Médicos servidores do Estado vão fazer greve por tempo indeterminado a partir da próxima quinta-feira, período pós-carnaval. Os profissionais são contra a mudança na forma de administração dos hospitais regionais, que deverá ser assumida por instituições do terceiro setor. Os médicos garantem que, durante a paralisação, os serviços de urgência e emergência serão mantidos nas unidades hospitalares. O Estado tem hoje 495 médicos em seu quadro funcional.
A assessoria de imprensa do Sindicato dos Médicos (Sindimed) informou que eles discordam do modelo de gestão que a Secretaria Estadual de Saúde pretende implantar. Segundo a assessoria, o sindicato entende que se trata de uma privatização a terceirização de um serviço que é de responsabilidade do Estado. Os médicos alegam ainda que o Estado já teve experiências negativas com a contratação de Oscips (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) e outras instituições do terceiro setor. Lembrou que, no ano passado, a Oscip Creatio foi acusada de desviar R$ 52 milhões que deveriam ser utilizados na Saúde Indígena, e que o Estado não deve correr esse risco. Em 2010, as Oscips Instituto Creatio e Idheas foram alvo da Operação Hygeia, da Polícia Federal, que apurou desvios de dinheiro da Funasa feitos por servidores das instituições.
COMENTÁRIO DO MSD: O MSD é contra – talvez tenha sido o primeiro a se manifestar nesse sentido - a proposta de “terceirização” da gestão da forma como vem sendo anunciada pelo secretário estadual de Saúde, Pedro Hery: a solução para os problemas da saúde pública em Mato Grosso. Não que as Organizações Sociais não sejam viáveis. São viáveis em hospitais novos e desde que os profissionais não sejam do quadro efetivo de servidores públicos. Além disso, a gestão deve ser transparente (o povo precisa saber como está sendo investido o dinheiro público, valores pagos,metas de produção a cumprir etc). Claramente somos contrários a entregar estruturas públicas para instituições privadas ditas filantrópicas, mas que na verdade apenas servem como “embalagem” para empresas privadas se tornarem prestadoras de serviços ao SUS e então começar toda a prática nefasta de seleção de casos, exigência de tabela diferenciada, cobrança por fora, desrespeito a regulação, aumentando as filas etc, etc. Sem falar da possibilidade dessas OS se transformarem numa máquina de fazer dinheiro para alimentar a conta de políticos corruptos. Quando o secretário estadual de Saúde Pedro Henry defende as OS, vem de imediato um temor: será que não vamos viver aqui em Mato Grosso uma nova versão da Máfia das Ambulâncias¿ Será que este “sanguessuga” não está querendo convencer a população que a OS é a salvação da lavoura, para, na verdade, defender seus próprios interesses (escusos). O povo tem que abrir o olho. Afinal, o secretário Pedro Henry ao invés de currículo, apresentou uma extensa ficha policial ao assumir uma das pastas mais importantes do Governo que é a Secretaria de Saúde. Chega de falácias e blá, blá, blá, sr. PH. Hospital Público Estadual em Cuiabá.
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