sexta-feira, 29 de abril de 2011

Medicamentos: Henry confirma falta de controle

Gazeta publica:

Caroline Rodrigues

Falhas nos procedimentos de aquisição, controle e distribuição de medicamentos foram apontados em um relatório preliminar da auditoria da Secretaria de Estado de Saúde (SES). O setor está investigando os motivos que levaram o órgão a perder 21 mil quilos de remédios, que estavam vencidos no estoque. O secretário Pedro Henry não descarta a possibilidade de abertura de processo judicial contra servidores.

Henry explica que ainda não tem detalhes, mas já identificou vários erros no sistema. Ele diz que não há controle da data de vencimento e nenhum procedimento como a troca de produtos e remanejamento para unidades municipais foram tomados pela SES.


Produtos ficam retidos no almoxarifado e não há ações ou estratégias para evitar o desperdício.


Na opinião do secretário, falta comunicação entre os setores para evitar problemas semelhantes. Um dos pontos deficientes é a falta de informações sobre os pacientes, que conseguem medicamentos por meio de liminar.


Ele relata que existem remédios caríssimos que vencem porque o paciente morreu ou deixou de fazer o tratamento. O material fica no estoque e o usuário não é procurado para saber o motivo da ausência no dia de entrega.


Assim, quando a SES percebe, o produto está no estoque e não foi remanejado para outras pessoas com a mesma doença.


O valor total do prejuízo e o tipo de remédio que foi descartado ainda não foram relacionados pela auditoria. O caso é acompanhado pelo Ministério Público Estadual (MPE), que abriu um inquérito, com objetivo de identificar onde houve o problema e exigir ações para evitar nova perda. O responsável pela ação, promotor Alexandre Guedes, acredita que é inadmissível jogar fora medicamentos, enquanto a falta na Farmácia Estadual de Alto Custo.


Todo o material, inadequado para o uso, será incinerado em Minas Gerais, onde há empresas autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para fazer o serviço.
A secretaria precisa fazer licitação para o descarte e o transporte do produto.


COMENTÁRIO DO MSD:


É Lastimável o ponto em que chegou essa questão de medicamentos na SES – MT. O MPE precisa investigar a fundo o porque dessa irregularidade que persiste há quase uma década, passando por sucessivas gestões desde o início dos governos Blairo Maggi – Silval. Ou é muita incompetência  ou tem corrupção das grossas ... ou ambas as coisas juntas. O que não pode é continuarmos no cotidiano assistindo esse descalabro, culminando com manifestações de desespero de pacientes que necessitam de tais medicamentos e não tem como adquiri-los. Onde vai parar o dinheiro que o Ministério da Saúde repassa todo mês e a SES – MT não gasta porque não consegue comprar os remédios ?

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