, como a própria Santa Casa e o HGU, estariam se recusando a aceitar crianças e adolescentes com casos mais complexos e onerosos.



Relatos de enfermeiras das salas Verde e Amarela infantis do Pronto Socorro, ao Comitê de Defesa da Criança Hospitalizada, também relevam que o Hospital Universitário Júlio Müller, em seu perfil de hospital escola, de atendimento de crianças crônicas, frequentemente se recusa a receber crianças com doenças infectocontagiosas pelo risco de transmissão de infecção às demais.



Nenhum dos hospitais pesquisados possui condições adequadas para acomodação dos acompanhantes, apenas o Hospital do Câncer e Santa Casa possuem pedagoga outros três possuem recreadora. Em todos os hospitais houve uma grande prevalência de respostas que apontam o desconhecimento por parte do usuário da presença de assistentes sociais, fisioterapeutas e psicólogos.



O Hospital Geral Universitário e o Santa Helena tiveram sua infraestrutura avaliada negativamente. Este último inclusive fechou a enfermaria pediátrica depois que ficou constatado que não havia bebedouros, quartos pequenos para muitas crianças, banheiros em péssimo estado, camas e berços enferrujados e colchões velhos..



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Letícia morreu por falta de UTI



Letícia Guimarães, 4 anos, morreu horas depois de apresentar os primeiros sintomas da meningite. O pai, Wagner Barbosa de Oliveira, conta que levou a filha pela primeira vez ao Pronto Socorro de Várzea Grande, na madrugada da última sexta-feira (25). Ao chegar à unidade, disse que o médico Jean Carlos da Silva solicitou exame de hemograma, viu o resultado, aplicou uma medicação, receitou dipirona e liberou a família para voltar para casa.



O pai diz que o estado da menina foi piorando, então a família buscou novo atendimento na Policlínica do 24 de Dezembro. Ao chegar ao local, foram informados que não havia médico. Desesperados voltaram ao Pronto Socorro, mas como estava lotado, pagaram uma consulta particular no Hospital Santa Rita. “Fomos atendidos pelo doutor Gleison que imediatamente vendo o estado da nossa filha, solicitou novo exame de hemograma. Horas depois foi constatado que as plaquetas estavam muito baixas e internação imediata foi solicitada”.



A mãe Juliana Almeida disse que suspeita de meningite surgiu após o aparecimento de manchas vermelhas no corpo da filha. “Assim que o médico percebeu as manchas no corpo determinou a transferência imediata da menina, para outro hospital, pois a unidade não contava com Unidade de Terapia Intensiva (UTI)”.



Ao chegar ao Pronto-Socorro a criança ficou em um quarto isolado e a transferência para a UTI só ocorreu após determinação judicial. Porém, sem vagas em Várzea Grande e Cuiabá, a menina foi encaminhada para Cáceres (220 km a oeste de Cuiabá). “Minha única filha morreu horas depois de chegar ao local. Ela foi induzida ao coma e sofreu três paradas cardíacas”, finaliza Oliveira. (Por Regina Botelho)


Prefeitura não reabre UTI do PS de Cuiabá



As UTIs Neonatal e Pediátrica do Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC) fechadas há um ano até hoje não voltaram a funcionar. Os equipamentos foram cedidos para o Hospital Geral Universitário (HGU) que pertence à UNIC, maior faculdade particular de Mato Grosso. Inclusive os profissionais do Pronto Socorro – servidores públicos - foram obrigados a trabalhar no HGU, apesar de ilegal. A transferência dos equipamentos teve o aval do Conselho Municipal de Saúde, apesar da posição contrária de vários conselheiros. “Aprovamos com a condição de que, dentro de um ano, as UTIs fossem reativadas no Pronto Socorro de Cuiabá”, justifica a conselheira Maria Ângela Martins.



O repasse dos equipamentos para o HGU ocorreu em maio do ano passado sem que o empréstimo fosse documentado. Depois de muita pressão por parte do Conselho, o secretário municipal de Saúde, Lamartine Godoy Neto, assinou a Resolução nº 28, de 08 de novembro de 2011 – seis meses depois -, estabelecendo a cessão dos equipamentos a título de empréstimo e que deveriam ser devolvidos no prazo de 12 meses – lembrando que o repasse foi feito em abril e não em novembro, data do documento. Portanto, termina esta semana o prazo para que o HGU devolva o material.



O secretário adjunto de Saúde, Huark Douglas Correa, diz que não justifica manter uma UTI Neonatal no Pronto Socorro porque lá não há maternidade e prometeu, diante dos conselheiros, reativar a pediátrica, o que ainda não ocorreu

terça-feira, 29 de maio de 2012

SANGRIA NA SAÚDE DE MT

CENTRO-OESTE POPULAR – Edição nº 515 – 27/05 a 02/06 de 2012



SECRETÁRIO VANDER FERNANDES TERÁ QUE SE EXPLICAR AO MPE



Por recomendação da procuradoria Geral de Justiça do Estado de Mato Grosso (PGJ-MT), o Núcleo de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa do Ministério Público Estadual (MPE) deve iniciar, nos próximos dias, procedimento investigatório a fim de apurar irregularidades na Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), sob a gestão do médico Vander Fernandes - alvo de sucessivas denúncias publicadas na páginas do Centro-Oeste Popular. Leia íntegra na página A6 – www.copopular.com.br

terça-feira, 22 de maio de 2012

SAÚDE : FALHAS LEVAM À JUDICIALIZAÇÃO

CIRCUITOMATOGROSSO



CUIABÁ, 17 A 23 DE MAIO DE 2012 POLÊMICA PG 7






Para o médico sanitarista e professor do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso (ISC – UFMT), Júlio Müller Neto, a judicialização se deve a falhas na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) tanto em nível Federal quanto Estadual e Municipal. “O financiamento insuficiente e a falta de capacidade para oferecer serviços que são de direito do cidadão são problemas que poderiam ser resolvidos com a profissionalização da gestão e o estudo de quais as maiores demandas”, explica. Com vasta experiência como gestor da Saúde e ex-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Júlio Müller acredita que com a melhora, as ações judiciais reduziriam, mas não acabariam, uma vez que sempre vai haver alguém lutando por seus direitos na justiça. “A redução dessas ações melhoraria muito a vida das pessoas e da própria gestão, que teria condições para trabalhar de forma planejada, e não apagando um incêndio por dia”, pontua. De acordo com o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Soares, hoje membro do Movimento Saúde e Democracia, o sub financiamento da Rede SUS é fator de peso para as demandas judiciais: o Brasil é o único país com sistema universal de saúde em que o gasto privado é maior do que o público. Mas a má vontade dos prestadores de serviços – sejam eles gestores, funcionários e redes complementares - e a falta de mão-de-obra especializada no mercado também são fatores de peso nesse cenário. “O dinheiro, que já é pouco, com a má gestão e a corrupção só agrava ainda mais o contexto”, define. Segundo ele, especialidades como neurocirurgia e psiquiatria estão em falta em Cuiabá e somado a isso, a Capital, que hoje recebe pacientes de todas as regiões do Estado, possui número pequenos de prestadores de serviços. “Mesmo que o Centro de Regulação libere as cirurgias, não há como fazer porque não há capacidade hospitalar e nem prestadores de serviços”, finaliza.






sexta-feira, 18 de maio de 2012

Casos de dengue em MT já passam de 21 mil este ano

Redação 24 Horas News


17/05/2012 - 17h36




Antes de completar cinco meses do ano, os casos de dengue seguem avançando em Mato Grosso. Dados da Secretaria de Saúde informam que o número de notificações da doença já passam de 21 mil no Estado. Precisamente, 21.090 registros no período. São mais de 150 casos por dia, em média em todo Estado. Desse total, 76 foram notificados como casos graves de dengue. Até o momento existem nove óbitos. Sendo três confirmados e seis em investigação.






Cuiabá, a capital do Estado de Mato Grosso, tem a notificação de 7.004 casos de dengue, sendo 41 de casos graves. Segundo a Secretaria de Saúde, em Várzea Grande a notificação é de 1.833 casos de dengue, sendo 17 de casos graves. Em Sinop a notificação é de 2.650 casos, sendo cinco casos graves e em Rondonópolis, a notificação é de 419 casos da doença.






As notificações de casos de dengue em Mato Grosso de 1º de janeiro a 17 de maio de 2011 foram de 5.740 casos, sendo que Cuiabá notificou 305, Várzea Grande notificou 96 casos, Sinop notificou 1.064 casos e Rondonópolis 222 casos. Em 2012 as notificações neste mesmo período são de 21.090 casos de dengue, em todo o Estado.






Os municípios que registraram óbitos foram: Cuiabá dois óbitos, sendo que um foi confirmado e outro está em investigação; Várzea Grande dois óbitos em investigação, Sinop dois casos, um confirmado e outro em investigação; Aripuanã um confirmado, Sorriso e Tangará da Serra ambos com um óbito em investigação.






O Estado continua no monitoramento por exame laboratorial na identificação dos sorotipos circulantes da dengue no Estado. Os municípios prioritários para a realização da pesquisa são Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, Rondonópolis, Sinop, Barra do Garças e Alta Floresta. A Ação faz parte da estratégia de monitoramento da doença e também vai permitir saber se o vírus 4 da Dengue circula nestes demais polos de Saúde. Os municípios prioritários que apresentaram a circulação do vírus DENV4, foram Várzea Grande, Cuiabá, Regional de Diamantino (especificamente no município de Nobres).






O Superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Oberdan Ferreira Coutinho Lira explica que “Todas as vezes em que há "troca" do vírus predominante, ou um novo vírus, há risco de epidemias porque parte da população não está imune a ele. Além disso, casos graves podem aumentar porque estão relacionados a sucessivas infecções por diferentes vírus da doença.






O sorotipo DENV4 não é dos mais agressivos, mas com a população mato-grossense 100% vulnerável, o perigo aumenta. Oberdan Lira explica ainda que a hemorragia por dengue não depende apenas da virulência do sorotipo, mas também da reação do organismo.

 ENQUANTO ISSO XYKINHO FALINDO DANÇA SAMBA - ENRÊDO...




quinta-feira, 17 de maio de 2012

Silval diz investigar as denúncias contra OSS; rombo é de R$ 5 mi

RD NEWS 17/05/2012 - 13:34


Valérya Próspero e Glaucia Colognesi



Presidente da Assembleia, José Riva, o governador Silval Barbosa, e os deputados Nilson Santos, com base eleitoral em Colíder, e Romoaldo Júnior se reuniram para avaliar medidas acerca das denúncias contra OSS

O governador Silval Barbosa (PMDB) encomendou auditoria para investigar suposto desvio de recursos que deveria ser investido nos hospitais regionais de Colíder e Alta Floresta, mas teria sido desviado pela OSS Instituto Social Fibra para uso em licitação no Estado de Goiás. Silval negou ter conhecimento sobre o teor das denúncias e garantiu que, se confirmadas, serão encaminhadas ao Ministério Público e demais órgãos competentes.



Silval também avisou que vai comprar com urgência materiais básicos para dar continuidade aos atendimentos nas unidades. O governador só pediu paciência, porque os hospitais ainda estão em processo de transição, uma vez que faz pouco tempo que outra OSS assumiu as adminsitrações. Segundo os profissionais que lá atuam, a situação está tão grave que os parentes dos pacientes estão tendo que comprar soros, seringas, agulhas para possam ser realizadas as cirurgias.



Diante da palavra do governador, os profissionais da saúde, em greve há 15 dias, resolveram dar um voto de confiança ao gestor e voltar ao trabalho. Calcula-se que o rombo nos hospitais foi de mais de R$ 5 milhões: R$ 2,6 milhões da saúde de Colíder e R$ 2,5 milhões de Alta Floresta. Os valores são referentes ao mês de março. Desde então, a OSS Fibras foi afastada. Emergencialmente assumiu a organização que administra o Hospital Metropolitano, em Várzea Grande: o Instituto Pernambucano de Assistência à Saúde (Ipas).



A denúncia sobre a aplicação dos recursos da saúde em processo licitatório foi feita, nesta quinta (17), pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Dejamir Soares, em reunião com o governador. Também participaram da audiência os deputados Nilson Santos (PMDB) e José Riva (PSD) e o secretário de Saúde Vander Fernandes.



A reunião entre Silval com os profissionais da saúde aconteceu depois de um desabafo de Nilson na tribuna da Assembleia. Sendo do mesmo partido do governador e pré-candidato a prefeito de Colíder, ele se sentiu pressionado pela população para resolver a situação.

==> DESDE O PRIMEIRO ANÚNCIO DO "PROJETO OSS" DO EX - SECRETÁRIO PEDRO "MENSALEIRO SANGUESSUGA" HENRY O MSD VEM DENUNCIANDO QUE A MAIORIA DAS OS NÃO É SÉRIA E SIM ORGANIZAÇÕES DESTINADAS A SAQUEAR OS COFRES PUBLICOS CONTANDO COM A CUMPLICIDADE DE DIRIGENTES DE ÓRGÃOS PÚBLICOS E  POLÍTICOS  DESTACADOS EM NOSSO MEIO....... . OS ESCÂNDALOS ESTÃO SÓ COMEÇANDO...


terça-feira, 15 de maio de 2012

Saúde contrata OSS por R$ 42 mi para gerir hospital em MT

MidiaNews/Reprodução  Cotidiano
KATIANA PEREIRA


DA REDAÇÃO



Governo entrega unidade regional de Sinop a organização, sem concorrência
Secretário de Saúde, Vander Fernandes, segue o antecessor e privilegia OSS na gestão de hospitais



A Secretaria de Estado de Saúde contratou, com dispensa de licitação, por R$ 42 milhões, uma Organização Social de Saúde (OSS) para administrar o Hospital Municipal de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá).


A contratada é a Fundação de Saúde Comunitária de Sinop (Hospital Santo Antônio). O contrato foi assinado pelo secretário Vander Fernandes e foi publicado na edição do Diário Oficial que circulou nesta terça-feira (15).


Dos R$ 42.292.884,32, um total de R$ 40.292.884,32 será usado para o custeio da unidade hospitalar - outros R$ 2 milhões serão destinados a "investimentos e adequações".


O Estado justificou dispensa de licitação com base no artigo 24, inciso XXIV, da Lei 8.666/93, que dispõe que a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, "qualificadas no âmbito das respectivas esferas de Governo, para atividades contempladas no contrato de gestão".


Com o contrato firmado, a Fundação de Saúde Comunitária vai atuar em cogestão com o Estado, pelo período de três meses, ou até que consiga fazer isso de forma independente. Os atendimentos estão previsto para iniciar em agosto deste ano.




A unidade hospitalar está pronta desde 2008 e foi entregue com 74 leitos, alas para dez leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para adultos e outras dez pediátricas.


O vereador Fernando Assunção (PSDB) criticou a demora para o funcionamento do hospital. E acredita em uma ação eleitoral.




“O hospital vai ser ativado praticamente no final do mandato, e ainda está em procedimentos burocráticos. São 74 leitos, prontos e fechados há três anos e cinco meses. Eu vejo como mais uma tática pra 'ajeitar' os atendimentos de Saúde. Uma gestão que não abre hospitais prontos, não constrói nenhum e, agora, corre perto da eleição para contratar uma OSS... Acredito na seriedade da fundação, porem não confio nos repasses do Governo do Estado. Além disso, o prefeito de Sinop, se tinha este caminho, por que não o fez antes? A população padeceu todos esses anos”, disse.



Caos nas OSS






Conforme o MidiaNews divulgou na segunda-feira (14), profissionais do Hospital Regional de Colíder (650 km ao Norte da Capital) decretaram greve geral, que já dura 15 dias.




O sindicato que responde pelos trabalhadores denunciou que os problemas surgiram em janeiro deste ano, depois que uma Organização Social de Saúde (OSS) assumiu a direção do hospital.


As OSS foram implantadas na gestão do deputado federal Pedro Henry (PP), que ocupou o cargo de secretário estadual de Saúde por cerca de um ano. Nesse período, as direções dos hospitais regionais foram transferidas para a administração privada, causando revolta nos servidores.


Os trabalhadores de Colíder denunciaram que, além da falta de pagamento de salários, o hospital não possui medicamentos básicos, desde agulhas, seringas, gazes, remédios, soro fisiológico, material de higiene.


A gestão do hospital foi assumida, em caráter emergencial, pelo Instituto Pernambucano de Assistência em Saúde (IPAS).


Antes, o hospital era gerenciado pelo Instituto Social Fibra, que teve o contrato rescindido, após constantes reclamações de atraso salarial e falta de medicamentos.


==> NOSSO ESTADO TEM UMA DAS PIORES SAÚDES DO PAÍS, A CUSTOS ESTRATOSFÉRICOS, SEM CONTRÔLE NENHUM SOBRE OS GASTOS DESSAS OSS

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Greve no Hospital de Colíder revela descaso de OSS contratada pelo ex-secretário Pedro Henry

MIDIA NEWS Cotidiano / GREVE NA SAÚDE PÚBLICA14.05.2012


Com gestão de OSS, hospital público vive caos em MT

Em Colíder, faltam materiais básicos e salários de servidor estão atrasados.

KATIANA PEREIRA

DA REDAÇÃO

Funcionários do Hospital Regional de Colíder (650 km ao Norte de Cuiabá) decidiram manter a greve geral, que já dura mais de 10 dias, na unidade hospitalar que atende a população da região Norte do Estado de Mato Grosso.


Dentro dos 30% do efetivo que estão trabalhando, são prestados apenas os serviços de urgência, emergência e internações na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).


O sindicato que responde pelos trabalhadores denunciou que os problemas surgiram em janeiro deste ano, depois que uma Organização Social de Saúde (OSS) assumiu a direção do hospital.


As OSS foram implatadas na gestão do deputado federal Pedro Henry, que ocupou o cargo de secretário estadual de Saúde por cerca de um ano. Nesse período, as direções dos hospitais regionais foram transferidas para a administração privada, causando revolta nos servidores.


Ao MidiaNews, a representante da subsede regional do Conselho dos Profissionais de Enfermagem (Sinpen), Nádia Cristina Teixeira, disse que a situação do Hospital Regional de Colíder é crítica. “Falta de tudo, desde agulhas, seringas, gazes, remédios, soro fisiológico, material de higiene básico... Queremos deixar claro que, além da falta de salário, não existe material hospital para dar atendimento adequado”, revelou.




Nádia contou que, na semana passada, durante uma reunião, um representante do Instituto Pernambucano de Assistência em Saúde (IPAS), que assumiu em caráter emergencial a unidade após a rescisão contratual do Instituto Social Fibra (que havia sido escolhido para gerenciar a unidade), foi garantido aos trabalhadores que o material hospitalar seria providenciado, bem como o pagamento dos salários que estão atrasados, mas o acordo não foi cumprido.


“Não foram todos os funcionários que receberam, há muitos, bem mais da metade, que estão sem receber. Não recebemos nenhum tipo de medicamento. Como o acordo não foi cumprido, decidimos por manter a greve até, que o problema seja resolvido efetivamente”, explicou a enfermeira.


A comissão multidisciplinar de greve protocolou, no Ministério Público Estadual (MPE), na sexta-feira (11), a continuidade da greve, até que os pagamentos pendentes sejam feitos e que os medicamentos que estão em falta sejam repostos.



Secretaria nega problemas

A Secretaria Estadual de Saúde negou a existência de problemas na administração do hospital.

Por meio de nota divulgada pela assessoria, a pasta informa que está sendo apurada a quebra de contrato por parte do Instituto Fibra.

A assessoria de imprensa disse ao site que o Estado assumiu as dívidas relativas aos atrasos salariais e que boa parte dos pagamentos já foi efetuada, devendo estarem todos quitados até a terça-feira (15).

Veja a nota da Secretaria de Estado de Saúde na íntegra:



Saúde do Estado esclarece sobre a regularização dos serviços no Hospital Regional de Colíder


A Secretaria de Estado de Saúde tomou a decisão de rescindir os Contratos de Gestão firmados entre a SES e o Instituto Social Fibra (OSS), para o gerenciamento dos Hospitais Regionais de Colíder e Alta Floresta, por quebra de contrato. Fato este ocorrido no dia 13 de abril.


Não é verdade o que circula na imprensa de Mato Grosso que a SES tenha repassado o valor total dos contratos para o Instituto Fibra. O Valor pago foi referente ao mês de janeiro de R$ 2.600.000,00 ao Hospital Regional de Colíder e R$ 2.500,00 ao Hospital Regional de Alta Floresta sob a gestão do Instituto Fibra.


A Saúde do Estado adotou todas as providências necessárias no sentido de apurar a quebra do contrato e está em curso a investigação pedida pela SES para a Auditoria Geral do Estado(AGE), para o Tribunal de Contas do Estado, para o Ministério Público Estadual (MPE) e demais providencias, cujo fato foi também comunicado a Procuradoria Geral do Estado.


Neste processo de transição a SES esbarrou em questões burocráticas no cumprimento das regras e da legalidade na quitação das pendências financeiras, o que ocasionou o atraso de repasse aos novo gerenciador o Instituto Pernambucano de Assistência em Saúde,fato este já superado e honrando nesta data.


A Secretaria de Estado de Saúde está adotando todas as providências no sentido de superar esta fase e dar condições ao funcionamento pleno do Hospital Regional de Colíder, a garante aos que prestaram serviços ao Sistema Único de Saúde a quitação de todos os compromissos assumidos.


Secretaria de Estado de Saúde
Governo do Estado de Mato Grosso

==> O MSD VEM HÁ MUITO DENUNCIANDO QUE A GESTÃO POR OSS IMPLANTADA PELO EX - SECRETÁRIO PEDRO HENRY E SEUS SEGUIDORES LONGE DE SER UMA SOLUÇÃO SERIA NA VERDADE UMA FORMA DE DESVIAR RECURSOS PÚBLICOS PARA ESSAS INSTITUIÇÕES MARCADAS  EM TODO O PAÍS PELO SEU ENVOLVIMENTO EM GROSSAS PATIFARIAS.




sábado, 12 de maio de 2012

Governo deve mais de R$ 26 milhões a cidades do interior


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DIARIO DE CUIABA 
JOANICE DE DEUS
Da Reportagem

Somente no ano passado, um montante em torno de R$ 26 milhões, para investimento em programas da saúde, deixou de ser transferido pelo Governo do Estado para prefeituras de várias regiões de Mato Grosso. Apenas Campo Verde (170 quilômetros de Cuiabá) aguarda o repasse de mais de 500 mil para investir em programas como saúde bucal e unidades da família (PSFs).

O prefeito de Campo Verde, Dimorvan Brescancim, informa que desde janeiro de 2011 nenhum recurso destinado à assistência farmacêutica foi repassado à administração municipal.

“Campo Verde é um município que tem uma condição econômica melhor e vem pagando por estes medicamentos e, por isso, não está faltando. Mas, há muitos municípios pobres que não têm essa mesma condição”, disse. Nestes casos, a população fica desassistida.

Conforme Brescancim, são R$ 70 mil que deixaram de ser repassados para compra de medicamentos básicos e para tratamento de doenças crônicas como hipertensão e diabetes. Além de R$ 450 mil que seriam aplicados em PSFs, Centro de Atenção Psicossocial (Caps), unidade de reabilitação, entre outros.

O problema veio à tona durante o encontro de prefeitos na tarde da última quinta-feira (10), na Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM). Na oportunidade, o presidente da AMM, Meraldo Figueiro Sá, apresentou a reivindicação ao governador Silval Barbosa.

“Gostaríamos de obter o comprometimento de que em 60 dias o repasse seja colocado em dia para garantir uma maior tranquilidade na execução orçamentária e financeira dos municípios”, disse. Em seu discurso, Silval Barbosa garantiu zerar a dívida em 60 dias.

Já o prefeito de Diamantino, Juviano Lincon, fez um apelo ao presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Riva, para que a Casa de Leis interfira junto ao governo estadual para a liberação dos recursos atrasados.

Os prefeitos prometem ainda que, caso o governador não tome providências para resolver a questão, vão formar uma caravana para ir até o Palácio Paiaguás pedir providências.



==> ATITUDE CRIMINOSA DA SES - MT QUE INVIABILIZA A SAÚDE EM MATO GROSSO E INCLUSIVE  PERSEGUE MUNICÍPIOS QUE NÃO SÃO DA "TURMA"...


==> PRECISA REPASSAR LOGO A PARTE DE CUIABÁ, PORQUE XIKINHO FALINDO ESTÁ DEVENDO PRA   ESTAÇÃO PRIMEIRA DA MANGUEIRA.

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