Medida deve ser avaliada, diz Galindo.
LAURA NABUCO / Da Reportagem
Após reunião com governador Silval Barbosa, prefeito de Cuiabá afirma que “não dá para entregar o pronto-socorro de qualquer jeito”.
Processo era quase certo para a unidade de Saúde, mas perde força e deve ser reavaliada junto ao governo.
Embora tenha garantido que o assunto estadualização do pronto-socorro foi apenas lembrado, sem aprofundamento, na reunião que teve com o governador Silval Barbosa (PMDB) ontem, o prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), deixou o encontro com um discurso diferente do que vinha adotando nos últimos dias.
O petebista, que até então se mostrava empolgado com a possibilidade de passar para o governo do Estado a administração da unidade, pondera ainda existirem entraves, que podem atrapalhar as negociações. “Não dá para entregar o pronto-socorro de qualquer jeito. É algo que precisa ser avaliado”, justifica.
O discurso começa a ficar semelhante ao do secretário de Saúde do município, Lamartine Godoy. Desde o final do ano passado, após receber uma visita de Adriano Massuda, coordenador da Câmara Temática de Saúde – entidade ligada ao Ministério da Saúde -, Lamartine vem se mostrando mais cauteloso ao tratar do tema.
À época, o secretário comemorava os elogios que recebeu em relação à unidade e disse que a impressão do coordenador era importante por ser alguém que tinha conhecimento da situação de outras cidades.
Paralelo a isso, afirmava que havia desentendimentos com o governo do Estado em relação a algumas questões, como a exigência de permanecer com a responsabilidade sobre a Farmácia Popular, além de assumir o Centro Estadual de Referência de Média e Alta Complexidades (Cermac) e ter que mudar a contratualização de cinco hospitais conveniados.
O secretário de Estado de Saúde, Pedro Henry (PP), também não se mostrava empolgado com a ideia. O secretário-chefe da Casa Civil, José Lacerda, chegou a afirmar que a estadualização não ocorreria. Porém, Galindo assegurava que o trâmite seria concluído este mês.
Apesar de negar que o assunto tenha sido pauta principal da reunião, Galindo reconheceu que chegou a tratar do tema com o governador durante o almoço. No momento, no entanto, Henry, que também esteve presente na audiência, já havia deixado o Palácio Paiaguás.
Várzea Grande - Além do progressista, o prefeito de Várzea Grande, Tião da Zaeli (PSD), também esteve na reunião. Zaeli também negou que o assunto tenha sido tratado na reunião.
Em Várzea Grande, a possibilidade já foi descartada há algum tempo. Acontece que os vereadores rejeitaram o projeto de lei que permitia a implantação de organizações sociais de saúde (OSSs) no município. A decisão acabou atrapalhando a negociação porque a transferência da administração do pronto-socorro para uma empresa terceirizada é uma das condições impostas pelo Estado.
COMENTÁRIO MSD
>> UM DOS PRINCÍPIOS DO SUS É A DESCENTRALIZAÇÃO, OU SEJA A RESPONSABILIDADE PELA SAÚDE DEVE SEMPRE SER DO GESTOR LOCAL. O ESTADO PODE E DEVE SER RESPONSÁVEL PELOS SERVIÇOS DE ALTA COMPLEXIDADE QUE SEJAM REFERÊNCIAS REGIONAIS. PORTANTO, ENTREGAR AS UNIDADES DE URGÊNCIA PARA GERENCIAMENTO DO ESTADO É SUBVERTER A CONCEPÇÃO DO SUS.
>> O CORRETO É QUE OS MUNICÍPIOS ORGANIZEM SEU SISTEMAS DE ATENDIMENTO AS URGÊNCIA DE ACÔRDO COM SUAS NECESSIDADES E QUE ELES TENHA CAPACIDADE DE RESOLVER OS PROBLEMAS “ IN LOCO” RESSALVANDO É CLARO OS CASOS DE ALTA COMPLEXIDADE QUE DEVEM SER REFERENCIADOS PARA OS CENTROS MAIORES.
>> VAI TRABALHAR, GALLINDO.... E VÊ SE ACORDA SEU SOBRINHO... PELO MENOS PRA TOMAR “BENÇA” DO TITIO....
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