sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

SES anuncia R$ 13 mi e corte de pessoal: MSD fala a verdade sobre isto

Informações estão na imprensa hoje. Veja abaixo, matéria na íntegra do Diário e comentário do MSD

JOANICE DE DEUS


Da Reportagem


Após assinar com a prefeitura de Várzea Grande o termo de concessão em regime de comodato do Hospital Metropolitano para o Estado, o secretário de Estado de Saúde (SES), Pedro Henry, anunciou que o Ministério da Saúde (MS) irá liberar R$ 13 milhões para equipar a unidade hospitalar e o Hospital de Sinop (503 quilômetros de Cuiabá). Porém, além de recursos, demissões de cerca de 500 servidores também estão previstas para equilibrar a gestão.

O recurso foi solicitado ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em audiência realizada na última terça-feira. O anúncio foi feito ontem durante uma visita ao Pronto-Socorro e ao Hospital Metropolitano, ambos na Cidade Industrial. Também esteve presente o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Humberto Bosaipo, relator das contas da Saúde.


Do total de recursos, R$ 3,7 milhões serão para o Metropolitano, que contará com 72 leitos e funcionará como referência no atendimento de ortopedia, traumatologia e cirurgias gerais. O restante da verba será para Sinop. A unidade da cidade está pronta e conta com 100 leitos. “Só falta equipar”, disse Henry. Com assinatura do termo, válido por 10 anos, podendo ser prorrogado por igual período, a SES assume a gestão e a estrutura do Metropolitano.

Ao dizer que para resolver o problema da Saúde na região metropolitana é preciso trabalhar em conjunto, Henry enfatizou que vem discutindo uma estratégia de choque para “arrumar” o setor de urgência e emergência na Capital e em Várzea Grande.

Assim, os investimentos não param. O secretário disse ainda que assinará convênio com a prefeitura de Cuiabá prevendo o repasse de R$ 1,5 milhão para a conclusão da reforma da ala Verde (subsolo) do Pronto-Socorro Municipal. “A ala verde vai oferecer 85 leitos, que servirão de retaguarda para o pronto-socorro e vai desafogar o setor de urgência e emergência. O dinheiro já está disponível”, disse. Conforme o secretário de Saúde da Capital, Maurélio Ribeiro, a obra está orçada em R$ 1,6 milhão e já está em fase de conclusão.


Outra medida adotada pela SES é o repasse de R$ 2 milhões para o Hospital Santa Helena. A verba deverá ser aplicada na conclusão do quarto andar da unidade hospitalar, onde serão ofertadas outras 60 camas. “Somando Metropolitano, Pronto-Socorro e Santa Helena serão mais 217 leitos disponíveis, o que equivale a um hospital de grande porte”, destacou Henry. A expectativa é que tudo esteja funcionando até o fim deste primeiro semestre.


O secretário informou também que montou um processo e vai enviar para o Tribunal de Contas para que autorize a liberação emergencial de R$ 1,1 milhão que estão parados na conta da SES desde 2009. “O dinheiro está depositado na conta da Saúde e não foi licitado por conta da burocracia”.


Por outro lado, o secretário lembrou que as unidades de retaguarda precisam estar à altura para evitar que pacientes do interior venham para Capital. “Há casos em que o paciente pode ser atendido no município de origem, mas precisam vir para a Capital, porque não tem atendimento na sua cidade”, disse.


COMENTÁRIO DO MSD
- Metropolitano : a SES construiu mas quando percebeu o tamanho dos recursos necessários para custeio, “congelou” a obra por muito tempo. Depois concluiu e repassou para VG, que pelas mesmas razões desistiu do mesmo e devolveu o abacaxi para a SES !!!! Agora, pela pressão da sociedade conclui-se a obra, mas comenta-se que vai ser entregue para uma OS ou OSCIP ( atenção, lembrem- se de recentes fatos envolvendo o 3º setor e a saúde em Mato Grosso , vide escândalo do Instituto Creatio) para servir de campo de estágio da UNIC e do futuro curso de medicina da UNIVAG !!! Ou seja , dinheiro público para fazer hospital para universidades privadas !!!!


- SINOP : é preciso que essa unidade hospitalar seja destinada a absorver a clientela que hoje vem para Cuiabá, diminuindo assim a pressão sobre a capital. Aí vem a dúvida : existirão profissionais dessas especialidades em SINOP ? Parece que sim, mas não trabalham para o SUS !!!!!


- PS CUIABÁ – é claro que a estrutura do PS é sabidamente inadequada, alguns equipamentos precisam ser renovados, mas também é fundamental resolver a questão da falta de médicos de algumas especialidades e a adequação do pessoal de plantão as reais necessidades, pagando bem mas exigindo cumprimento da jornada de trabalho e respeito ao paciente.


- SANTA HELENA – mais uma vez a SES vai investir dinheiro público num hospital privado, sem garantia de que os leitos estarão disponíveis para uso de acordo COM AS NECESSIDADDES DA REGULAÇÃO e não dependendo da aquiescência do Hospital e dos médicos (seleção de pacientes para evitar casos complicados ...)

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