Ao mesmo tempo em que mobiliza presidentes de associações de bairro e outros setores organizados da sociedade, o Movimento Saúde e Democracia (MSD) começa a provocar debates entre usuários do Sistema Único de Saúde. Ontem (26-04) no bairro Dr. Fábio, moradores da região participaram das discussões criticando e sugerindo. O ponto mais debatido foi em relação às formas efetivas de cobrar dos gestores serviços mais eficazes.
“Eu já fiz várias denúncias à Ouvidoria do SUS. Eles sempre dizem que vão resolver, mas nunca conseguimos uma resposta”, reclamou Wellington Rodrigues, um jovem bastante politizado e que inclusive já ocupou a “função” de Prefeito Mirim em Cuiabá.
Sobre os instrumentos disponíveis para que o usuário cobre os seus direitos, a enfermeira Virgilina Goudinho, membro da Comissão Executiva do Movimento Saúde e Democracia informou que o cidadão pode também recorrer ao Conselho Municipal de Saúde, aos Conselhos Gestores das unidades de saúde (muitos estão desativados), ao Ministério Público e também e à imprensa.
“O movimento vai lançar uma cartilha nos próximos dias, bem objetiva, e que traz essas informações”, adiantou a enfermeira, lembrando, por outro lado, que o cidadão também tem as suas obrigações enquanto usuário do SUS. “De qualquer maneira, para cobrar é preciso conhecer o SUS, entender corretamente os seus direitos, onde e de que forma exigi-los”, acrescentou.
O morador Jucemar Ernesto da Silva foi bastante crítico em relação ao SUS. No entanto, ao final da reunião, compreendeu que os gestores têm a obrigação de garantir os serviços, mas que se isso não estiver ocorrendo a comunidade deve reagir com inteligência, se informando sobre seus direitos e daí cobrar melhorias. “Não podemos deixar a responsabilidade apenas para o presidente do bairro. Todos têm a obrigação de agir em defesa do SUS”, observou Virgilina Goudinho, ressaltando que existem muitos serviços que precisam ser melhorados, mas também existem muitos serviços eficientes. “Se esta criança está aqui saudável é porque tomou todas as vacinas no posto de saúde”, exemplificou.
O tema SUS despertou o interesse dos participantes, que manifestaram com simplicidade, porém bastante enfáticos, as suas opiniões. “É justamente esta a proposta do Movimento Saúde e Democracia, de provocar os debates. O movimento não foi criado para solucionar os problemas, mas para abrir discussões sobre o SUS e buscar meios de melhorar os seus serviços”, concluiu a enfermeira.
terça-feira, 27 de abril de 2010
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Moradores da região do Dr. Fábio discutem Sistema Único de Saúde
Às 19 horas de hoje (26-04) moradores da região do bairro Dr. Fábio se reúnem na Creche Adventista para discutir o Sistema Único de Saúde. Trata-se de uma iniciativa da própria comunidade em parceria com o Movimento Saúde e Democracia (MSD) lançado em fevereiro passado com o objetivo de defender um SUS transparente, eficaz e eficiente em Mato Grosso. De acordo com o neurologista Nei Moreira, membro da Comissão Executiva do MSD, expectativa é que 50 a 80 pessoas participem da reunião, entre representantes de escolas, igrejas, unidades de saúde, creches, associações de moradores, comércio, dentre outros. Na oportunidade, o grupo apresentará sugestões, críticas e pontos positivos dos serviços oferecidos pelo SUS.
O quê: Comunidade discute Sistema Único de Saúde
Data: 26/04/10
Local: Creche Adventista (ADRA) - Rua Paranatinga, fundos com a Rua Matupá, bairro Dr. Fábio
Horário: 19 horas
O quê: Comunidade discute Sistema Único de Saúde
Data: 26/04/10
Local: Creche Adventista (ADRA) - Rua Paranatinga, fundos com a Rua Matupá, bairro Dr. Fábio
Horário: 19 horas
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Presidentes de bairro da região Sul conhecem proposta do MSD
O neurologista Nei Moreira e o dentista Wagner Simplício fizeram uma explanação esta semana sobre o Movimento Saúde e Democracia a presidentes de bairro da região Sul de Cuiabá durante assembléia geral da União Coxipoense de Associações de Moradores (UCAM).
“Explicamos a líderes do movimento comunitário que o MSD nasceu com o objetivo de mobilizar a sociedade em defesa do Sistema Único de Saúde”, conta Nei Moreira, membro da Comissão Executiva e um dos idealizadores do Saúde e Democracia.
Desde que foi lançado, em fevereiro passado, o movimento vem recebendo a adesão de pessoas dos mais variados setores da sociedade que compreendem a importância do SUS.
“Explicamos a líderes do movimento comunitário que o MSD nasceu com o objetivo de mobilizar a sociedade em defesa do Sistema Único de Saúde”, conta Nei Moreira, membro da Comissão Executiva e um dos idealizadores do Saúde e Democracia.
Desde que foi lançado, em fevereiro passado, o movimento vem recebendo a adesão de pessoas dos mais variados setores da sociedade que compreendem a importância do SUS.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Movimento reúne comunitários para discutir saúde pública
O Movimento Saúde e Democracia (MSD) começa a se fortalecer nos bairros da Capital e, em sua primeira reunião de trabalho realizada dia 13 de abril na sede da Ucam- União Cioxipoense de Associações de Moradores, líderes comunitários saíram em defesa do SUS e da efetiva participação popular em busca de melhor estrutura, condições de trabalho e de acesso aos serviços, além da aplicação correta e transparente dos recursos públicos.
“Eu sofri um enfarto e só não morri porque recebi atendimento médico e remédios do SUS anos atrás”, relatou emocionado o presidente da UCAM, Valmir Cardoso de Oliveira, um dos fundadores do movimento comunitário do país que também participou ativamente da implantação do SUS.
Membro da Comissão Executiva do Movimento Saúde e Democracia, o dentista Wagner Simplício lembrou que antes do SUS o cidadão só tinha acesso aos serviços de saúde se tivesse carteira assinada. “Ambulantes, sacoleiras e outros que viviam na informalidade precisavam passar pela humilhação de tirar um atestado de pobreza para conseguir uma consulta, um exame”, relatou ele.
Walter Arruda, presidente da FEMAB – Federação Mato-Grossense de Associações de Bairro destacou a importância da participação do usuário na gestão do SUS, colocando o MSD como um dos instrumentos, a exemplo dos Conselhos Municipais de Saúde. “O Sistema Único de Saúde funciona e muito bem, porém, para que seja cada vez melhor, precisamos nos unir para defender que ele executado na sua plenitude”, conclamou o lidere comunitário, aproveitando a reunião para convidar os líderes a participarem do Fórum de Saúde Pública que será realizado em Rondonópolis nos dias 31 de abril e 1 de maio próximos.
Abrindo as discussões, a enfermeira Iracema Alencar agradeceu a presença de um pastor da Igreja Universal na reunião do MSD. “Aqui nós não temos cor partidária, religião ou nível sócio-econômico. Somos um só em defesa do SUS, e as igrejas constituem um ambiente em que podemos mobilizar os cidadãos para esta luta que é de todos”.
Por outro lado, a também enfermeira Virgilina Goudinho explicou aos participantes que a finalidade do MSD é principalmente de ouvir o que os usuários têm a dizer sobre o SUS, como críticas, elogios e sugestões, para a partir daí fazer com que isso chegue ao conhecimento das autoridades e façam com que os gestores adotem medidas em busca de transformações.
“Temos percebido que muitos médicos não estão cumprindo com a carga horária nos PSFs”, denunciou o presidente do Pedra 90 I, Antônio Marcos Lemos, o Baiano. Já Francisco Ferreira Campos, o Ceará, presidente do Pedra 90 II, foi taxativo: “muitos usuários conseguem atendimento ágil e eficaz nas unidades de saúde e ainda saem falando mal do SUS”, reclamou. A reunião contou também com a participação de representantes do Conselho Estadual de Saúde, de outras comunidades, profissionais da saúde e usuários anônimos.
“Eu sofri um enfarto e só não morri porque recebi atendimento médico e remédios do SUS anos atrás”, relatou emocionado o presidente da UCAM, Valmir Cardoso de Oliveira, um dos fundadores do movimento comunitário do país que também participou ativamente da implantação do SUS.
Membro da Comissão Executiva do Movimento Saúde e Democracia, o dentista Wagner Simplício lembrou que antes do SUS o cidadão só tinha acesso aos serviços de saúde se tivesse carteira assinada. “Ambulantes, sacoleiras e outros que viviam na informalidade precisavam passar pela humilhação de tirar um atestado de pobreza para conseguir uma consulta, um exame”, relatou ele.
Walter Arruda, presidente da FEMAB – Federação Mato-Grossense de Associações de Bairro destacou a importância da participação do usuário na gestão do SUS, colocando o MSD como um dos instrumentos, a exemplo dos Conselhos Municipais de Saúde. “O Sistema Único de Saúde funciona e muito bem, porém, para que seja cada vez melhor, precisamos nos unir para defender que ele executado na sua plenitude”, conclamou o lidere comunitário, aproveitando a reunião para convidar os líderes a participarem do Fórum de Saúde Pública que será realizado em Rondonópolis nos dias 31 de abril e 1 de maio próximos.
Abrindo as discussões, a enfermeira Iracema Alencar agradeceu a presença de um pastor da Igreja Universal na reunião do MSD. “Aqui nós não temos cor partidária, religião ou nível sócio-econômico. Somos um só em defesa do SUS, e as igrejas constituem um ambiente em que podemos mobilizar os cidadãos para esta luta que é de todos”.
Por outro lado, a também enfermeira Virgilina Goudinho explicou aos participantes que a finalidade do MSD é principalmente de ouvir o que os usuários têm a dizer sobre o SUS, como críticas, elogios e sugestões, para a partir daí fazer com que isso chegue ao conhecimento das autoridades e façam com que os gestores adotem medidas em busca de transformações.
“Temos percebido que muitos médicos não estão cumprindo com a carga horária nos PSFs”, denunciou o presidente do Pedra 90 I, Antônio Marcos Lemos, o Baiano. Já Francisco Ferreira Campos, o Ceará, presidente do Pedra 90 II, foi taxativo: “muitos usuários conseguem atendimento ágil e eficaz nas unidades de saúde e ainda saem falando mal do SUS”, reclamou. A reunião contou também com a participação de representantes do Conselho Estadual de Saúde, de outras comunidades, profissionais da saúde e usuários anônimos.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
FICA ESPERTO!!
A atual gestão do SUS/Cuiabá precisa ficar atenta ao que já começou a acontecer nas equipes do PSF. Já tem médico (a) não cumprindo às 40 horas semanais, estabelecendo “regras novas” de acordo com suas respectivas necessidades profissionais, realizando 10 consultinhas/dia, não realizando visitas domiciliares e, pasmem, trabalhando só quatro dias na semana (Day off). Quem “dança” essa música de péssimo gosto é a população.
MOVIMENTO SAÚDE E DEMOCRACIA
MOVIMENTO SAÚDE E DEMOCRACIA
quarta-feira, 7 de abril de 2010
“Papo DEZ” do novo governador e do novo prefeito de Cuiabá
A imprensa cuiabana brindou a população, na Sexta-Feira da Paixão, com manchetes sobre o que esperamos do novo governador e prefeito de Cuiabá. O primeiro, numa cópia mal acabada da demagogia nacional, anunciou um “tal PAC” da Segurança e da Saúde. A primeira área de governo pode ser avaliada pela “lambança” da segunda.
A saúde será resolvida com algumas centenas de exames e consultas de especialidades médicas em Cuiabá (custo de 700 mil) em regime de mutirão com a SMS o que não acabará com a tal lista de espera, pois tais serviços fazem parte da população estadual. O outro “anuncia PACano” é o Hospital Metropolitano de Várzea Grande sendo concluído com recursos federais, sem saber quem tocará o “abacaxi” (SES ou SMS de VG) e qual a missão desse hospitaleco com 60 leitinhos. “É prá acabar mesmo!”.
Já o “New Prefeito” (saiu Galinho entrou Galindo) anunciou “14 metas de arromba” de agora até 2012. Nada, “nadica de nada” sobre a saúde pública para Cuiabá. Tá certo, afinal a cidade não precisa expandir serviços na Atenção Básica, né? Talvez não falando nada, fala-se menos besteira que o “New Governador”, não é mesmo? visão é hospitalecêntrica, de preferência com o Hospital Geral da UNIC “propondo” todo o dinheiro do SUS/Cbá. “É prá acabar II: a missão”.
A saúde será resolvida com algumas centenas de exames e consultas de especialidades médicas em Cuiabá (custo de 700 mil) em regime de mutirão com a SMS o que não acabará com a tal lista de espera, pois tais serviços fazem parte da população estadual. O outro “anuncia PACano” é o Hospital Metropolitano de Várzea Grande sendo concluído com recursos federais, sem saber quem tocará o “abacaxi” (SES ou SMS de VG) e qual a missão desse hospitaleco com 60 leitinhos. “É prá acabar mesmo!”.
Já o “New Prefeito” (saiu Galinho entrou Galindo) anunciou “14 metas de arromba” de agora até 2012. Nada, “nadica de nada” sobre a saúde pública para Cuiabá. Tá certo, afinal a cidade não precisa expandir serviços na Atenção Básica, né? Talvez não falando nada, fala-se menos besteira que o “New Governador”, não é mesmo? visão é hospitalecêntrica, de preferência com o Hospital Geral da UNIC “propondo” todo o dinheiro do SUS/Cbá. “É prá acabar II: a missão”.
sábado, 3 de abril de 2010
Pronto Socorro com cara nova e práticas velhas?
A reforma física do Pronto Socorro de Cuiabá e sua reequipagem nos serviços de Urgência/Emergência ainda não poderia ser entregue ao uso da população. Entretanto, a prática política condenável de se “inaugurar” tudo nos anos eleitorais pode também, neste caso, colocar tudo a perder. A obra não está pronta. Por outro lado, ninguém que conhece o Projeto Qualisus e em sã consciência pode condenar as melhorias na estrutura física e nos equipamentos, porém, o que ele tem de melhor que é a mudança na lógica do atendimento nos setores citados está ameaçado pelo corporativismo que deseja a manutenção do atendimento por demanda espontânea para justificar a contratação de 08 médicos por plantão (04 clínicos e 04 pediatras). A proposta anunciada aos quatro ventos desde 2009 era que o atendimento se daria por demanda referenciada. Isto levaria o PS ao seu verdadeiro papel (missão) e diminuiria o custo com mão de obra médica, pois 04 (02 clínicos e 02 pediatras) por plantão de 12 horas seria o necessário. Entretanto, como que fica a nociva e histórica “DOBRADA”? Com a palavra o Ministério Público e a imprensa.
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