DIARIO DE CUIABA 27/04/2012
SAÚDE
JÉSSICA BENITEZ
Da Reportagem
Enquanto uma grande quantidade de remédios vencidos permanece em um depósito do Centro de Zoonoses de Várzea Grande, os estoques das unidades de saúde do município estão em baixa e há falta de certos medicamentos.
Em uma policlínica do bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, o estoque de medicamentos se mantém baixo. A cada semana, uma lista de remédios é solicitada, de acordo com a demanda necessária. Porém, algumas medicações estão em falta desde que a nova direção tomou conta da farmácia municipal (em março de 2012), como o Metformina, destinado a diabéticos.
Outros remédios, como os destinados a hipertensos, têm sempre uma procura bem maior do que a oferta. “Atendemos uma demanda grande de idosos e quando não tem o de pressão, eles vão para casa sem”, conta um funcionário da policlínica.
Já no pronto-socorro a situação é menos complicada. A equipe responsável pela farmácia explica que não há escassez drástica de nada. Somente os remédios Dalacin (antibiótico), Diformo (morfina) e Cinarisina (labirintite) estão em falta, porém por pouco tempo, segundo funcionários.
Quando tomou posse, em novembro de 2011, o atual secretario Municipal de Saúde de Várzea Grande, Marcos José da Silva, solicitou um balanço geral de tudo que estava acontecendo dentro da pasta. Para surpresa, não só dele como da população várzea-grandense, o resultado não foi nada positivo.
Cerca de 20 mil medicamentos foram encontrados nos estoques de policlínicas e do pronto-socorro com o prazo de validade ultrapassado. Ao todo, 400 remédios com funções distintas foram encontrados vencidos.
As medicações encontradas em maior quantidade são:
Cloridrato de Biperideno (14.475 comprimidos) indicado para: síndrome parkinsoniana, especialmente para controlar sintomas de rigidez e tremor; sintomas extrapiramidais como distonias agudas, acatisia e síndromes parkinsonianas induzidas por neurolépticos e outros fármacos similares.
Coletor de urina infantil (3.500 unidades) nome explicativo.
Brometo de Fenoterol - gotas (2.220 unidades) indicado para: tratamento de asma brônquica, pneumonia bronquite e tuberculose.
Digevita (1.240 unidades) indicado para: amenizar os distúrbios da motilidade gastrintestinal, situações de refluxo gastroesofágico, náuseas, vômitos e para facilitar procedimentos radiológicos do trato gastrintestinal.
Segundo o próprio secretário, ainda não se pode afirmar nada, pois o levantamento não foi aprofundado, porém, tudo será apurado de forma correta. “O caso está sendo avaliado pelo prefeito e também pela Controladoria Geral que irá analisar o caso. Os responsáveis serão encontrados”, garante Marcos. Também se espera saber qual foi o tamanho do prejuízo, bem como se foi ou não um ato de ‘má fé’.
Para um dos ex-secretários da pasta, Renato Tetila, que esteve no comando da secretaria há dois anos, o mais importante é saber o motivo de estes remédios não terem sido entregues aos pacientes. “Os remédios estão vencidos agora. Por que não seguiram seus destinos antes? Tudo isso ocorreu porque ficaram guardados. Mas o que resta é aguardar o resultado”, disse Tetila.
==> FILHO FEIO NUNCA TEM PAI... CABE AO MINISTÉRIO PÚBLICO APURAR E ENCAMINHAR A JUSTIÇA OS RESULTADOS ... MAIS UMA VEZ A POPULAÇÃO SOFRE COM O DESCALABRO DE PSEUDO-GESTORES INCOMPETENTES E DESCOMPROMISSADOS COM A SAÚDE PÚBLICA.
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